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9 de Outubro de 2018

No mundo das criptomoedas pode perder os seus ativos num instante — e não apenas por potencial queda dos preços, também por descuido seu. Seguem-se, assim, 10 conselhos que todos os titulares de criptomoedas devem seguir para proteger os seus valiosos ativos digitais.

1. Utilize sempre «autenticação de dois fatores» (2FA)

Esta é, sem dúvida, a melhor aposta contra potenciais ataques de hackers. Quando configura a «autenticação de dois fatores» (ou «de dois passos») ninguém consegue aceder à sua conta sem uma chave (extra palavra-passe) de seis dígitos. A beleza desta proteção extra é que os códigos solicitados (frequentemente enviados para o número de telemóvel associado à conta) são sempre novos — o que torna praticamente impossível adivinhá-los. Além disso, a probabilidade de alguém decifrar uma chave de seis dígitos aleatórios é de 1 em 1 milhão.

Existem vários autenticadores, como a aplicação Google Authenticator.

2. Nunca deixe as suas criptomoedas numa plataforma por muito tempo

Recorde que as plataformas de câmbio de criptomoedas e as carteiras de criptomoedas são totalmente diferentes. Se a plataforma onde armazena as suas criptomoedas para transação for alvo de ataque de hackers, a probabilidade de recuperar os seus ativos é pequena. Desta forma, aconselha-se o armazenamento das suas criptomoedas numa carteira específica para esse fim, que seja fiável. Saiba mais sobre carteiras de criptomoedas aqui.

3. Evite gabar-se dos seus investimentos em criptomoedas — tanto «online» como «offline»

Talvez queira partilhar os seus sucessos com o mundo — é frequente que investidores focados em criptomoedas queiram mostrar as suas histórias de riqueza associadas às mesmas com qualquer um que as ouça — porém, aconselha-se que nunca partilhe quanto alcançou neste mundo, nomeadamente nas suas redes sociais.

Ao revelar este tipo de informação atrairá a atenção de hackers para as suas criptomoedas.

4. Nunca use a mesma palavra-passe

Esta regra não se aplica apenas ao mundo das criptomoedas, mas também a todas as contas importantes que tenha — correio eletrónico, banco digital, entre outras. Certifique-se de que segue esta regra religiosamente. Mais: altere as suas palavras-passe com frequência e escolha sempre opções fortes (uma combinação de texto, números e outros caracteres especiais).

Recorde: se a sua conta for alvo de ataque de hackers não há ninguém a quem possa recorrer. Estará sozinho.

5. Evite transferências desnecessárias

A probabilidade de perder as suas criptomoedas por envio para um endereço errado é superior à probabilidade de ser alvo de ataque de hackers. Apesar de as transferências fazerem parte do dia a dia com criptomoedas, garanta que tem cuidado com as mesmas.

A verdade é que quantas mais vezes fizer transferências menor será a sua atenção com as mesmas — à medida que se torna experiente deixa de prestar atenção ao que está a fazer.

6. Verifique os endereços antes de enviar criptomoedas

Esta é uma continuação da dica anterior. Antes de transferir criptomoedas certifique-se de que realiza as seguintes verificações:

  1. Assegure-se de que envia a criptomoeda certa para a carteira certa. Embora possa parecer óbvio é um dos erros mais comuns.
  2. Certifique-se de que o endereço da carteira está completo. É provável que copie e cole as chaves, certo? Deste modo, garanta que colou o endereço certo.

Deve verificar todos os parâmetros pelo menos três vezes para evitar erros.

7. Não use carteiras móveis para grandes quantias

As carteiras móveis são realmente bastante convenientes. Todavia, não devem constituir a sua carteira principal — pois se perder o seu telemóvel (o que acontece com mais frequência do que se pensa) as suas criptomoedas estarão perdidas para sempre.

Deve encarar a sua carteira móvel como encara a sua carteira normal (a carteira que leva no bolso ou na mala). Não transporta milhares de euros na sua carteira normal, pois não? Da mesma forma a sua carteira móvel deve ser usada para apenas «criptomoedas casuais» que precise de usar. As restantes criptomoedas devem ser armazenadas numa carteira em hardware ou software segura.

8. Não se deixe enganar por esquemas de «phishing»

Sim, falamos daqueles e-mails que são, supostamente, do seu banco ou plataforma de câmbio e que pedem que «altere a sua palavra-passe». Para evitar ser uma vítima garanta que verifica o endereço do remetente. Se o domínio parecer suspeito ou tiver sub-domínios não clique em nenhuma das ligações sugeridas. Se clicar em alguma das ligações procure o «https». Se não encontrar o «s» significa que não é uma página segura.

9. Crie o hábito de «terminar sessão» nas carteiras e plataformas

Faça disto um hábito — mesmo que use um dispositivo pessoal que não é utilizado por mais ninguém. Uma sessão aberta deixa a sua conta vulnerável a hackers. Sim, ao terminar sessão completamente terá de solicitar a «autenticação de dois fatores» com frequência. No entanto, é um pequeno preço a pagar para evitar que as suas criptomoedas sejam furtadas.

10. Não guarde a sua palavra-passe e endereço de carteira no mesmo sítio

O provérbio «não colocar todos os ovos na mesma cesta» também se aplica aqui. Ao ter tudo junto facilita a vida aos hackers.

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