Nunca é “demasiado tarde” para perceber
“O que é que queres fazer da vida?”
Se esta é uma pergunta que o aterroriza e à qual é incapaz de responder, não se sinta sozinho.
Algumas das pessoas mais bem sucedidas do mundo descobriram tarde o que queriam fazer das suas vidas.
Felizmente – para si e para todos aqueles que ainda não fazem ideia da resposta – há alguns passos que podem ajudar a manter a calma e a abrir caminho até à carreira dos seus sonhos.
1. Respire fundo e saiba que isto é normal
Perceba que o caminho até à carreira de sonho não é necessariamente a direito, diz Ryan Kahn, career coach, fundador do The Hired Group e criador do programa de aperfeiçoamento How to Get Hired (O que fazer para ser contratado). O que importa é que esteja a caminhar na direção certa.
“Durante o percurso profissional pode chegar à conclusão que o caminho até à sua carreira de sonho é mais interessante que o destino”, acrescenta.
Se este conselho não é consolo suficiente, pense nas várias histórias de sucesso daqueles que começaram mais tarde na vida.
Julia Child só aprendeu a cozinhar próximo dos 40, e escreveu o primeiro livro de cozinha aos 50. Quando tinha 29 anos, Jon Hamm era empregado de mesa – nada a ver com o executivo de publicidade mulherengo da fabulosa série de televisão.
2. Abrace a incerteza
Num post no LinkedIn, Deepak Chopra, o famoso escritor e fundador da The Chopra Foundation, disse que gostava de ter sido capaz de apreciar a sabedoria da incerteza quando era novo.
“No princípio da minha carreira de médico, tinha a certeza de saber que direção seguir”, escreve. “Mas não estava a contar com a incerteza da vida, e com o que a incerteza pode fazer a uma pessoa”.
“Quem me dera saber na altura, como sei agora, que há muita sabedoria na incerteza – a falta de certeza abre portas ao desconhecido, e apenas o desconhecido é capaz de insuflar constantemente nova vida” acrescentou.
3. Experimente
Seguir a própria paixão é ótima ideia, mas quando não se sabe o que isso é, a coisa complica-se.
Ivanka Trump comentou recentemente com a Business Insider que a melhor forma de descobrir o que nos apaixona é experimentar coisas novas. Pensar menos e fazer mais.
“A paixão é algo difícil de descobrir se nos limitamos à introspeção”, explica. “É preciso experimentar – temos de arregaçar as mangas e ter as experiências que nos fazem vibrar”.
Isto significa identificar aquilo em que podemos estar potencialmente interessados e seguir em frente, seja através de estágios ou de trabalho nas áreas que poderão ser interessantes para nós.
4. Faça uma lista do que gosta e do que não gosta
Aponte num papel as coisas de que gosta e de que não gosta no trabalho, sugere Kahn.
Há profissões que encaixam melhor com determinado perfil pessoal. Por exemplo, se gosta de falar com pessoas, pensar em abstrato, trabalhar de forma autónoma e usar o cérebro mais que as emoções, talvez deva considerar a profissão de repórter.
A seguir, escreva qual é para si o elemento mais importante de um emprego. Dá mais valor ao salário, estatuto ou às tarefas envolvidas? Dá prevalência ao cargo em si ou ao setor?
Quando estiver à procura de trabalho, use esta lista para fazer a triagem das posições às quais se deve, ou não, candidatar.
5. Pense nos seus pontos fortes
Pergunte-se seriamente “Que competências tenho eu para oferecer?”, “Quais são os meus traços de personalidade mais marcantes?” e “O que é que eu faço melhor?”.
“Apoie-se nos seus pontos fortes” aconselha Kahn.
6. Que ambiente de trabalho é que o motiva?
Quando estudava, preferia as aulas em auditório ou as salas mais pequenas? Dava-se melhor com projetos em grupo ou trabalhos individuais? Isto pode ser indicativo do tipo de empresa que prefere.
Se se sentia mais confortável em grandes auditórios, talvez se adapte bem a uma empresa grande e já bem estabelecida. Se preferia aulas mais intimistas, se calhar imagina-se numa startup. Considere ainda trabalhar numa empresa grande fazendo parte de uma equipa pequena.
Pense ainda se prefere autonomia ou supervisão.
7. Utilize a sua rede de contactos
Uma das coisas mais importantes que se pode fazer é falar com alguém que já trabalha no setor ou que desempenha o cargo que lhe interessa.
Peça a amigos, familiares, amigos de família, professores, grupos de antigos alunos – qualquer pessoa, na verdade, com quem possa falar – que o ajudem a conseguir uma entrevista com essa pessoa. E depois absorva o máximo de informação sobre o que fazem, o que adoram e detestam no seu trabalho, que passos seguiram para lá chegar e que conselhos têm para se ser bem sucedido.
8. Considere o nível académico
Pode estar interessado em aprender uma competência nova, e algumas posições exigem formação adicional seja agora ou no futuro, sublinha Kahn. Se considerarmos que todos os anos sai uma nova leva de licenciados, toda a ajuda é pouca.
Esteja atento a certificados, cursos online gratuitos e seminários que o possam ajudar a ganhar vantagem competitiva ou a explorar outras áreas de interesse. Investir nas competências necessárias a um trabalho específico pode ajudá-lo a perceber se esse setor é algo em que está verdadeiramente interessado.
9. Pense na sua experiência
Seja honesto consigo próprio no que toca a experiência profissional que tem para oferecer e o nível de entrada nos setores que está a considerar, adianta Kahn. Pode muito bem estar interessado num cargo de coordenação ou gestão, mas veja primeiro a posição de assistente. E planeie o trajeto profissional que permitirá lá chegar.