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Que todo o adulto deve aprender a aceitar

O dinheiro é um assunto sério.

Tal nunca é tão claro como quando vê os impostos serem retirados do seu salário, quando calcula o preço de umas férias tão desejadas ou vê o pagamento do seu cartão de crédito a ser descontado da sua conta à ordem.

Muitas vezes o dinheiro não parece real e aparecem problemas financeiros. Encontramos pessoas que acumulam milhares de euros em dívidas antes de darem conta ou vencedores de lotaria que gastam o que parece ser dinheiro infinito.

A verdade é que quando não se reconhece a realidade, chegam os problemas... Rapidamente.

Seguem-se 8 verdades duras sobre o dinheiro que todos os adultos devem aceitar.

1. Você não recebe o que não pede

O jornalista de finanças pessoais e escritor, Farnoosh Torabi, explica-o sucintamente: "Você não recebe o que merece. Você recebe o que negoceia".

O primeiro passo para negociar passa por pedir. Quer ter um emprego? Peça-o. Um desconto? Peça-o. Um projeto com o qual quer muito trabalhar? Peça.

As mulheres, em particular, têm problemas em pedir o que querem.

Uma tática comum entre as mulheres passa por aceitar uma posição sem negociar, com a intenção de provar o seu valor e depois pedir um aumento.

Porém, esta atitude tem um defeito. Se começa com um salário muito pequeno, o seu aumento irá basear-se nesse montante pequeno. Deve (sempre) tentar negociar o melhor acordo possível.

Por vezes, um colaborador não se encontra na melhor posição para pedir mais do que a oferta inicial. Não faz mal. No entanto, tenha uma estratégia. É muito típico, quando se muda de área ou se adquirem habilidades novas, começar por obter experiência para depois se pedir um aumento. Se você não o conseguir obter, considere mudar de emprego.

2. O seu património está nas suas mãos

Muitas das pessoas mais ricas e poderosas do mundo ganharam tudo sozinhas. Tome como exemplo o fundador da Oracle, Larry Ellison, que cresceu num bairro pobre de Chicago antes de abrir a empresa que o ajudou a ganhar 49 mil milhões de dólares de património líquido. Ou John Paul DeJoria que passou um tempo a viver no seu carro enquanto fundava a empresa John Paul Mitchell Systems. Tem, atualmente, 3,1 mil milhões de dólares.

Estes exemplos são, provavelmente, atípicos. Contudo, a verdade é que em muitos casos – não importa se quer ter muito dinheiro ou simplesmente ser capaz de pagar as suas contas mensais sem stress – o sucesso financeiro não irá aparecer sozinho, concedendo-lhe património líquido. É uma responsabilidade sua.

Há muitas formas de aprender mais sobre dinheiro – tem de procurá-las. Comece por alguns dos seus websites favoritos, livros por ler e cursos online.

3. Os cartões de crédito não são dinheiro

É uma linha ténue: os cartões de crédito são um instrumento para gastar dinheiro, não são uma fonte de fundos.

Você pode dizer que uma série de cartões é, tecnicamente, uma fonte de fundos em forma de empréstimo temporário mas esse é um caminho perigoso. Quando utiliza cartões de crédito como dinheiro, em vez de um veículo para gastar o dinheiro que realmente tem, é muito mais fácil gastar além das suas possibilidades.

Gastar acima das suas possibilidades é o erro financeiro mais básico que pode cometer. Pode estragar a sua pontuação de crédito, o que conduz a empréstimos mais caros no futuro, e viverá em stress sabendo que é responsável por uma dívida.

4. A sua reforma é uma responsabilidade sua

Se não mudar os seus hábitos de poupança e se não começar a investir agora, perderá completamente o controlo da sua reforma.

5. Investir é entediante

Como disse Sophia Bera, da CFP, "Investir deve ser entediante. É como ver a erva a crescer."

É exatamente o oposto – de acordo com a imagem avançada pelos media mais populares e com a atividade frenética e crescimento significativo do mercados de ações. Esta versão é a correta apenas para poucas pessoas que trabalham na indústria. Para as restantes, é melhor deixar os investimentos em paz.

Por exemplo, depois de analisar as carteiras de 325.000 utilizadores, o consultor-robô SigFig concluiu uma coisa curiosa: os investidores mais bem-sucedidos são também os menos ativos.

Algumas pessoas esperam demasiado tempo para investir. Não cometa esse erro! Se não começar a investir, perderá o seu dinheiro com outro tipo de risco: a inflação. Não vai querer que o valor do seu dinheiro diminua – o que irá acontecer se o mantiver numa conta poupança, que perde com a taxa de inflação.

6. Haverá sempre alguém a ganhar mais do que você

Desculpe.

Já viu a lista das 50 pessoas mais ricas do mundo? Não irá entrar nessa lista até o seu património líquido ser estimado em milhares de milhões.

Não há nada de errado em desejar a riqueza. Porém, se as férias de um colega, o carro novo de um amigo ou as férias do seu vizinho o fazem sentir-se mal, está num caminho difícil.

Algumas pessoas vivem como se o seu lucro fosse maior do que na realidade é. Fazem-no para impressionar os outros, porém é uma razão duvidosa. Na verdade, poucas pessoas notam que carro você dirige ou que roupas veste – e mesmo que notem, não ligam.

7. O dinheiro não o fará feliz

A felicidade é amplamente subjetiva e o dinheiro pode ou não ser capaz de comprá-la (depende de quem responde à questão). Porém, as pesquisas geralmente mostram que o dinheiro pode aumentar a sua felicidade... Até um certo ponto, não mais.

Assim, é comum ver pessoas que foram alvo de cortes salariais não se tornarem menos felizes do que quando ganhavam mais. Tome como exemplo Kristin Addis que diz que está mais feliz a ganhar apenas 40% do seu anterior salário depois de se ter demitido do seu emprego num banco de investimentos, com um salário de seis dígitos, e ter ido viajar pelo mundo. Ou ainda os autores do blog Goats on the Road que deixaram para trás lucros estáveis para ter uma aventura parecida e são mais felizes com isso.

Ninguém está a dizer que deve viajar pelo mundo para encontrar a felicidade, mas a determinada altura terá de perceber o que o torna feliz.

8. Ninguém irá cuidar do seu dinheiro além de você

Uma das lições mais poderosas que pode aprender é que ninguém pode cuidar do seu dinheiro tanto como você. Quando entender isto, quando assumir a responsabilidade pelas suas próprias decisões financeiras, tal irá conceder-lhe uma enorme sensação de poder e controlo na sua vida.

Apesar de existirem muitos meios de ajuda profissional disponível, é pouco provável que algum especialista – mesmo um consultor financeiro – aja no seu melhor interesse da mesma forma que você o fará.

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