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ITAR-TASS

Ameaça terrorista, pequena criminalidade ou mesmo corrupção, suborno, roubo e vandalismo foram alguns dos aspetos considerados para a classificação.

A segurança pessoal é um dos principais fatores a considerar quando se pretende viver com qualidade de vida.

A Mercer, uma das maiores empresas de consultoria de recursos humanos do mundo, lança todos os anos o seu Índice de Qualidade de Vida (Quality of Living Index), onde classifica quais as cidades mais seguras para se viver e trabalhar.

Segundo a Mercer, a lista é uma das mais completas e é realizada anualmente para ajudar as empresas multinacionais e outros empregadores a compensar os seus funcionários de uma forma mais justa quando os incumbem de projetos internacionais.

A Mercer afirma que a classificação de segurança pessoal baseia-se na “relação com outros países, estabilidade interna, crime e aplicação da lei” das cidades. Por outras palavras, não é de estranhar que cidades que sejam assoladas pela guerra ou onde o crime abunda tenham ficado nos lugares mais baixos da classificação.

Mercer estudou 450 cidades e fez uma lista com as 230 cidades mais seguras para os trabalhadores. Embora uma grande parte das cidades europeias tenham sido listadas entre as mais seguras no mundo, outras surpreenderam ao ficarem classificadas em lugares muito baixos no índice.

O facto de algumas das maiores e mais prósperas cidades ocidentais da Europa não estarem a liderar a lista das mais seguras do planeta pode ser uma surpresa para muitos, no entanto, isso deve-se principalmente ao número de ataques terroristas e ameaças que sofreram no ano passado – o que acabou por arrastá-las para os piores lugares na classificação.

Outras questões, como a pequena criminalidade ou as ameaças à segurança nacional, também tiveram impacto em algumas das cidades.

O Business Insider foi até ao final da lista para encontrar as 17 cidades mais perigosas na Europa.

17. Milão, Itália

Protesto denominado “Not in my name” (ou “Não em meu nome”) organizado por muçulmanos italianos contra o terrorismo, na baixa de Milão, em 21 de novembro. No placar em baixo pode-se ler “Digo não à violência”
Posição no ranking: 63

A cidade caiu de posição no ranking para a 63ª este ano depois do FBI ter alertado que a Basílica de São Pedro, a Duomo e a La Scala estão sob ameaça de um ataque terrorista.

16. Barcelona, Espanha

Posição no ranking: 64

A cidade é conhecida por ser uma das capitais com mais carteiristas do mundo, o que a empurra para a 64ª posição no Índice de Segurança Pessoal. O Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico refere: “houve um aumento do número de roubos a partir de carros de aluguer.” E recomenda: “Esconda todos os objetos de valor ou artigos comprados em lojas de marca.”

15. Belfast, Irlanda do Norte

Um graffiti contra o governo na área nacionalista de Lenadoon, parte oeste de Belfast, na Irlanda do Norte, 16 de setembro
Posição no ranking: 64

A cidade, que ficou classificada na 64ª posição, tem uma taxa de criminalidade violenta relativamente baixa comparativamente a outras cidades e vilas da Irlanda do Norte. Contudo, o número de pessoas a viver no limiar de pobreza é mais alto em Belfast, o que abala a estabilidade social e faz aumentar a pequena criminalidade.

14. Tallinn, Estónia

Posição no ranking: 66

A pitoresca cidade murada tem uma taxa de criminalidade violenta relativamente baixa mas ficou classificada na 66ª posição na lista devido às drogas e ao tráfico de seres humanos perpetuado por grupos de crime organizado russos.

13. Varsóvia, Polónia

Manifestantes durante uma manifestação anti-imigrantes em frente ao Castelo Real de Varsóvia, 6 de fevereiro
Posição no ranking: 66

A cidade tem uma das taxas de criminalidade mais baixas do país mas ficou classificada na 66ª posição devido ao número de protestos políticos que têm tido lugar no país.

12. Paris, França

Posição no ranking: 71

A cidade ficou classificada na 71ª posição após uma série de ataques terroristas. Em novembro, vários bombistas suicidas e homens armados atacaram vários locais na capital francesa, incluindo cafés, restaurantes e uma casa de espetáculos, matando 130 pessoas e ferindo outra centena.

11. Londres, Reino Unido

Uma manifestante em Londres a chorar no dia 2 de dezembro após o parlamento britânico votar a favor da realização de ataques aéreos contra militares na Síria
Posição no ranking: 72


Pode ser uma surpresa ver Londres na lista mas a Mercer classificou a capital britânica na 72ª posição. Ellyn Karetnick, diretora da secção de Mobilidade Internacional na Mercer do Reino Unido disse que “tanto na Europa como noutros locais, os ataques terroristas e incidências de distúrbios civis são analisados e têm um controlo apertado – qualquer impacto na qualidade de vida dos expatriados é refletida nas classificações.”

10. Bucareste, Roménia

Um papel com a mensagem escrita “A corrupção mata” visto no dia 1 de novembro em Timisoara na Roménia, no meio de velas colocadas durante a homenagem feita às mais de 50 pessoas mortas num incêndio que irrompeu durante um concerto de rock num clube noturno em Bucareste
Posição no ranking: 79


A violência e o crime organizado é relativamente baixo na capital da Roménia, contudo a cidade ficou classificada na 79ª posição devido à corrupção generalizada e à pequena criminalidade.

9. Zagreb, Croácia

Bad Blue Boys, apoiantes do clube de futebol Dinamo Zagreb, a manifestar-se perto do Ministério da Educação, Ciência e Desporto em Zagreb, na Croácia, no dia 27 de novembro
Posição no ranking: 79

Tal como muitas outras homólogas de Zagreb na Europa de Leste, a corrupção arrasta a cidade para as posições mais baixas – Zagreb ficou classificada na 79ª posição.

8. Riga, Letónia

Uma manifestação anti-imigração em Riga, no dia 22 de Setembro, contra o número de refugiados designados para a Letónia pela União Europeia
Posição no ranking: 82


Para além dos protestos anti-imigrantes que começaram a dominar as ruas, Riga ficou classificada na 82ª posição no índice devido à abundância de crime organizado e aos grupos de prostituição.

7. Roma, Itália

Polícias a patrulhar a principal estação ferroviária de Roma no dia 25 de janeiro
Posição no ranking: 82


A cidade caiu para a 82ª posição depois de Roma e outras cidades italianas terem sido colocadas sob alerta máximo contra ataques terroristas semelhantes aos ataques de Paris em novembro.

6. Madrid, Espanha

Posição no ranking: 84


A cidade ficou classificada na 84ª posição na lista da Mercer devido aos distúrbios sociais resultantes das medidas de austeridade aplicadas em todo o país e que conduziram a níveis de desemprego elevados, especialmente entre a população mais jovem.

5. Budapeste, Hungria

Migrantes formam um protesto sentado enquanto a polícia lhes bloqueia a entrada para a principal estação ferroviária do leste em Budapeste
Posição no ranking: 93


A cidade caiu para a 93ª posição no índice após o aumento massivo de distúrbios sociais desde a crise dos refugiados. O caos nas estações ferroviárias e os protestos nas ruas irromperam várias vezes a partir do momento em que o Primeiro-Ministro húngaro, Viktor Orban, tentou reduzir o fluxo de migrantes no país.

4. Sofia, Bulgária

Apoiantes do partido nacionalista búlgaro “Ataque” seguram imagens do Presidente russo, Vladimir Putin, durante um protesto a apoiar a Rússia – em frente à Embaixada Turca em Sofia, no dia 26 de novembro
Posição no ranking: 118


Um elevado nível de distúrbios sociais empurrou a cidade para a 118ª posição. A população búlgara, cujo país é o membro mais pobre da União Europeia, organiza regularmente protestos contra os cortes nos benefícios e pensões por parte do governo – assim como contra a corrupção.

3. Atenas, Grécia

Refugiados e migrantes à espera do autocarro para chegar à fronteira entre a Grécia e a Macedónia no dia 19 de fevereiro
Posição no ranking: 124


Após as extensas e prolongadas medidas de austeridade, a pobreza e o crime aumentaram no país, conferindo à cidade de Atenas a posição 124ª na classificação. Além disso, “os recentes distúrbios políticos e económicos na Grécia, que resultaram em manifestações violentas em Atenas e noutras cidades do país, diminuíram a sua classificação de segurança”, diz Mercer. O influxo de centenas de milhares de migrantes também está a agravar a segurança na cidade.

2. Belgrado, Sérvia

Uma tempestade violenta em Belgrado
Posição no ranking: 131


Os crimes violentos não abundam na cidade, no entanto, a cidade de Belgrado afundou-se até à 131ª posição no índice devido à grande escala de corrupção e a questões de suborno, assim como roubo e vandalismo.

1. Kiev, Ucrânia

Ativistas do partido nacionalista ucraniano Svoboda (Liberdade) numa manifestação que assinala o 107º aniversário de Stepan Bandera, um dos fundadores da Organização dos Nacionalistas Ucranianos
Posição no ranking: 189


A capital do país classificou-se na 189ª posição devido a distúrbios civis e ao seu estado de guerra com a Rússia. Embora o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido afirme que Kiev é “calma” relativamente à região da Crimeia junto à Rússia, Kiev é assolada por roubos, vandalismo e protestos violentos que já mataram ou feriram centenas de pessoas.
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