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É fácil uma discussão azedar

Eis as melhores táticas para argumentar de forma cordial e educada.

1. Não tente ganhar

Se atacarmos as ideias de alguém, ou nos atacam de volta ou decidem acabar a conversa. Quando irritamos alguém, é impossível transmitirmos a nossa mensagem.

Se quer ser convincente, pratique a “concordância ao extremo” – pegue nas premissas do seu interlocutor e leve-as até à sua conclusão lógica, por vezes absurda.

2. Seja cordial

Ao contrário do que o seu professor lhe ensinou, as discussões não são racionais.

Respeite a perspetiva da outra pessoa, por muito ridícula que lhe pareça.

«Quando as pessoas se sentem valorizadas, tendem a ser mais recetivas à informação que põe em causa aquilo em que acreditam», disse Peter Ditto, professor de Psicologia na Universidade da Califórnia, à New York Magazine em 2014.

Quando criamos uma ligação emocional, podemos então entrar no domínio da lógica.

3. Seja confiante

As pessoas não dão ouvidos à pessoa mais inteligente da sala.

Um estudo de 2013 demonstrou que as pessoas dão ouvidos à pessoa que passa a impressão de estar convicta da verdade.

Bryan Bonner, professor de gestão na Universidade do Utah, diz que as pessoas procuram inconscientemente “características de um perito”, como a extroversão ou um grande nível de confiança, em vez de prestarem atenção ao que a pessoa está, de facto, a dizer.

«Seria de esperar que os factos fossem suficientes para exercer influência», disse Bonner ao Wall Street Journal em 2013. «Mas, na maioria das vezes, tentamos adivinhar quem é o perito – e não devíamos fazê-lo.».

4. Mostre que há quem concorde consigo

No seu livro «Influence: The Psychology of Persuasion» (Influência: a psicologia da persuasão), Robert Ciadline diz que as “provas sociais” são das melhores táticas para convencer as pessoas. O livro explora a tendência que as pessoas têm para se conformarem com as opiniões dos outros, por mais estranhas que lhes pareçam.

De acordo com as “provas sociais”, partimos do princípio de que o comportamento das pessoas em determinada situação é o mais adequado. Por esta razão, quando vemos grandes filas à porta de um restaurante apetece-nos muito mais provar as refeições do mesmo. Pela mesma razão, termos o apoio de uma celebridade é uma ferramenta de marketing muito eficaz.

5. Use gráficos

Num estudo realizado em 2014 pela Universidade de Cornell, os investigadores Asner Tal e Brian Wansink chegaram à conclusão de que as pessoas confiam nos cientistas. Se tivermos um comportamento que faça os nossos argumentos parecerem mais científicos (como o uso de um gráfico), temos um aspeto mais fidedigno.

«O prestígio da ciência concede poder persuasivo a elementos tão triviais como um gráfico», escreveram Tal e Wansink.

6. Não se cinja a episódios isolados

Uma história sobre o seu tio ou o seu colega de quarto da faculdade que comia muita manteiga e mantinha-se em forma é um episódio isolado.

Se quiser ser levado a sério, precisa de dados usados em estudos revistos por cientistas com amostras representativas.

No entanto, a melhor tática é mesmo o consenso.

«Os cientistas usam o “consenso” como a derradeira tática para ganharem um debate, e têm boas razões para o fazerem.», escreve Jacquelyn Gill no website The Contemplative Mammoth. «O consenso científico é o conjunto das opiniões de todos os cientistas, e não só a sua.

Alguns cientistas podem discordar (tal como há meia dúzia de pessoas que não acreditam que o holocausto aconteceu), mas, se a grande maioria dos cientistas tiver chegado a um consenso, isto significa que há tantas provas que fundamentam determinada ideia que é praticamente uma garantia, à luz dos últimos avanços da ciência.»

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