Para onde vão os aviões privados
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Conheça as rotas mais populares dos jatos privados, e os fenómenos políticos e económicos que essas rotas espelham. Quais serão as tendências do futuro próximo?

Se vir um avião privado no céu, há uma grande probabilidade de ele vir de – ou dirigir-se para – a cidade de Nova Iorque. Enquanto os VIPs saltam dentro e fora da grande maçã mais frequentemente, o relatório mostrou que a rota mais popular era a viagem de Moscovo para Cote d’Azur no sul de França.

O posicionamento das rotas no ranking está baseado nos dados da NetJets, uma subsidiária da Berkshire Hathaway (BRKA), que permite aos clientes contratar ou comprar parcialmente aviões privados.

Cerca de 60% do tráfego de jatos privados começa e acaba nos Estados Unidos, mostrou o relatório, principalmente centrado à volta de Nova Iorque, Miami, e Palm Beach. Segue-se a Europa, como clientes a viajar principalmente entre Londres, o sul de França, e Moscovo. O Médio Oriente é o terceiro maior mercado. Quando a China aliviar os regulamentos à volta da aviação privada, os autores do relatório espera que o tráfego também expluda na região.

No que toca a que rotas estavam em rápido crescimento em 2013, a lista torna-se maior e um pouco mais inesperada. A rota em maior crescimento era de Cote d’Azur para Nova Iorque, seguida por Maiquetía, Venezuela, para Miami.

De acordo com o Liam Bailey, que está à frente da investigação global da Knight Frank, há uma ligação óbvia e forte entre os maiores centros de negócios. Mas a ligação entre Nova Iorque e o sul de França tem mais que ver com os proprietários de negócios russos a misturar lazer com negócios.

“Existem muitos russos que têm propriedades no sul de França, que viajam frequentemente para os EUA e para Londres em negócios,” disse.

Mas essas rotas de voos estão a ganhar popularidade principalmente por causa da internacionalização continuada dos negócios, de acordo com Marine Eugene, diretora executiva da NetJets Europe.

“Estamos a ver aviões a dar mesmo a volta ao mundo. A atividade de longo alcance tem sido mesmo resiliente.”

Houston é destaque na lista, aparecendo em quatro do top 10 rotas em maior crescimento.

Wheels Up, outra empresa que permite aos clientes alugar lugares em aviões privados, também está a experienciar um híper-crescimento no mercado do Texas, disse Kenny Dichter, fundador e CEO. Eles têm presentemente quatro aviões estacionados no Texas para fazer face à demanda, mas pensam adicionar mais em 2015. Dichter disse a maioria dos voos para fora do Texas são de negócios, e não de lazer. E cerca de metade desses jatos privados são de pessoas que se mudaram de voos comerciais.

“Com taxas razoáveis por hora, é criada uma proposição de valor que cativou as pessoas arrebatando-as das suas opções comerciais para as privadas,” disse ele.

A Wheels Up também está a crescer nas rotas de viajantes habituais, como Nova Iorque para Boston ou Washington, ou dentro do Texas. Dichter explicou que isso é porque os bilhetes para esses voos mais pequenos podem facilmente chegar aos $1000, especialmente se for perto da data.

“Quando os preços chegam a esses níveis, as pessoas de negócios que viajam com três ou quatro colegas começam a pensar ‘porque é que não voamos num jato privado por perto do mesmo preço?’,” disse ele. “Poupamos tempo no aeroporto, e além disso os voos têm WiFi por isso estamos sempre conetados.”

Não incluídas na lista dos destinos em rápido crescimento, mas mesmo assim com uma grande procura, estão destinos solarengos e com neve na Europa. De acordo com o relatório da Knight Frank, Ibiza viu um crescimento de 17% no trafego em 2013, com crescimentos semelhantes a sítios como as Maldivas e as Seicheles. Viagens para cidades como Verbier, St.Moritz e Courchevel também viram grandes níveis de crescimento.

Embora os dados sejam de 2013, Eugene, da NetJets, diz que a lista dos destinos em rápido crescimento ainda se mantem, com uma exceção: as viagens de e para a Rússia levaram um corte desde o Verão passado, quando a crise com a Ucrânia aqueceu. Desde então, o mercado tem visto um declínio de 15% no trafego de e para o país.

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