Laurene Powell Jobs tornou-se uma presença influente e impressionante no mundo do investimento.
Está entre as mulheres mais ricas do mundo, com um património líquido de 20,7 mil milhões de dólares, de acordo com a Forbes.
Após a morte do marido, em 2011, Powell Jobs herdou a sua fortuna — sobretudo ações da Apple e da Disney.
Saiba mais sobre a vida desta filantropa e mulher de negócios.
Laurene Powell nasceu em West Milford, Nova Jérsia, em 1963. O pai, piloto, morreu num acidente de avião quando ela tinha três anos, tendo a mãe voltado a casar.
Depois de ter tirado duas licenciaturas em ciência política e em economia, na Universidade da Pensilvânia, Powell Jobs trabalhou em Wall Street para o Merrill Lynch e para a Goldman Sachs antes de rumar ao ocidente e fazer o seu mestrado na Faculdade de Gestão da Universidade de Stanford, em 1989.
Jobs sentou-se a seu lado durante algum tempo numa aula, antes de se levantar para dar uma palestra à turma como orador convidado. Continuou a pensar nela e convidou-a para um encontro no parque de estacionamento. Ela aceitou jantar, e desde então juntaram-se.
Casaram-se em março de 1991, no Hotel Ahwahnee, no Parque Nacional de Yosemite. O casal teve três filhos: Reed, Erin e Eve.
Quando Jobs morreu, vítima de um cancro, em 2011, a mulher herdou a sua fortuna, incluindo ações da Apple (5,5 milhões) e participação de 7,3% na Walt Disney Company — tornando-se multimilionária.
A sua quota de participação na Disney fez, inicialmente, com que se tornasse a maior acionista individual da empresa, mas desde 2017 que reduziu essa participação para metade, de acordo com a Variety.
Powell Jobs tem-se concentrado bastante na filantropia. “Queremos, de maneira muito geral, usar os nossos conhecimentos, a nossa rede de contactos e as nossas relações para fazer o máximo de coisas boas”, disse em 2013 ao New York Times.
No início dos anos 90, foi cofundadora da Terravera, uma empresa de comida biológica que visa desenvolver novos produtos orgânicos, como leguminosas e cereais, para a indústria alimentar humana e animal. Mais tarde, afastou-se da Terravera e dedicou-se mais à educação da sua família.
Em 1997, Powell Jobs fundou a College Track, uma organização sem fins lucrativos com página na Internet que ajuda os alunos mais desfavorecidos a prepararem-se para a faculdade, através de explicações e orientações. A College Track expandiu-se depois para oito localizações por toda a Califórnia, Colorado e Louisiana.
No início da década de 2000, Powell Jobs criou a Emerson Collective — nome inspirado em Ralph Waldo Emerson — uma organização que concede subvenções e faz investimentos relativos à imigração, à justiça social e à educação. É uma empresa privada e não a tradicional organização sem fins lucrativos. Financiou startups como a AltSchool, uma escola baseada em capital de risco cujo objetivo é transformar a educação, personalizando a instrução dos alunos através da tecnologia.
Em setembro, Powell Jobs deu como garantia 50 milhões de dólares através da Emerson para financiar a XQ: The Super School Project, um empreendimento que tem como objetivo fazer reformas internas na educação, atualizando a forma como as escolas secundárias abordam os conteúdos programáticos. É presidente do conselho de administração da XQ.
Powell Jobs integrou a administração de várias empresas, incluindo a Teach for America, a Conservation International e a New America Foundation. É membro do conselho de relações externas e do conselho administrativo da Universidade de Stanford.
É, juntamente com Michael Bloomberg e Ray Dalio, fundadora do Climate Leadership Council (conselho de liderança para questões climáticas).
Também enveredou pelo mundo do desporto, tendo comprado participações na Monumental Sports & Entertainment, que é dona da Washington Wizards, da Washington Capitals e da Capital One Arena.
Powell Jobs e a Emerson Collective juntaram-se ao escritor Leon Wieseltier para criarem uma nova revista chamada Idea. Jobs pôs fim ao empreendimento quando os ex-colegas de Wieseltier da New Republic o acusaram de assédio sexual em outubro.
Em julho de 2017, a Emerson Collective comprou uma percentagem alta de participação na The Atlantic. Powell Jobs fez um comunicado no qual elogiava a revista pela sua vontade de “lutar por direitos iguais para todos, defender o ideal americano, celebrar a cultura e a literatura americanas e apoiar a nossa experiência democrática maravilhosa e por vezes confusa.”