5 Fatores que explicam a recuperação da Bitcoin
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3 de Julho de 2018

Se costuma estar minimamente atento ao mercado de criptomoedas decerto terá lido ou ouvido que o preço da maior criptomoeda do mundo (Bitcoin) caiu para mínimo não alcançado desde novembro na semana passada — apenas para recuperar amplamente com a entrada no segundo semestre do ano, com subida de preço que se mantém esta manhã.

O que terá provocado a variação positiva? O que irá manter esta tendência?

1. O regresso da Tether

Os pares de criptomoedas sob negociação em que um dos elementos é a USDT sempre afetaram a Bitcoin. Porém, ultimamente, tanto se aplicaram fundos à Tether como foram utilizados para apoiar outras altcoins e tokens de projetos promissores. Agora, a USDT voltou para se vingar. A influência do token, habitualmente entre 14-17%, aumentou este fim de semana para mais de 30% — e a negociação de USDT é uma das causas mais influentes na definição do volume e preço da Bitcoin.

2. As «altcoins» têm sido uma deceção

As altcoins registaram um bom momento em abril e maio mas não foram capazes de repetir o desempenho de dezembro passado. Com o desvanecimento do entusiasmo, é provável que os fundos disponíveis voltem a ser aplicados à Bitcoin. Poderá dar-se início a um novo mercado com tendência altista movido pela Bitcoin, que continua a criptomoeda mais ativamente negociada, representando 30% de todas as transações. Além disso, com a Ethereum (ETH/USD) a enfraquecer, e mais nenhum ativo a prometer substituir a Bitcoin, poderá reaparecer a preferência pela moeda líder.

3. O baixo volume também induz crescimento

Para benefício da maior criptomoeda do mundo foram vários os detentores de bitcoins que não mostraram qualquer intenção de abandonar o navio durante a tendência baixista sentida no mercado. Não se deixaram intimidar pelo preço decrescente, focando-se no longo prazo. Em simultâneo, aqueles que venderam por raiva ou desespero poderão já não andar pelos mercados. Poderá ser viável, assim, tendência altista temporária ou de longo prazo com baixo volume de negociação.

4. A ausência de más notícias

A Bitcoin já mostrou por variadas vezes ser sensível a más notícias. Enquanto alguns acreditam que a queda de preço sentida antes da recuperação se tratou de manipulação concertada, relembra-se que as últimas semanas contaram com más notícias suficientes para abalar a confiança dos investidores. Investigações ao redor da Kraken, da ItBit, da Coinbase e da Bitstamp, além das crescentes dificuldades impostas às plataformas japonesas, foram mais achas para a fogueira. Porém, o mercado de criptomoedas tende a mover-se depressa, deixando essas notícias para trás — e agora a Bitcoin observa renovado otimismo.

5. Os rumores de um ETF de Bitcoin

Trata-se de um grande fator uma vez que anuncia a aposta de fundos institucionais na Bitcoin — e o mercado tem sofrido da falta de fundos «frescos». O regresso da USDT poderá não ser suficiente, nem poderá ser a criação de tokens TrueUSD (TUSD), em que a oferta será também supostamente apoiada por investimentos em moeda tradicional real. Para a Bitcoin, a entrada de fundos institucionais num ativo totalmente legalizado como um Fundo Transacionado em Bolsa (ETF) será um sinal de legitimidade. Algumas empresas financeiras tradicionais têm realizado as suas incursões neste mercado mas essencialmente com investimentos de teste de pequena escala — e agora a situação poderá mudar.

Fonte: Cryptovest

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