A história do homem mais rico da Ásia
Página principal Estilo de Vida

Saiba como Li Ka-Shing passou de pobre empregado fabril a um dos homens mais poderosos do mundo. E não, não é o argumento de um filme de Hollywood.

O homem mais rico da Ásia fez mais um ato surpreendente: a empresa que preside, Hutchison Whampoa, comprou a O2, a segunda maior operadora móvel do Reino Unido. Já possuía a Three e a fusão das duas irá criar a maior empresa móvel do sector no Reino Unido.

A história de vida de Li Ka-Shing é um incrível conto “da pobreza à riqueza”. Partiu da pobreza no sul da China para se tornar um dos principais plutocratas do mundo, com um património estimado em 31,7 mil milhões de dólares norte-americanos, de acordo com a Bloomberg.

Compete com Jack Ma, da Alibaba, pelo título de homem mais rico da Ásia – e afirma que a sua riqueza é subestimada em cerca de metade.

Em 1940, quando o país se encontrava em guerra com o Japão, a família de Li Ka-Shing voou do sul da China para Hong Kong, onde viveu desde então.

O início da vida de Li foi tumultuoso. O Japão ocupou Hong Kong em 1941 (fotografia). O pai de Li morreu de tuberculose antes dos seus 16 anos e o jovem Li foi forçado a deixar a escola para trabalhar numa fábrica.

Em 1950 Li Ka-Shing montou a sua primeira fábrica, a Cheung Kong Industries, que fabricava flores de plástico. Um hotel, propriedade da moderna Cheung Kong, reside agora no mesmo sítio.

A fábrica localizava-se no norte de Hong Kong, hoje quase irreconhecível em relação ao que era em meados do século XX – embora a riqueza de Li tenha disparado de forma ainda mais rápida do que a cidade.

Em 1969 a Hasbro encomendou à fábrica de plásticos de Li Ka-Shing, em Hong Kong, que fizesse bonecos G.I. Joe para exportar para os Estados Unidos.

Li afastou-se do fabrico de plástico e concentrou-se no desenvolvimento de propriedade, na dianteira do crescimento global de Hong Kong. Comprou a Hutchison Whampoa em 1979.

A Hutchison Whampoa opera globalmente e tem 250.000 colaboradores – depois de se começar a focar nas telecomunicações na década de 80. Na fotografia: a Hutchison no centro de Hong Kong.

Li tem sido visto com algumas das pessoas mais poderosas do mundo. Aqui encontra-se com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, na Universidade de Oxford a lançar um centro de investigação.

Li afirmou, de acordo com um artigo da Forbes em 2010: “O prazer mais importante é trabalhar a sério e obter mais lucro.” No ano 2000 a Asiaweek afirmou que Li era o homem mais poderoso da Ásia.

Em Hong Kong a Universidade Politécnica nomeou uma torre “Li Ka-Shing” no seguimento de uma generosa doação.

Contudo tem torres ainda maiores. A Cheung Kong Centre (à direita) é o terceiro edifício mais alto de Hong Kong e propriedade da Hutchison Whampoa. O escritório de Li encontra-se no topo.

Li faz questão de ilustrar que não é espalhafatoso, apesar da sua riqueza colossal. Por exemplo, durante muitos anos utilizou um relógio de 30 dólares – e fazia questão que todos soubessem.

É também um filantropo com o sector académico. A Universidade de Berkeley, na Califórnia, nomeou o Centro de Ciências da Saúde e Biomédica em homenagem a Li Ka-Shing.

A sua residência palaciana na Deep Water Bay em Hong Kong – onde uma casa de família de quatro quartos poderá custar 13 milhões de dólares – conta outra história.

As participações de Li Ka-Shing são, na sua maioria, adquiridas através da Hutchison Whampoa e da Cheung Kong – contudo detém também uma participação maioritária na Husky Energy no Canadá.

O filho de Li Ka-Shing, Victor Li Tzar-kuoi, é vice presidente da Cheung Kong. Foi raptado pelo infame gangster de Hong Kong, Cheung Tze-keung, em 1996 – e libertado por um significativo resgate.

Não foi tudo um mar de rosas para a Hutchison Whampoa. Li viu-se envolvido numa greve portuária em 2013 e tem sido criticado pelos sindicatos. Nesta imagem os caracteres na máscara do manifestante significam “monstro” e “mau”.

Depois de concordar uma venda de 10.25 mil milhões de dólares a Hutchison Whampoa adquiriu a operadora móvel britânica O2, que detém os direitos sobre o nome da icónica cúpula do milénio em Londres.

Não se trata da primeira grande aventura europeia da Hutchison Whampoa. Já é dona da operadora móvel Three e da Superdrug.

Li situa-se atrás de Jack Ma no Índice de Bilionários da Bloomberg – colocando-o em 20º lugar a nível mundial – mas afirma que a sua riqueza é subestimada em 40%.

Por favor, descreva o erro
Fechar