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Experiências completamente diferentes e que poucos conhecem

Este inverno resista à tentação de esquiar no sítio do costume (a não ser que more em Aspen ou Zermatt).

Em vez disso, descubra fiordes e glaciares. Desfrute de um aprés ski a ver a aurora boreal ou numa vinha italiana. Partilhe a pista com ursos polares ou a realeza britânica.

Garantimos uma experiência completamente diferente, que poucos conhecem, se escolher um dos seis destinos que listamos abaixo. Afinal, o critério de seleção foi precisamente a possibilidade de viver algo inteiramente novo – seja num mítico hotel de cinco estrelas ou numa pista do outro mundo.

Niseko

Para viciados na neve, não há melhor sítio no mundo que Niseko – a melhor estância de esqui do Japão, na ilha de Hokkaido. Deveras popular entre australianos, tem vindo a ganhar tração a nível mundial graças à suavidade incomparável da neve – juntamente com a abertura, há dois anos, do primeiro hotel de cinco estrelas da região, o Kasara Niseko Village.

O que fazer, e não fazer, num hotel de cinco estrelas

A estância viu, no ano passado, um aumento de 106% do número de utilizadores de inverno. Espera-se que o número aumente este ano, no seguimento da estreia da ligação de comboio de alta velocidade entre Hokkaido e Tóquio. O número de camas do Kasara deverá quadruplicar nas próximas duas épocas. O resort encontra-se em fase de expansão: das oito residências originais para 40, todas duplex com três quartos, com banheiras de madeira ao jeito japonês e espaços de transição interior-exterior aquecidos.

A dois passos fica a montanha, igualmente alvo de inovações recentes: dois teleféricos e dois passadiços para principiantes disponíveis a partir deste inverno.

Nenhuma viagem ao Japão fica completa sem os prazeres da cultura e gastronomia. Certifique-se de que experimenta o whisky japonês, soba e yakitoru, e aproveita o tradicional onsen – o autêntico aprés ski japonês.

Canadá Ártico

Whistler é a porta-estandarte de esqui do país, com o Monte Tremblant, na Costa Este, a ocupar o segundo lugar. Contudo, este ano, a nenhum dos dois se pode arrogar o título de pista de esqui exclusiva.

Pela primeira vez, a Weber Arctic Expeditions – gerida pela mesma família, proprietária de duas pousadas rústicas de luxo, o Arctic Watch e o Arctic Haven em Nunavut – está a promover passeios de esqui exclusivos em Clyde River, na costa nordeste da Ilha Baffin. Aqui, o terreno das montanhas de 1.800m de altura continua largamente inexplorado.

A Weber leva-o ao topo de helicóptero. Depois, guia-o por encostas muito pouco trilhadas, que apenas conhecem as pegadas de ursos polares e raposas. “Isto é explorar a esquiar na sua forma mais pura” adianta o diretor de experiências Tessum Weber. “Estamos desterrados mas conseguimos oferecer boa comida e conforto”.

A propósito de conforto – a empresa reserva um hotel local inteiro nas duas últimas semanas de abril e primeiras duas de maio (a totalidade da época de esqui neste cenário extremo) e aceita até oito visitantes por semana. Depois, vai buscar um sommelier e um chef, de talento culinário de renome no Canadá, de um dos outros dois resorts.

Um milhão de dólares para umas férias de sonho

Se os visitantes quiserem ficar a conhecer a vida da comunidade, Weber leva-os a eventos locais de arte nativa, tais como canto gutural e dança com tambores. “Esta é a autêntica aventura no Ártico” acrescenta.

O histórico de viagens de esqui oferecidas pela Weber, criadas a pedido, tem atraído “personalidades adeptas do risco”. Executivos do setor das finanças constituem grande parte do público, independentemente do país de origem. Weber insiste, todavia, que esta oportunidade é acessível não apenas a conhecedores do desporto mas também a esquiadores medianos.

“O esqui é mais desafiante na Colômbia Britânica que no Ártico”, diz. “Não vai ter qualquer problema, desde que tenha vontade de explorar”.

Noruega

Facto pouco conhecido: é possível combinar esqui a partir de um helicóptero com a aurora boreal numa viagem de absoluto sonho. Para tal, siga até à Noruega, onde o tão-na-moda design escandinavo é a cereja no topo do bolo.

O operador de aventuras por medida 62 Nord oferece pacotes cheios de adrenalina em Ålesund, uma vila na costa oeste conhecida pela pesca, fiordes e uma concentração pouco usual de edifícios Art Noveau. Não se trata de um destino de esqui clássico – existe apenas um resort convencional com pistas cuidadas, que é pequeno para os padrões europeus. Esqui a partir de um helicóptero aqui parece algo saído de um anúncio da GoPro, com terreno acidentado, sinuoso e virgem.

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Para o ajudar a navegar em condições tão intensas, a 62 Nord contratou recentemente Karsten Gefle, um dos melhores atletas em estilo livre do mundo, como guia. Gefle mostrar-lhe-á os mais belos locais e o caminho até aos fiordes.

Certifique-se de que também tem tempo para outras aventuras. Ålesund é uma das capitais de aventura da Noruega e não faltam coisas para fazer. Siga de barco pelos fiordes até às coloridas aldeias de pescadores ao longo da costa. Aprecie as comunidades de papagaios, águias, focas e baleias. Encha-se até não poder mais de marisco. Depois fique acordado até tarde para testemunhar o derradeiro espetáculo noturno: a aurora boreal. É uma viagem que não vai esquecer tão cedo.

Courchevel

Para os amantes do esqui – ou para apreciadores de uma cena social épica – Courchevel dispensa apresentações. O resort francês mais glamoroso de sempre há décadas que é um favorito e o destino de eleição de celebridades e realeza – que podem, aqui, durante o dia descer pistas impecavelmente cuidadas e, à noite, esconder-se em castelos. Visitantes assíduos? David e Victoria Beckham, o príncipe William e Kate Middleton e o rei de Marrocos, para adiantar alguns nomes.

Este ano, Courchevel está a tentar atrair quem prefere o hotel a casa própria, tendo investido em melhorias tão luxuosas que talvez sejam capazes de converter os assíduos mais seletos. No topo da lista encontra-se a inauguração do Hotel Barriére Les Neiges, um spinoff do icónico congénere em Cannes, com 42 quartos soberbos e inteiramente revestidos a madeira de cor âmbar. Todos os quartos têm um terraço privado e entrada direta para a pista Bellecôte, próxima da vila de Courchevel. O restaurante do hotel, inspirado na Patagónia, é gerido pelo aclamado chef internacional Mauro Colagreco e espera-se que venha a ser o espaço de convívio da elite local.

Esta época não perca também a brilhante renovação do único resort de esqui europeu, o Aman Le Mélézin, e aulas de esqui com um instrutor com três medalhas olímpicas no currículo no L’Apogée Courchevel.

Telluride

Este resort de primeira classe é muitas vezes visto como demasiado remoto e inacessível (quando comparado com Vail ou Aspen por exemplo). Mas esta vila no Colorado, onde Tom Cruise e Oprah têm casa, tem vindo a abrir-se ao público graças às novas ligações aéreas com Denver das Allegiant (NASDAQ:ALGT) e Great Lakes Airlines (OTCMKTS:GLUX).

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Também se juntou à Mountain Collective, que oferece a portadores de passe de época acesso a cerca de 14 destinos espalhados pelo mundo. Mesmo entre tantos outros nomes de respeito, Telluride tem muito para oferecer – a neve é ótima, tem paisagens incríveis para níveis intermédios e avançados e é na maior parte, e por enquanto, pouco frequentada.

Por altura da primeira nevada este ano, abrirá portas um projeto luxuoso, da responsabilidade dos criadores de Dunton Hot Springs – uma cidade fantasma no Colorado, palco de campanhas da Ralph Lauren. A nova inauguração, a Dunton Town House, é igualmente sofisticada. Trata-se de um pequeno hotel com cinco quartos numa amorosa casa verde, vitoriana, à beira de uma das principais vias da antiga vila mineira. Fica a dois minutos a pé da gôndola mais próxima e da Colorado Avenue.

O complexo rico em design e intimista é o ponto de partida para resorts maiores em Mountain Villlage – e a oportunidade perfeita para os hóspedes experimentarem a gastronomia florescente do coração da vila. Para jantar, vá direitinho ao 221 South Oak, criação ao novo estilo americano da antiga concorrente do Top Chef Eliza Gavin, onde os ingredientes locais são os protagonistas. Conveniente é o facto de ficar precisamente do outro lado da rua de Dunton, numa cabana de madeira absolutamente encantadora.

Alpes Italianos

Não precisa de escolher entre Alpes Suíços ou Franceses. Escolha os dois e, de caminho, passe também nos Alpes Italianos. Instale-se no vale Aosta – a partir daqui é fácil esquiar nos três países numa semana. Reserve estadia no Grand Hotel Billia, aconselha Andrea Tassini, cofundador da Allure Alps, e escolha entre os incríveis 22 resorts disponíveis.

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A não perder são as encostas do Matterhorn e de Mont Blanc, onde se inaugurou recentemente uma ligação com uma vista de 360º sobre a fronteira Italo-Francesa. Mais, foi montada precisamente na fronteira, de modo a poder subir pelo lado italiano e descer até Chamonix, França.

Se isso não basta para provar a versatilidade dos Alpes Italianos, pense na oferta aprés ski e nos dias de lazer: Milão e Génova ficam a duas horas de viagem. Turim está ainda mais perto. Tal significa que Tassini pode facilmente marcar uma sessão de compras com um assistente ou arranjar um passeio de helicóptero para um piquenique em Champagne ou num glaciar suíço. Escalada, karting no gelo (o equivalente à Fórmula 1 para amadores) e esqui a partir de um helicóptero são todos possíveis aqui. Opções igualmente válidas para relaxar: prova de vinhos ou observação de estrelas. Trata-se de Itália no fim de contas – nunca se está muito longe de uma fabulosa vinha.

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