Como negociar criptomoedas sem se arruinar
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2 de Julho de 2018

Independentemente do ativo em que investe, «comprar e manter» costuma ser uma estratégia sólida de investimento para o longo prazo — nomeadamente para aumento de ganhos e redução de custos associados à negociação, como taxas e comissões. Tal aplica-se às criptomoedas tal como a qualquer outro ativo negociável. Entenda a sua relevância com as questões que se seguem.

O custo de negociar

Qualquer operação de negociação envolve custos — como as comissões pela negociação em si ou as taxas para movimentar fundos de/para uma conta, por exemplo. Além disso, existe o spread entre a oferta e a procura. Quando compra um ativo, paga um pouco mais do que o preço médio e quando vende recebe um pouco menos.

Ademais, quando negoceia, também poderá mover o mercado contra si. Ou seja, tal como com qualquer outro mercado financeiro, o aumento da oferta irá levar a queda de preço e o aumento da procura irá conduzir a aumento de preço. Ao negociar faz parte desse processo. Até mesmo as ordens pequenas têm influência no mercado.

Por último, diferentes estratégias de negociação têm implicações fiscais distintas. Procure conhecer as suas responsabilidades a este nível.

As taxas e os «spreads»

Peguemos neste ponto concreto — custos com um impacto real sobre o seu rendimento.

Quanto mais negociar mais custos terá com taxas e spreads — daí surgir como relevante a estratégia «comprar e manter». As taxas são todas as comissões que as plataformas de câmbio apresentam nas suas páginas e o spread é a diferença entre o preço que realmente paga ou recebe e o preço médio da criptomoeda em questão. O spread pode rodear 0,2%-1,5%, consoante o par de criptomoedas que está a negociar e quando está a negociar. Em geral, os pares que são negociados com maior frequência observam menor spread, mas há outros fatores envolvidos. A boa notícia é que os spreads poderão estar a diminuir — eram muito mais elevados no ano passado.

As ordens limite

Se recorrer a ordens limite, que muitas plataformas low cost aceitam, poderá conseguir reduzir as taxas a pagar. Porém, não terá a garantia de que a sua ordem será conduzida — tal dependerá dos movimentos do mercado. Se utilizar uma plataforma como a Coinbase as taxas totais poderão ser muito elevadas, potencialmente até 4% se financiar a transação com cartão de crédito ou em alturas de elevada volatilidade. Também importa o par que se encontra a negociar.

A Kraken, a Binance e a CEX.io surgem como opções com taxas de negociação mais baixas. Porém, recorde: o custo da negociação é apenas uma parte. Deve avaliar também a segurança e a facilidade de utilização desses serviços. Uma taxa mais baixa não servirá de consolo perante um grave problema de segurança. Trata-se de uma área em que a comparação é útil, nomeadamente porque as taxas podem ser atualizadas a qualquer momento e os spreads mudam constantemente.

Conclusão

Os custos derivados da negociação de criptomoedas são geralmente mais elevados do que os custos associados à negociação de ações populares. Não é surpreendente, tratando-se de um novo mercado. Neste âmbito, a negociação frequente poderá ser realmente custosa, convertendo ganhos em perdas com facilidade. Vale a pena, assim, considerar os custos associados à negociação e, se possível, negociar com menos frequência — apostando, por exemplo, na estratégia acima mencionada: comprar e manter.

Fonte: Forbes

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