12 Aspetos que podem fazer com que os outros não gostem de si

Partilhar demasiadas fotografias no Facebook, fazer revelações extremamente pessoais ou esconder as emoções são apenas alguns dos exemplos de aspetos que podem afastar os outros. Conheça os restantes.

Há muitas formas de afastar as pessoas - e muitas não exigem qualquer esforço.

Reunimos alguns exemplos de aspetos que podem afastar os outros - tanto online como pessoalmente - e explicamos como pode evitá-los.

Talvez você tenha vontade de partilhar fotografias da sua lua de mel, da licenciatura do seu primo ou do seu cão vestido com um traje de Halloween - tudo no mesmo dia. No entanto, segundo algumas pesquisas, publicar demasiadas fotografias no Facebook poderá prejudicar as relações na vida real.

Aparentemente as pessoas, com exceção de amigos próximos e parentes, não se relacionam bem com aqueles que partilham demasiadas fotografias de si próprios.

Especificamente: os amigos não gostam de ver demasiadas fotografias de família e a família não gosta de ver demasiadas fotografias de amigos.

No âmbito de um estudo, investigadores pediram a estudantes universitários que avaliassem perfis fictícios do Facebook e decidissem o quão gostavam dos proprietários dos perfis. A pesquisa teve lugar em 2008 e cada um dos estudantes tinha cerca de 300 amigos na rede social.

Os resultados mostraram que o "ponto ideal" são os 300 amigos. O ranking de simpatia foi menor com proprietários de perfis com apenas 100 amigos ou mais de 300.

Quanto aos proprietários com mais de 300 amigos os autores da pesquisa escrevem:

Um facto curioso: de acordo com a pesquisa, os participantes não tinham noção de que gostavam menos das pessoas com muitos ou poucos amigos no Facebook.

No geral, as pessoas gostam mais dos outros quando estes contam coisas pessoais. Abrir-se é um dos melhores caminhos para fazer amigos enquanto adulto.

Porém, os psicólogos afirmam que revelar coisas demasiado íntimas – como, por exemplo, o facto de a sua irmã ter um caso extraconjugal – pode mostrar que é uma pessoa insegura e diminuir a probabilidade das pessoas gostarem de si.

A chave é ser próximo sem se tornar exageradamente próximo. Segundo uma pesquisa, a partilha de detalhes sobre hobbies e memórias de infância pode fazer com que pareça mais simpático e agradável.

Uma pesquisa revelou uma contradição à ideia de que ser aberto garante a proximidade: a abertura deve ser mútua. As pessoas tenderão a gostar menos de si se não retribuir quando as mesmas revelam algo íntimo.

No âmbito da pesquisa foi realizado um teste com pessoas que não se conheciam: num grupo as pessoas revelavam aspetos íntimos de forma mútua e no outro uns falavam ao longo de 12 minutos sem que o parceiro fizesse o mesmo. Os resultados mostraram que os participantes do primeiro grupo gostaram muito mais uns dos outros.

Embora as pessoas tímidas ou socialmente ansiosas possam colocar perguntas aos outros para desviar a atenção de si próprias, a pesquisa mostra que não é uma boa estratégia para o início de um relacionamento. Os participantes numa interação devem abrir-se - ambos - para criarem proximidade.

Se o seu perfil no LinkedIn apresenta uma imagem do seu rosto praticamente de frente para a câmara você deverá mudá-la.

Uma pesquisa sugere que os rostos fotografados a apenas 45 centímetros de distância são considerados menos fiáveis, atraentes ou competentes do que os rostos fotografados a pelo menos 135 centímetros de distância.

Pesquisas mostram que mostrar as emoções reais - em vez de conter as emoções - é uma melhor estratégia para fazer com que as pessoas gostem de si.

Num estudo, investigadores filmaram um grupo de estudantes universitários que assistia às cenas de um orgasmo falso do filme "Um Amor Inevitável" ("Harry e Sally – Feitos Um para o Outro" no Brasil) e para uma cena triste do filme "O Campeão". Em alguns casos os atores reagiram naturalmente; noutros tiveram de suprimir as suas emoções.

Os estudantes universitários assistiram a quatro versões dos vídeos. Os investigadores analisaram o quanto os mesmos estavam interessados em criar laços de amizade com as personagens dos filmes e estudaram as suas avaliações do caráter das mesmas.

Os resultados mostraram que aqueles que esconderam emoções foram considerados como menos simpáticos –– bem como menos extrovertidos e agradáveis –– do que aqueles que agiram naturalmente.

Provavelmente você pensa que pode convencer os outros ao agir de forma altruísta - mas a ciência mostra que é ao contrário.

Numa pesquisa de 2010, investigadores da Universidade do Estado de Washington deram a estudantes universitários pontos que os mesmos podiam manter ou trocar por vales-refeição. Os investigadores disseram aos participantes que estes estavam a jogar em grupos de cinco pessoas –– embora quatro dos mesmos fossem manipulações dos investigadores –– e também disseram que desistir dos pontos aumentava a hipótese do grupo de receber um prémio monetário.

Alguns dos participantes "falsos" desistiram de muitos pontos e pediram poucos vales-refeição. Revelou-se que muitos participantes não queriam trabalhar novamente com os colegas altruístas - e outros desconfiaram que estes tinham segundas intenções.

A interpretação desta situação é que não é preciso ser o colega que concorda sempre em levar a pizza para o encontro ou que assume sempre o arranjo da impressora quando a mesma está avariada. É normal dizer não de vez em quando - explicando porque não pode fazê-lo.

Evite elogiar-se a si próprio, tentando disfarçá-lo como autocrítica, para impressionar os seus amigos ou potenciais empregadores. De acordo com uma pesquisa recente este comportamento pode ser muito desagradável.

No âmbito da pesquisa, estudantes foram convidados a escrever como responderiam a uma pergunta sobre a sua maior fraqueza numa entrevista de empresa. Os resultados mostraram que mais de três quartos dos participantes "se gabaram de forma humilder" afirmando ser perfecionistas ou capazes de trabalhar arduamente.

Assistentes da pesquisa avançaram que preferem contratar participantes honestos e simpáticos - como os estudantes que responderam "Nem sempre sou muito organizado" e "Às vezes exagero em algumas situações."

Outra opção poderá ser falar sobre fraquezas que não afetam diretamente o trabalho –– por exemplo, o medo de falar em público se estiver a candidatar-se a uma posição que implique maioritariamente trabalho de escritório.

De acordo com pesquisas realizadas o cheiro do seu suor nervoso pode, subconscientemente, afetar o julgamento de outras pessoas quanto à sua personalidade.

Em 2013, investigadores do Monell Chemical Senses Center pediram aos participantes de uma investigação que assistissem a vídeos de mulheres em situações do dia a dia - a trabalhar num escritório ou a cuidar de uma criança. Assistindo aos vídeos, os participantes sentiram três tipos de cheiros: suor produzido durante exercícios físicos, suor libertado numa situação de stress e suor produzido durante uma situação de stress - contudo misturado com antitranspirante.

De seguida, os participantes avaliaram as mulheres quanto à sua competência e fiabilidade.

Segundo os resultados, os participantes deram piores avaliações às mulheres cujo suor se relacionava com stress. Da mesma forma, quando sentiram suor misturado com antitranspirante, concederam uma avaliação mais positiva.

Conclusão? Se for propenso a suar quando nervoso não poupe no desodorizante.

Se você quiser fazer amigos, especialmente no escritório, deve relaxar um pouco.

Uma pesquisa que envolveu 140 funcionários chineses, com idades entre os 26 e os 35 anos, concluiu que as pessoas são menos bem-vindas e menos populares entre os seus colegas quando são "demasiado focadas na moral” - quando valorizam muito a demonstração de cuidado, honestidade e outras características semelhantes.

Os investigadores explicam que tal acontece porque as pessoas focadas na moral parecem menos divertidas aos olhos dos colegas. Reflita sobre isso e tente ser menos tenso.

No âmbito de uma pesquisa cerca de 100 mulheres olharam para as fotografias de uma outra mulher em quatro posições: numa posição corporal aberta e a sorrir, numa posição corporal fechada e a sorrir, numa posição corporal aberta sem sorrir e numa posição fechada sem sorrir. Os resultados mostraram que a mulher parecia mais agradável quando estava a sorrir, independentemente da sua posição corporal.

Os psicólogos reconhecem a existência do fenónemo "reciprocidade de se gostar" que se dá quando achamos que alguém gosta de nós e tendemos a gostar dessa pessoa também.

Se você não expressar afeição por uma pessoa quando acaba de a conhecer poderá afastá-la.