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Uma carta de apresentação é a sua primeira, e talvez a única, oportunidade de revelar o seu potencial a um possível empregador. É a sua oportunidade de mostrar que é melhor do que os outros, não apenas mais um. Nós revelamos-lhe os erros em que não deve cair se quer marcar a diferença.

Um empregador ofereceu-lhe um belo presente ao pedir-lhe uma carta de apresentação: a oportunidade de se exibir. E, no entanto, tantos candidatos desperdiçam esta oportunidade. Em vez de aproveitarem o tempo para escrever um argumento original e convincente explicando por que razão devem ser contratados, eles simplesmente deixam-se levar pela preguiça. Acabam por refugiar-se em jargão aborrecido e adjetivos subjetivos, que não fazem mais que tornar a sua carta igual à de todos os outros candidatos. Que desperdício.

Você pode fazer melhor. Os outros candidatos podem utilizar os clichés de que vamos falar, mas vão ser imediatamente lançados para a pilha da indiferença. Você, pelo contrário, vai fazer um esforço para evitar estes erros.

1. "Exmo. Senhor ou Senhora"

Eis algo que deixa logo um potencial empregador de mau humor: começar a sua carta com este cumprimento desinspirado, com “Caro recrutador” ou – o pior dos piores – “A quem de direito”. Uma abertura genérica é simplesmente preguiçosa, o que não é propriamente uma característica que as empresas têm em mente quando procuram um novo empregado.

“Uma saudação genérica demonstra que não se deu ao trabalho de procurar o nome do responsável pela posição, ou sequer uma pessoa específica dentro do departamento de Recursos Humanos, considera Mary Ellen Slayter, perita da agência de recrutamento Monster e fundadora da agência de marketing Reputation Capital Media Services.

Slayter sugere que os candidatos devem procurar o nome da pessoa que poderá vir a ler a carta.

2. "Gostaria de me candidatar a um emprego na..."

É bom que a sua carta venha com um alarme despertador, porque já está a embalar quem venha a ler isto..

Jeremy Schifeling, autor do livro “Get It Done: Write a Cover Letter” e vice-presidente de marketing da Fidelis Education, uma startup que ajuda estudantes, aponta para o fato de que tantas cartas de apresentação começam exatamente da mesma forma. E se Charles Dickens tivesse optado pela mesma abordagem mundana quando escreveu “História de Duas Cidades”?, é a questão colocada por Schifeling.

“Se, em vez de começar com “Foi o melhor dos tempos, foi o pior dos tempos,” ele tivesse começado com “Caro leitor, eis um livro bastante longo.”, provavelmente ninguém teria passado da primeira página”, considera o especialista.

Não é necessário escrever um romance, mas não tenha receio de contar uma anedota se souber alguma apropriada.

“Até mesmo numa altura em que os computadores processam tudo, mais tarde ou mais cedo um ser humano irá acabar por ler a sua carta", diz Schifeling. “E esse humano foi educado por milhares de gerações de pessoas que, por sua vez, foram educadas a ouvir histórias”, reforça, deixando um conselho:

“Comece por mostrar a sua ligação. Se é um utilizador entusiasta do produto de uma empresa, ou se é absolutamente fantástico com algo que ela produz, comece por referir isso mesmo e use-o para agarrar o leitor”.

3. "Eu acho que sou o candidato perfeito para esta posição"

Este é um duplo-erro: “”Pensar”, “sentir” e “acreditar” são uma lengalenga para o ambiente empresarial”, afirma Slayter, “e o candidato não está em posição de dizer se é ou não o melhor para o cargo”.

Para a especialista, começar o discurso com “eu sou” transmite mais confiança que qualquer um daqueles verbos. Por outro lado, “referir como cumpre os requisitos das qualificações pedidas é melhor do que declarar-se como o perfeito candidato”, conclui.

4. "Eu sou um trabalhador de equipa orientado para o detalhe"

Evite estas declarações genéricas.

“Recheie a sua carta com referências ou feitos que possam ser medidos”, refere Slayter, exemplificando que “”Colaboração melhorada em 17 porcento” soa melhor que “trabalhador de equipa””.

Schifeling aponta na mesma direção: “O que é que fez em concreto, e qual foi o resultado para a empresa?”

Schifeling também alerta para o uso e abuso do “eu”, “Tal como nas relações amorosas, ao candidatar-se a um emprego tem de dar e receber”, explica. “Se não balança o tempo que passa a explicar por que razão a empresa é boa para si, e por que razão admira a empresa, então estará a soar um pouco egoísta”. Mas…

5. "Sou um grande admirador desta empresa..."

Schifeling refere que, muito frequentemente, os candidatos caem no extremo oposto e gastam grande parte das suas cartas a bajular o empregador e a explicar o quanto gostam da empresa. Esta abordagem é “exagerada e ridícula”, afirma.

Tal como escrever saudações genéricas e palavras subjetivas, disparar incessantes elogios acerca da empresa é igualmente preguiçoso. E um desperdício.

“Deixe de pensar na carta de apresentação como obstáculo que tem de ultrapassar, mas antes como uma oportunidade para mostrar o que tem de melhor”, conclui Schifeling.

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