7 Princípios de vida que as pessoas bem-sucedidas seguem
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Especulação do blogueiro do Medium, Darius Foroux

No início de 2015 sentia-me bastante frustrado com a minha carreira. No ano anterior tinha dito adeus ao sonho de ser empresário e começado a trabalhar numa empresa de pesquisa de mercado em tecnologias de informação em Londres.

Normalmente é boa ideia. O salário era bom, tal como os benefícios, e os colegas eram impecáveis. Mas não era para mim. Senti que tinha desistido de ter algo meu.

Como se não bastasse, a minha vida pessoal também não era fantástica. A minha namorada e eu tínhamos decidido separar-nos. E na mesma semana, a minha avó, de quem gostava mesmo muito, faleceu subitamente.

Foi uma altura em que senti muitas coisas. Mas sobretudo, sentia que não percebia a vida em si. Já alguma vez pensou nisso?

O que é a vida? O que é que é suposto fazermos? Não é como se os bebés viessem com manuais de instruções que ensinam como sermos seres humanos fantásticos.

Pela primeira vez na vida, fui à procura de respostas porque estava farto de viver/existir sem ter um propósito.

Quando regressei à Holanda para o funeral, acabei por falar com um dos meus mentores. A última vez que tínhamos falado tinha sido há mais de ano, antes de me mudar para Londres.

Contei-lhe a história toda e ele disse:

“Apesar de não haver forma certa ou errada de viver a vida, há uns quantos princípios universais para uma vida feliz, saudável e rica”.

Naturalmente perguntei-lhe “Quais?”.

Tal como o Mr. Miyagi do filme Karate Kid, respondeu:

“Quer-me parecer que sabes quais são. Toda a gente sabe. Mas 99% das pessoas não os segue”.

Essa é capaz de ser a melhor e mais sábia frase que alguma vez ouvi.

As pessoas raramente fazem o que dizem. E essa era a história da minha vida.

Passei portanto, mais ou menos, o ano seguinte a pensar, a ler e a tentar descobrir os princípios de que o meu mentor falava.

Perguntei-me “Quais são as coisas de que as pessoas falam sempre mas nunca cumprem?”.

Eis o que descobri até agora.

1. Fazer dá trabalho

Falamos muitas vezes em fazer coisas surpreendentes. Subir montanhas, correr maratonas, saltos de pára-quedas, começar negócios, dar a volta ao mundo, escrever um livro, gravar um disco, fazer um filme, a lista é interminável.

Pense por um segundo naquilo que está na sua lista de coisas por fazer. Agora posso fazer uma pergunta? Porque é que ainda não as fez?

A resposta é quase sempre a mesma: porque é difícil.

Detesto ser eu a dar-lhe a notícia, mas viver é suposto ser difícil!

Essa é capaz de ser a lição mais importante que aprendi. Não evite as coisas difíceis. Em vez disso, prepare-se para ser uma pessoa que resiste à dificuldade. Física e mentalmente.

O chavão é 100% verdadeiro: fazer dá trabalho. Se não exercitar os músculos, eles tornam-se fracos. Se não desafiar o cérebro, as capacidades cognitivas diminuem. Se não testar o seu próprio carácter, torna-se amorfo.

“Quem se deixa dormir, enferruja”– Helen Hayes

2. Evite negatividade a todo o custo

Lá está, toda a gente sabe isto, mas são poucos os que aplicam a máxima à sua vida.

Aceitam negatividade no escritório, em casa, com os amigos e família.

E não é de estranhar. Para onde quer que olhe, há negatividade. A negatividade é inerente ao ser humano. Fomos feitos assim.

É por isso que se veem tantas lamurias, mentiras, apontar de dedos, facadas nas costas, inveja, bullying, no mundo.

Mas aqui reside a questão: todas essas coisas impedem-nos de viver vidas saudáveis e ricas. Então porque é que aceitamos expor-nos a tanta negatividade?

O problema é que nós, humanos, vemos sempre o melhor nos outros.

  • “Está a tentar ajudar”.
  • “Vai pedir desculpa”.
  • “Não foi de propósito”.
  • “As coisas vão mudar”.

Sabe que não vai conseguir mudar ninguém, certo? Então para quê tentar? As pessoas só mudam quando elas próprias sentem necessidade disso.

É melhor evitar negatividade. A todo o custo.

3. Dê mais que o que recebe

Enquanto somos crianças, tomam conta de nós. Os pais providenciam alimento, teto e, com sorte, muito amor. Mesmo quem teve uma má infância, teve acesso a muitas coisas como comida, escola, etc.

Contudo, estranhamente, esse hábito de tomar por garantido certas coisas cola-se a nós. Achamos que é normal aceitar, aceitar, aceitar. Mais, achamos que temos direito a tudo o que queremos.

Tomei parte dessa lógica durante vários anos. Mas olhando retrospetivamente, devia estar doido. Não temos direito a nada.

Quem é que lhe disse que tem direito ao emprego ao qual se candidatou? Ou à almejada promoção? Ou àquela pessoa no ginásio que acha giríssimo/a? Ou sequer ao sucesso em geral?

Em vez de pensar constantemente no que quer do mundo, concentre-se no que tem para lhe oferecer.

A vida não é só aceitar. Por favor, faça um favor a si próprio e comece a dar mais. Não fique surpreendido se começar a receber mais também.

“O efeito que tem nos outros é a melhor moeda de troca que existe” – Jim Carrey (tradução livre)

Ajudar os outros é a coisa mais importante que alguma vez fará na vida.

4. Tempo vale mais que dinheiro

De todos os recursos no mundo, o tempo é o recurso mais valioso de que dispomos.

“Obrigado pá, já tinha percebido”.

Porém, porque é que coletivamente gastamos tempo como se fosse ilimitado?

Já alguma vez parou para pensar no tempo que ainda tem nesta terra? Imagine que vive até aos 80 anos. Faça as contas. Não é assim tanto se continua a perder tempo.

Seja seletivo com o seu tempo. Não o desperdice como se o fosse ganhar de volta. Claro, pode sempre voltar a ganhar o dinheiro que gastou, mas nunca vai conseguir recuperar tempo.

Uma vez gasto, o tempo está perdido para sempre.

5. Crie o seu próprio caminho

Observamos os outros e tomamo-los como exemplos. Pais, mães, irmãos, irmãs, amigos, chefes, mentores, autores, empresários, artistas.

Eu já fiz o mesmo. Ainda o faço, na realidade. Aprender com os outros é uma das melhores coisas que alguma vez fiz. Ser humilde é uma coisa boa.

Eis o problema: não somos essas pessoas. Nós somos nós.

Isto significa algo muito simples: esqueça as regras e crie as suas.

Claro que seguir uma via trilhada por muitos antes de nós é muito mais fácil. Mas não traz realização. E as conquistas valem mais que dinheiro, estatuto, até conforto.

Não tenha medo de enveredar por caminhos desconhecidos. Vá por onde outros nunca antes foram.

Como é que sabe que está a usar um caminho novo? A maior parte das pessoas não o vai perceber. E isso é bom sinal.

“O homem quase sempre segue a via explorada por outros e age por imitação” – Maquiavel

6. Faça o que a vida espera de si

Olha, a vida é aleatória. Porque é que nasceu nesta família? Porque é que vive onde vive? Porque é que foi gozado na escola? Porquê, porquê, porquê?

Sabe a resposta? Duvido.

Em vez de desejar que as coisas fossem diferentes, aceite as circunstâncias da vida. Não importa o quão más sejam.

As coisas são os que são. Veja-o desta perspetiva: independentemente de onde está na vida, está aqui por uma razão. Deus, o universo, forças invisíveis.

Não importa o que seja, mas quando a vida chama, faça o favor de aparecer e de desempenhar o seu papel.

7. A vida só tem uma direção

Na nossa cabeça, é possível viver numa de 3 dimensões :

  • No Passado
  • No Presente
  • No Futuro

Se vive no Passado, está preso ao “Porquê?”. Significa que está constantemente a pensar no porquê de certas coisas terem acontecido. É a receita para a infelicidade.

Se vive no Futuro, vive a pensar no “E se?”. É um estado que traz ansiedade sobre tudo o que possa vir a acontecer no futuro. O que o fará viver timidamente, acanhado e receoso.

E tem perfeita noção disso. Também sabe que só existe de facto uma dimensão temporal: o Presente.

Porque é que não vivemos no Presente? Há milhões de coisas que nos impedem de viver no agora.

Uma das coisas que me ajudou muito a deixar o Passado e o Futuro foi perceber o seguinte: a vida continua – e não importa nada aquilo que eu pense ou faça, por isso mais vale não perder tempo com coisas que não posso controlar.

Se vir a coisa do ponto de vista prático, não faz sentido questionar o que nos acontece – basta apenas continuar em frente.

E aí tem, coisas que sabe, mas que não faz. Não posso garantir que vá ter uma vida boa se seguir todos estes princípios. Mas ao segui-los mostra mais respeito pelas subtilezas da vida.

Porque estes princípios servem um objetivo único: viver ao máximo. E é só isso que interessa.

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