Como ser como Jamie Dimon
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O chefe-executivo da JP Morgan Chase acaba de se juntar à lista de pessoas que têm mais de mil milhões de dólares. Um estudo da Bloomerg analisa as características dessas pessoas. Será que você reúne as condições que tornam a sua futura presença nessa lista um acontecimento provável?

Se quer ser multimilionário (e quem não quer?), não tem de se casar com um – se escolher o curso certo na faculdade certa.

Jamie Dimon, chefe-executivo da JP Morgan Chase & Co. juntou-se ao clube dos multimilionários, de acordo com o mais recente índice de multimilionários da Bloomberg. Repare-se que nesse estudo é considerado multimilionário quem tem mais de mil milhões de dólares. A sua fortuna vem de uma participação de 485 milhões de dólares na JP Morgan Chase, que lidera desde Dezembro de 2005, e uma carteira de investimentos abastecida pelas vendas de ações do Citigroup. Ao contrário de muitos entre os seus colegas multimilionários, ele não gere um fundo de cobertura. Em vez disso, ele já dirigiu a JP Morgan Chase durante a crise financeira, o crash imobiliário, e o escândalo de tranding “London Whale” que custou milhares de milhões de dólares aos bancos em 2012.

Há apenas um multimilionário para cada 3 milhões de pessoas no planeta. Embora o tamanho total da população multimilionária seja pequeno, a sua influência não é. Os multimilionários controlam diretamente cerca de 4% da riqueza do mundo, de acordo com a consultoria privada de riqueza Wealth-X. Entre 2011 e 2013, o aumento do património líquido de multimilionários representou 40% de todo o crescimento entre as pessoas de valor líquido ultra alto – aqueles no valor de $30 milhões ou mais – apesar dos multimilionários constituírem apenas 1% desse grupo. Entre Julho de 2013 e Junho de 2014, os multimilionários aumentaram em 7% para 2325, o ponto mais alto de sempre. Jonathan Wai, um psicólogo no Programa de Identificação de Talentos da Duke University e autor do estudo "Investigando os ricos e os poderosos do mundo: educação, capacidade cognitiva, e diferenças de género", publicado no ano passado na revista académica Intelligence, diz:

"Dimon é um dos multimilionários no fim da lista provavelmente por causa da sua escolha de carreira."

"Mas uma outra maneira de ver as coisas é que Dimon pode ter maior influência através da JP Morgan Chase e construir uma instituição como esta, em vez de se concentrar num fundo de investimento."

A pesquisa de Wai mostra que um diploma de terceiro nível de uma das escolas de elite nos EUA ajuda, tanto quanto andar ombro a ombro com os líderes globais. Ele olhou para 1426 dos multimilionários do mundo, 231 das pessoas mais poderosas do mundo (segundo a revista Forbes), e 2624 pessoas altamente influentes que frequentam o Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça. Todos os grupos eram altamente educados e relativamente inteligentes: cerca de 34% dos multimilionários, 31% dos multimilionários que chegaram à sua fortuna unicamente pelo seu trabalho, 71% dos homens poderosos, 58% das mulheres poderosas, e 55% dos participantes em Davos frequentaram escolas de elite em todo o mundo.

Entre os multimilionários e participantes de Davos, muitos formaram-se em economia e ciência, tecnologia, engenharia e matemática, como concluiu Wai. Dentro do top 0,0000001% da riqueza, a educação superior e habilidade foram associados ao maior património líquido, tanto em multimilionários que construíram a sua própria fortuna como no caso daqueles que a herdaram, mas não dentro da China e da Rússia. As mulheres foram sub-representadas em todos os grupos, especialmente entre os multimilionários masculinos e feminino por esforço próprio, o que representou 38,5% de sua amostra total. Estas elites globais foram em grande parte extraídas dos academicamente talentosos, com muitos provavelmente no top 1% dos habilidosos.

Outra pesquisa suporta isto mesmo. Cerca de 68% do top 100 de multimilionários do mundo têm um diploma universitário, e 22% deles estudou engenharia, 12% negócios, 9% estudou artes liberais e 8% estudou economia – num estudo de Março 2015 do Índice Aprovado da plataforma de compras negócio-a-negócio. Dimon estudou psicologia e economia na Universidade de Tufts e tem um MBA da Universidade de Harvard, onde o presidente Obama estudou Direito e Mark Zuckerberg estudou psicologia e ciência da computação antes de sair para começar o Facebook FB, -0,33%, que logo se tornaria a maior rede social do mundo.

As faculdades da Ivy League são o caminho a percorrer para os futuros multimilionários.

A Universidade de Harvard tem o lugar nº1 entre universidades de mundo na produção de multimilionários, segundo a Wealth-X, que classificou as escolas de negócios em termos de número de multimilionários numa pesquisa de Janeiro passado. O programa de Harvard produziu quase três vezes mais graduados multimilionários (64 multimilionários graduados até agora) do que a Universidade de Stanford, que ficou em segundo lugar (23), seguida pela Universidade de Columbia (14), da Universidade da Pensilvânia (12) e a Universidade de Chicago (10).

Também ajuda ser americano. A Europa é a região com o maior número de multimilionários (775), mas os EUA continuam a ser o país com o maior número de multimilionários (571), segundo a Wealth-X. Os multimilionários nos EUA são responsáveis ​​por quase 25% da população multimilionária mundial. Os EUA também apresentaram o maior crescimento absoluto em termos do número de novos multimilionários: 57 novos multimilionários americanos foram registados em 2014. A Ásia tem 560 multimilionários e tem 30% do aumento líquido da riqueza total multimilionária, seguida pelo Médio Oriente (154), a América Latina e as Caraíbas (153), África (40) e a região do Pacífico (34).

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