Segurança financeira é sinónimo de paz de espírito – saiba como garantir a sua
Começar a gastar menos do que aquilo que ganha e poupar o excedente já é um começo. Vai afastar-se gradualmente do precipício financeiro e isolar-se de choques que poderiam atirá-lo da escada económica abaixo.
Com o tempo, vai aumentar a sua poupança – ao mesmo tempo que se protege de despesas catastróficas que poderiam arrasar o que já poupou. Eventualmente, irá conseguir alcançar a independência financeira, em que o seu rendimento na reforma é suficiente para cobrir as suas despesas e alguns extras.
Eis como deve fazer:
1. Comece com um pequeno fundo de emergência
Não precisa de muito para começar – 350 euros são o suficiente para cobrir despesas indesejadas, como despesas de saúde ou pequenas reparações ao seu carro. Se gastar o fundo com uma despesa, recomece outro para que esteja preparado para uma próxima. Não pode criar segurança se não arranjar uma forma de lidar com o inesperado.
2. Pague todas as dívidas “tóxicas”
As dívidas do cartão de crédito são caras. Adiantamentos ou créditos automóvel são ainda mais. Se não sabe como há-de pagar as suas dívidas com taxas mais elevadas dentro de cinco anos, consulte um consultor de crédito e um advogado especialista em casos de falência e informe-se sobre as suas opções de dívida.
3. Limite as suas despesas gerais
Mantenha as suas despesas essenciais – casa, serviços, alimentação, transporte, seguros, pagamentos mínimos de empréstimos – na ordem dos 50% ou menos do seu rendimento líquido. Ter pequenas poupanças de parte também ajuda a pagar as contas caso perca o trabalho ou fique uns tempos sem poder trabalhar.
4. Invista no seu futuro ano após ano
Aproveite ao máximo todas as coparticipações em contas poupança ou planos de reforma que lhe são oferecidas pela empresa – e faça-o mesmo que esteja a pagar dívidas “tóxicas”, pois essas coparticipações são dinheiro grátis. A sua empresa não tem nenhum plano de reforma? Então abra a sua própria conta de poupança para a reforma. Utilize um simulador de reforma para fazer uma estimativa de quanto deve reunir. Se não pode contribuir muito neste momento, comece num nível que lhe seja confortável e depois vá aumentando a quantia com o tempo.
5. Seguros contra “catástrofes”
Um seguro de saúde pode evitar que fique falido com contas médicas. Um seguro de invalidez pode substituir o seu ordenado caso deixe de poder trabalhar. Um seguro de vida protege todas as pessoas que se encontrem dependentes de si. Um seguro de responsabilidade civil pode cobrir despesas com processos judiciais que de outra forma poderiam arrasá-lo. À medida que vai acumulando património, certifique-se que também vai aumentando os limites de responsabilidade nos seguros da casa e do automóvel para que pelo menos se igualem ao seu património líquido.
6. Crie o seu próprio fundo de emergência
Assim que pagar as suas dívidas e conseguir manter as suas poupanças para a reforma em dia, comece a trabalhar num fundo de emergência. O seu primeiro objetivo pode ser conseguir em três meses juntar fundos suficientes para aquelas despesas inevitáveis.
7. “Reforme” também a hipoteca
Ter a casa paga quando entrar na reforma não vai só ajudá-lo a dormir melhor à noite. Também significa que não vai ter de retirar muito dos seus fundos de reforma, já que não vai ter de fazer pagamentos de hipotecas. Caso seja necessário, também pode transformar o seu capital imobiliário em rendimento, a partir de hipoteca inversa ou mudando-se para uma casa mais pequena.
8. Crie fluxos contínuos de rendimentos garantidos
Quando estiver na reforma, as suas despesas básicas devem ser cobertas por rendimentos com os quais possa contar. Se a reforma da Segurança Social não for suficiente, considere comprar uma “anuidade imediata”, em que paga uma quantia a uma empresa de seguros em troca de cheques mensais para o resto da vida.
Segurança financeira é sinónimo de paz de espírito. Pode começar a trabalhar nisso com quase todo o tipo de rendimento – e pode começar agora mesmo.