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Técnicas que pode utilizar todos os dias

Toda a gente se importa com aquilo que os outros pensam e todos queremos que gostem de nós (independentemente daquilo que dissemos nos tempos de adolescência rebelde). O mínimo para que gostem de nós é óbvio – ser simpático, atencioso, uma pessoa decente. Isso é tudo verdade. Porém, há muitas outras coisas pequenas, mais discretas, que têm um efeito tremendo na forma como os outros nos veem. A maior parte destas dicas são técnicas que pode utilizar todos os dias. Podem parecer insignificantes, até parvas, mas experimente e pode ser que se torne francamente mais popular.

1. Trate as pessoas pelo nome

Convenhamos – somos todos uns narcisistas e adoramos o som do nosso próprio nome. Aprenda os nomes e use-os. Utilize sempre o nome individual numa conversa. Trata-se de um clássico no famoso Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie, e de uma forma comprovada de aumentar o número de fãs.

2. Sorria – com emoção!

Apesar de vivermos numa era em que a tecnologia parece substituir a interação humana, somos no fundo, no fundo, criaturas sociais. Como seres humanos, usamos a interação social como instrumento de feedback e tomamos muitas decisões, conscientes e inconscientes, com base na forma como nos relacionamos com os outros e como nos respondem.

Quando alguém nos recebe com um grande sorriso autêntico, essa felicidade contagia o destinatário. Têm-se feito bastantes estudos sobre como as emoções, positivas ou negativas, se propagam entre indivíduos. Se a sua atitude positiva conseguir animar alguém, essa pessoa vai adorá-lo por isso.

3. Oiça (não só com os ouvidos)

Não é difícil perceber que quanto mais ouvirmos os outros, mais gostarão de nós. O que começa em ignorar o Twitter enquanto janta com amigos, mas vai muito para além disso. É possível mostrar que estamos a prestar atenção através da linguagem corporal (quando a direção do nosso corpo aponta para o outro e reflete a sua forma de estar), contato visual (a rodos) e confirmação verbal (já lá vamos).

4. Confirmação verbal

A maioria dos livros de psicologia dá-lhe o nome de “escuta ativa”. A escuta ativa utiliza a repetição de segmentos de discurso do interlocutor de modo a mostrar que se está a prestar atenção. Por exemplo:

  • Mário: Fui a uma prova de cervejas no fim de semana – e acabei por experimentar uma série de cervejas locais.
  • Você: Tiveste oportunidade de provar imensas cervejas diferentes n’é?
  • Mário: Sim, sim. Gostei bastante. A minha preferida foi a Magnifico.
  • Você: A Magnifico?
  • Mário: Yup. Muito boa.

Apesar de por extenso parecer estranho, em conversa este tipo de diálogo pode efetivamente contribuir muito para que gostem mais de si. Faz com que o seu interlocutor sinta que está mesmo a prestar atenção. Mais, as pessoas adoram ouvir as próprias expressões na boca dos outros uma vez que alimenta um bocadinho o ego.

5. Reciclar tópicos: Prove que estava mesmo a ouvir

Vimos o quão importante é mostrar que se está mesmo a ouvir. O bocejar ou um olhar plácido durante uma exposição não o vão fazer ganhar amigos.

Para mostrar realmente que estava a prestar atenção, experimente trazer à baila algo que o seu interlocutor disse previamente. A semana passada, o colega do lado contou-lhe do projeto de ciências do filho? Pergunte como correu. Um amigo adiantou que ia pintar a cozinha durante o fim de semana? Segunda-feira pergunte-lhe que tal a nova cor. Não têm de ser coisas grandes, nem acontecimentos de uma vida. Mostrar interesse pelas coisas pequenas que acontecem aos outros às vezes diz muito mais.

6. Elogios sinceros e reconhecimento

O especialista em desenvolvimento pessoal Dale Carnegie também ressalva que todas as pessoas procuram reconhecimento genuíno. O que é claramente diferente da simples lisonja que a maioria se esforça por detetar. Ninguém gosta de um lambe botas nem de vassalagem. Mas queremos todos admiração sincera – que os nossos esforços sejam reconhecidos e apreciados.

Para além da admiração sincera, é importante elogiar. Toda a gente gosta de ser elogiado. É ótimo quando nos dizem que fizemos um bom trabalho. Sempre que alguém fizer algo bem, manifeste-se. Não cairá no esquecimento.

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7. Critícas com tato

No seguimento do ponto acima, se por um lado deve ser generoso com elogios, por outro poupe nas críticas. O ego é uma coisa delicada. O mínimo tom crítico pode ferir o orgulho. A correção é necessária e natural de tempos a tempos, mas deve servir um propósito específico e ser feita com tato. Se houve um erro, não aponte dedos em público. Seja discreto, amável. Pense em utilizar o elogio em sanduíche – uma estratégia incrivelmente eficaz que passa por fazer um elogio antes e depois da crítica. Por exemplo:

“O modelo de newsletter que enviaste está ótimo, boa! Mas parece haver alguns erros nominais no relatório que enviaste – certifica-te que confirmas os números. E também te queria pedir que continues com os posts fantásticos que tens divulgado no Facebook – dei conta de um aumento grande de atividade.”

O seu objetivo deve ser fazer com que o outro reconheça o erro sem ter de o mencionar.

No exemplo acima pode inclusivamente dizer “Reparei nalguns erros nos números do relatório que enviaste” e esperar por uma resposta.

Se o interlocutor lamentar o sucedido e garantir prestar mais atenção no futuro, não precisa de insistir.

Diga-lhe que não se preocupe e que confia no seu trabalho e deixe a coisa andar. Quanto menos apontar dedos melhor.

Outra estratégia de modo a evitar diplomaticamente ter de corrigir alguém é adiantar alguns dos seus próprios erros antes de dar conta dos do seu interlocutor. Em suma, tente ser sempre parcimonioso no que toca a crítica e faça-o apenas quando é realmente necessário.

8. Faça perguntas em vez de dar ordens

Ninguém gosta que nos digam o que fazer. O que fazer então quando precisa de alguma coisa? A verdade é que fazer uma pergunta é tão eficaz como dar uma ordem. O resultado pode ser o mesmo mas a atitude do visado varia substancialmente em função da abordagem.

Do simples “João preciso desse relatório hoje sem falta. Envia-mo assim que possível” ao “João achas que consegues enviar-me o relatório esta tarde? Seria uma grande ajuda” faz toda a diferença.

9. Seja uma pessoa de carne e osso, e não um robot

As pessoas gostam de carácter e franqueza. Enquanto que a doutrina de negócios clássica promove a importância do perfil alfa masculino – peito cheio, queixo erguido e aperto de mãos sólido – é fácil exagerar e parecer falso.

Em vez disso, esforce-se por ser confiante e respeitar os outros. Entendidos em cooperação sugerem abordar alguém dobrando-se ligeiramente, em jeito de vénia. É o tipo de gesto que pode ajudar os outros a pensar melhor de si.

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10. Torne-se um bom contador de histórias

Toda a gente gosta de uma boa história. E as boas histórias vêm de bons contadores. Saber contar uma história é uma arte em si e requer domínio da língua e sentido de oportunidade. Torne-se um bom contador de histórias e as pessoas rodea-lo-ão como se fosse o flautista de Hamelin.

11. Contato físico

Esta é um bocadinho complicada e até hesitei em mencioná-la por exigir algum cuidado. Não estou a sugerir que comece a fazer massagens aos colegas. Todavia, está provado que o contato físico subtil aproxima as pessoas. Um excelente exemplo é tocar discretamente no antebraço do interlocutor (com a mão esquerda) durante um aperto de mãos (com a mão direita) – uma forma ótima de acabar uma conversa. Nem toda a gente se sente confortável com esta abordagem. Se for o seu caso, não se preocupe.

12. Peça conselhos

Pedir a opinião de alguém é, curiosamente, uma ótima maneira de fazer com que as pessoas gostem mais de si. Pedir um conselho significa que aprecia a perspetiva do outro e é sinal de respeito. Todos gostamos de nos sentir necessários e importantes. Quando faz alguém sentir-se melhor consigo próprio, é quase certo essa pessoa começar a gostar de si.

13. Evite chavões

Convenhamos – a maioria detesta gente chata (aborrecida e desinteressante). Pelo contrário, gostamos do que é original, único, às vezes até estranho.

Um bom exemplo de uma situação onde é importante evitar chavões é uma entrevista de emprego. Em vez de papaguear o “Obrigado. Prazer em conhecê-lo” no final da entrevista, diga antes qualquer coisa que o torne memorável, ainda que mínima. Tente algo como “Gostei muito de falar consigo” ou “Foi um prazer ficar a saber mais sobre a empresa”. Não é preciso reinventar a roda – basta que seja você próprio.

14. Faça perguntas

Fazer perguntas – sobre a vida, interesses, paixões – é infalível quando se trata de marcar pontos com os outros. O ser humano é egocêntrico – adoramos falar de nós próprios. Se fizer as perguntas e deixar os outros falarem de si próprios, vão acabar a conversa a adorá-lo. Mesmo que a conversa não dê à outra pessoa motivo para gostar de si, inconscientemente, ele ou ela vai ficar com uma melhor impressão sua por lhe ter alimentado o ego.

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