Cinco sugestões práticas para que sustente as suas finanças ao enfrentar a próxima recessão
Com vários analistas a estimarem uma crise económica no horizonte poderá sentir-se em pânico. Porém, Joseph Sweis, consultor financeiro certificado, avançou que os investidores devem manter-se calmos. «Sabemos que os mercados passam por ciclos,» declarou ao Business Insider. «Aconteceu ao longo da história.»
Sweis relembrou que o mercado de ações proporcionou um retorno médio anual de cerca de 10% sobre investimentos ao longo dos últimos cem anos — apesar do crash de 1929 e de várias recessões desde então. Contudo, partilhou algumas sugestões práticas para que sustente as suas finanças ao enfrentar a próxima recessão.
Defina os seus objetivos de investimento e mantenha-os
«Gerir as suas emoções [no mundo financeiro] é tão importante como gerir os seus investimentos,» afirmou Sweis. A sua estratégia de investimento deve ser guiada pela sua tolerância ao risco e não por previsões quanto a recessão futura.
Se não (tiver de) tocar no seu capital por alguns anos, uma carteira agressiva — contendo, por exemplo, 80% em ações e 20% em obrigações — poderá compensar perdas temporárias ao longo do tempo.
«Mantenha a sua alocação de ativos e evite o "timing" do mercado a todo o custo,» afirmou Sweis.
A Investopedia descreve o «timing do mercado» como «o ato de entrar e sair do mercado ou de trocar entre classes de ativos» com base na situação atual do mercado, incluindo a movimentação de investimentos para evitar perdas. Sweis relembrou que várias pessoas fizeram-no em 2016, temendo uma recessão, e perderam ganhos de mercado.
Continue a poupar para a reforma
Sweis avançou que a sua alocação de ativos — o que investe em ações, obrigações, etc. — deve ser determinada por quão cedo deseja reformar-se.
«Se o seu objetivo for usar o seu capital dentro de um ano deve investir em fundos e equivalentes,» afirmou. Se estiver a mais de oito anos da reforma pode realizar investimentos mais agressivos. À medida que se aproxima do fim da sua vida profissional deve, de acordo com Sweis, mudar a sua alocação de ativos de forma gradual para opções mais conservadoras.
Elimine qualquer dívida que tenha
A dificuldade de acesso a crédito é uma das características dos período de recessão — «torna-se mais restritivo,» afirmou Sweis. «Os bancos ainda querem emprestar, mas apenas emprestam aos tomadores mais qualificados.»
Se pretender acesso a crédito faça o que puder para pagar qualquer dívida que tenha. É um bom conselho para qualquer altura, mas particularmente saliente em recessão económica.
Poupe pelo menos seis meses de despesas de vida
«Se o seu objetivo for preparar-se para uma recessão certifique-se de que tem pelo menos seis meses de reserva na sua conta,» afirmou Sweis. «se quiser ter uma almofada para evitar entrar em dívida durante um período difícil.»
A poupança irá protegê-lo caso fique sem trabalho — tendo sido o desemprego uma característica da última recessão. Se achar que poderá ser difícil encontrar um novo trabalho na sua área Sweis sugere que detenha o equivalente a um ano de despesas básicas de vida em reserva.
Poupe o que conseguir
Um estudo da CareerBuilder do ano passado concluiu que a maioria dos americanos vive os seus salários até ao limite. Se for o seu caso, independentemente de onde se encontra no mundo, investir e poupar poderá parecer impossível. Porém, de acordo com Sweis, tem mais capacidade de poupar do que imagina.
«Não subestime o valor de um orçamento disciplinado,» afirmou. Se só conseguir investir 100 dólares por mês poderá, eventualmente, tornar-se milionário.
Quer tenha muito ou pouco «a disciplina e a estratégia irão ajudá-lo a superar uma recessão.» Concluiu Sweis.