6 Competências do “mundo real” que a universidade não lhe ensina
Brian Snyde/Reuters
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Seis competências valorizadas no local de trabalho, transversais a várias áreas e funções, que são muitas vezes negligenciadas na sala de aula

“E agora?” – Provavelmente a questão mais colocada aos recém-licenciados.

Alguns, senão a maioria, terão dificuldade em responder. Podem ter um diploma fresquinho, mas o mundo do trabalho é um desafio completamente diferente. Embora 70% dos universitários acreditem ter as capacidades necessárias para serem bem-sucedidos no “mundo real”, menos de um terço dos empregadores concorda com eles. É inegável que a universidade não nos prepara para certos desafios profissionais.

Seguem-se seis competências valorizadas no local de trabalho, transversais a várias áreas e funções, que são muitas vezes negligenciadas na sala de aula.

1. Criar contactos (networking) e cultivar relações

Os nossos contactos são mais importantes do que julgamos. O networking é, muito resumidamente, conhecer pessoas novas num contexto profissional, cultivar uma relação, trabalhá-la ao longo do tempo e acrescentar valor mutuamente. É uma competência essencial, pois 85% do sucesso de uma pessoa deve-se à “engenharia humana” – a sua personalidade, as suas capacidades comunicativas, a sua capacidade de negociação e a sua inteligência emocional. O conhecimento técnico contribui com uns meros 15%.

2. Ter objetivos realistas para a sua carreira

Definir objetivos com prazos realistas é uma competência importante para qualquer trabalho onde não temos alguém que nos diga explicitamente o que fazer. É também importante para o desenvolvimento e crescimento pessoal. Pense no panorama global – por exemplo, em onde quer estar dentro de cinco anos – e desmonte o objetivo que lhe parece insuperável, dividindo-o em partes mais pequenas, para que seja mais fácil de atingir (além disso, saber onde quer estar dentro de cinco anos dá jeito em entrevistas de emprego).

3. Organizar as tarefas e as oportunidades de trabalho por ordem de prioridade

A capacidade de organizar cada uma das suas tarefas e dividi-las por ordem de importância é uma competência que pode dar-lhe algum destaque no seu local de trabalho. É também importante saber dizer não. À medida que vai avançando na carreira, terá imensas oportunidades e todas exigem parte do seu tempo. Terá de organizá-las por ordem de importância, pondo algumas em espera e rejeitando outras.

4. Usar as críticas para melhorar o seu trabalho

Na universidade, os professores costumam entregar trabalhos e testes com comentários escritos. Porém, é raro os alunos refazerem os seus projetos tendo em conta essas sugestões. E, no entanto, é algo que as pessoas têm de fazer constantemente nos seus locais de trabalho: receber críticas, analisá-las e fazer alterações com base nas mesmas.

Tal pode ser difícil, sobretudo quando não concorda com as alterações propostas. Mas pôr o ego de lado faz parte do seu trabalho. Seja um colaborador tradicional, um freelancer ou um empresário, para ter sucesso tem de dar ouvidos ao seu chefe, aos seus clientes ou consumidores, tendo em conta as suas apreciações.

5. Colaborar numa equipa multifuncional

Uma equipa multifuncional é um grupo de pessoas com diferentes conhecimentos funcionais que trabalham juntas no sentido de atingir um objetivo comum. Pode tratar-se de engenheiros, designers, técnicos de controlo de qualidade e copywriters que trabalham juntos para conceber um produto.

É uma dinâmica muito diferente da que existe nos projetos de grupo da faculdade, em que todos os elementos têm um papel semelhante. As pessoas que trabalham em equipas multifuncionais têm de conseguir comunicar bem entre si, mesmo tendo papéis completamente distintos.

6. Escrever no local de trabalho

nIndependentemente do curso que tirou, provavelmente teve de escrever artigos de investigação, relatórios científicos, entre outros. Mas a maior parte da escrita académica é muito diferente da escrita que praticará no mundo do trabalho.

Um dos melhores exemplos é o e-mail. Grande parte da comunicação é feita por e-mail. Ao contrário dos trabalhos académicos, importa comunicarmos de forma clara, concisa, profissional e apresentável. O mesmo se aplica a memorandos, a relatórios e a cartas de apresentação (para que, antes de mais, seja contratado!).

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