Será que a ficção científica prevê o futuro ou inspira as descobertas futuras?
É essa a questão que estes 15 livros forçam os leitores a perguntar-se à medida que leem sobre hackers, membros biónicos e iPads, tudo pensado por autores décadas, e às vezes séculos, antes das invenções terem sido criadas.
Eis então a nossa lista de livros que previram o futuro:
1. “As Viagens de Gulliver”, de Jonathan Swift, previram a descoberta das duas luas de Marte
Esta sátira social de 1796 segue um homem chamado Gulliver nas suas viagens por diferentes mundos, como um ocupado por humanos minúsculos e outro habitado por gigantes.Mas quando Gulliver está na ilha de Laputa, um mundo flutuante cheio de cientistas, os astrónomos notam que Marte tem duas luas na sua órbita. Mais de 150 anos depois em 1877 foi descoberto que Marte tem de facto duas luas – Fobos e Deimos.
2. “Frankenstein”, de Mary Shelley, previu os transplantes modernos
Quando Shelley escreveu “Frankenstein” em 1818, a ciência estava apenas a começar a explorar o novo território da reanimação de tecido morto através de eletricidade.
E apesar de estes métodos serem no mínimo brutais, iniciaram o caminho para futuros marcos da medicina, como o transplante de órgãos, que surgiu no romance de Shelley.
3. “Vinte Mil Léguas Submarinas”, de Júlio Verne, previu o submarino elétrico
Júlio Verne é conhecido como um dos autores mais visionários do século XIX, prevendo coisas como os módulos lunares ou os painéis solares mais de 100 anos antes de serem inventados.
O seu livro mais famoso, porém, é “Vinte Mil Léguas Submarinas”. Publicado em 1870 o romance previu submarinos elétricos 90 anos antes de eles serem oficialmente inventados.
4. “Looking Backward” de Edward Bellamy previu os cartões de crédito
63 anos antes de os cartões de crédito terem sido inventados, Bellamy teve uma ideia semelhante no seu romance de ficção científica utópica de 1888.
Depois de Julian West dormir durante 113 anos e acordar no ano 2000, ele descobre que todas as pessoas usam cartões de “crédito” para comprar coisas. Apesar da forma como os cartões de Bellamy funcionarem de uma forma mais semelhante aos cartões de débito, não deixa de ser uma previsão interessante.
5. “Ralph 124C 41+” de Hugo Gernsback previu a eletricidade a partir de energia solar
Este romance de Hugo Gernsback – o homem que inspirou o conhecido prémio de ficção científica “Hugo” – foi escrito em 1911, mas passa-se em 2660.
Apesar de esta história não ser tão excitante como os livros de ficção científica modernos devido ao fraco enredo e à história de amor vulgar, previu o uso da energia solar, as televisões, os gravadores, os filmes com som e as viagens espaciais.
6. “The World Set Free” de H. G. Wells previu a bomba atómica
Publicado em 1914, “The World Set Free” não só previu as armas nucleares como também pode ter dado a Dr. Leo Szilard, o homem que dividiu o átomo, a ideia para a destrutiva bomba nuclear.
Apesar da bomba atómica do universo de Wells ser uma granada de mão de urânio – não diferente de uma bomba comum, mas com mais radiação – a ciência subjacente à ideia estava três décadas à frente do seu tempo.
7. “O Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley previu os comprimidos antidepressivos
“1984” de George Orwell é o clássico romance distópico que é responsável por conceitos como Big Brother, Novilíngua e Polícia do Pensamento.
Escrito sobre um mundo distópico cerca de 40 anos após a Segunda Guerra Mundial, o livro foca-se em tópicos como a censura, a propaganda, e o governo opressivo numa sociedade futurista. Orwell também previu a vigilância em massa e os helicópteros policiais neste clássico de 1949.
8. “1984” de George Orwell previu o Big Brother e a vigilância em massa
“1984” de George Orwell é o clássico romance distópico que é responsável por conceitos como Big Brother, Novilíngua e Polícia do Pensamento.
Escrito sobre um mundo distópico cerca de 40 anos após a Segunda Guerra Mundial, o livro foca-se em tópicos como a censura, a propaganda, e o governo opressivo numa sociedade futurista. Orwell também previu a vigilância em massa e os helicópteros policiais neste clássico de 1949.
9. “Fahrenheit 451” de Ray Bradbury previu os headphones
Bradbury escreveu “Fahrenheit 451” em 1953 sobre uma sociedade tecnófila onde os livros era proibidos e qualquer livro descoberto era queimado.
Este romance previu televisões de ecrãs planos assim como dispositivos semelhantes aos atuais headphones.
10. “Um Estranho numa Terra Estranha” de Robert Heinlein previu a cama de água
Este romance de 1961 segue a vida de Valentine Michael Smith após ele regressar á Terra depois de ter sido criado por marcianos desde que era pequeno.
Em adição à discussão de assuntos futuristas tais como a política intergaláctica, “Um Estranho numa Terra Estranha” também previu as camas de água uma década antes de elas terem sido inventadas.
11. “2001: Odisseia no Espaço” de Arthur C. Clarke previu o iPad
Este livro de ficção científica de 1968 sobre a criação da vida inteligente na Terra por uma civilização alienígena está preenchido de temas sérios como a guerra nuclear, a evolução, e os perigos da inteligência artificial sob a forma do super computador HAL 9000.
Mas a previsão mais exata do livro foi a de livros eletrónicos ou os "newspads" que as pessoas leem, o que soa extremamente parecido com o iPad.
12. “Stand on Zanzibar” de John Brunner previu a televisão por satélite e carros elétricos
Este romance distópico foi publicado pela primeira vez em 1968 e decorre em 2010. No romance de Brunner os Estados Unidos estão a lutar contra a sobrepopulação e dívidas sociais crescentes. Além do enredo realístico, o livro previu algumas tecnologias que temos hoje, incluindo a televisão a pedido, a TV por satélite, impressoras laser, carros elétricos e até mesmo a descriminalização das drogas leves.
13. “Cyborg” de Martin Caidin previu o primeiro membro biónico
Este romance de 1972 conta a história de Steve Austin, astronauta que se tornou num piloto, que sofre um acidente durante um voo ficando com apenas um membro e cego de um olho. Uma equipa de cientistas é capaz de dar a Austin novas pernas, um olho removível com uma câmera, e um braço biónico que o torna num «cyborg», ou uma mistura de homem e máquina. O livro profetizou o primeiro transplante de uma perna biónica com 41 anos de antecedência.
14. “À boleia pela galáxia” de Douglas Adams previu aplicações áudio de tradução
Publicado em 1979, nele Arthur Dent é avisado pelo seu amigo Ford Prefect - um investigador secreto para o guia de viagens interestrelares “The Hitchiker’s Guide to the Galaxy” - que o planeta Terra está prestes a ser destruido.
Ambos escapam numa nave alienígena e embarcam numa aventura pelo universo. Uma das coisas que eles testemunham são as traduções em tempo real com tradutor universal, agora uma realidade devido às aplicações de tradução.
15. O “Neuromancer” de William Gibson previu o ciberespaço e os hackers de computadores
Este romance criminal futurista de 1984 segue um hacker e “ciberladrão” cuja habilidade de se “inserir” no ciberespaço é restaurada por uma cura milagrosa.
“Neuromancer” foi não só o primeiro romance a vencer os três principais prémios de ficção científica (Hugo, Nebula, e Philip K. Dick) como também inspirou os filmes “Matrix” e previu a sociedade internauta do futuro assim como a existência de hackers.