3 Tendências a acompanhar na área da «fintech»
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19 de Outubro de 2018

O financiamento de «start-ups» de «fintech» sob a forma de capital de risco disparou nos últimos anos, aumentando de 1,9 mil milhões de dólares em 2010 para 27,5 mil milhões de dólares em 2017. E poderá não ficar por aqui. Apesar de nem todas as tendências de «fintech» terem alcançado sucesso no passado, algumas encontram-se em ascensão. Saiba quais.

1. Mercado imobiliário

A tecnologia imobiliária é um sector em destaque. «Nos últimos 12 a 18 meses surgiram [vários] fundos de investimento focados em tecnologia imobiliária,» — afirmou Merritt Hummer, diretora da Bain Capital Ventures, que moderou recentemente uma palestra sobre tendências na fintech na Cimeira 30 Under 30 da Forbes em Boston.

De facto, grandes gestoras de ativos focadas neste mercado, como a Brookfield, têm vindo a lançar fundos de risco estratégicos. Este verão a empresa de capital de risco Fifth Wall, com apenas dois anos, procurou reunir um fundo de 400 milhões de dólares para tecnologia imobiliária. E o foco no sector não fica por aqui.

A Opendoor, start-up de São Francisco que permite a aquisição de casas online, também reuniu 400 milhões de dólares — e start-ups como a Cadre e a PeerStreet construíram plataformas que tornam mais fácil o investimento em imobiliário. Entretanto, outras empresas estão a oferecer novas opções para a visualização de casas online e para a rápida obtenção de empréstimos imobiliários.

2. Seguros

A tecnologia de seguros é uma categoria emergente. «O conceito geral é que esta tecnologia tem décadas e […] tem de ser atualizada,» — afirmou Patricia Kemp, parceira geral da empresa de capital de risco Oak HC/FT, focada em fintech. Kemp também esteve presente na Cimeira 30 Under 30 da Forbes.

Destaca-se que a Oak investiu na Trov, uma start-up da Califórnia que fornece seguros sob pedido — e também na Clara Analytics, que usa Inteligência Artificial para ajudar fornecedores de seguros a gerirem e priorizarem de forma mais eficiente sinistros. Também a Lemonade, uma empresa de fintech que oferece seguros, tem vindo a expandir-se.

E entretanto coloca-se a seguinte questão: irá a tecnologia blockchain desempenhar um grande papel ao nível da transformação deste sector? Poderão «contratos inteligentes» programáveis automatizar de forma mais eficiente o pagamento de seguros a sinistrados? Kemp avançou que a blockchain poderá ter aplicabilidade no sector dos seguros.

«Porém, 70% dos custos associados aos seguros passam pela movimentação de papéis,» — Acrescentou. «Então existe toda uma inovação necessária no básico antes de se chegar a algo como contratos inteligentes.»

3. Indústrias dominadas pelo papel

Mais amplamente, várias áreas de serviços financeiros ainda dominadas por papel poderão revelar-se oportunidades. «Se for a uma empresa que paga contas, [irá reparar que] metade do que é pago é em cheque,» — Afirmou Matt Brennan, parceiro da General Catalyst. «Ter tudo num só lugar poderá ser bastante inovador, acredite ou não.»

Fonte: Forbes

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