A vida em Manila, uma das mais populosas cidades do mundo
14 de Agosto de 2016
1/5 AP Photo/Bullit Marquez
Manila, a capital das Filipinas, tem uma enorme responsabilidade em mãos
A cidade de Manila não só é uma das mais populosas do mundo – com 46.000 pessoas por km2, o dobro da densidade populacional de Nova Iorque – como se encontra no Anel de Fogo do Pacífico, uma zona onde se encontram muitos vulcões que a inundam com terramotos e tufões.
Para além das preocupações ambientais existem também preocupações de cariz económico e demográfico. A taxa de fertilidade de Manila regista um valor crescente de 3,1 filhos por mulher e os habitantes vivem uma enorme disparidade ao nível das condições de vida. Estão a surgir cada vez mais prédios, assim como comunidades improvisadas, para acolher pessoas que ficaram sem casa devido a desastres naturais ou a falência financeira.
Eis como é a vida na cidade com uma das maiores densidades populacionais do mundo.
Manila situa-se na costa noroeste das Filipinas. Os seus 1,6 milhões de habitantes dividem-se entre um distrito empresarial em crescimento em Makati e uma comunidade com necessidades nas periferias.
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Nas regiões mais pobres, várias famílias vivem em bairros muito apertados em comunidades improvisadas. As casas são construídas sobre estacas e a roupa é estendida entre os telhados pobremente construídos.
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As inundações são uma constante em Manila. Como resultado, o lixo flui livremente pelas águas poluídas, o que aumenta o risco de doenças bacterianas.
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Em alturas críticas, como foram as inundações repentinas de 2009, os ginásios foram adaptados para servir de abrigo. No entanto, a densidade não fica mais aliviada, é simplesmente deslocada.
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O dia-a-dia na cidade é também muito congestionado. Para se movimentarem pela cidade, as pessoas têm de escolher entre conduzir em autoestradas congestionadas ou apanhar autocarros ou comboios completamente cheios.
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Cada vez mais pessoas optam pelas motas, que concedem uma maior liberdade, mas que tornam a condução muito mais perigosa para todos.
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Durante a grande recessão económica que Manila viveu em 2008, o custo do combustível era tão elevado que a maioria dos habitantes evitava conduzir, o que levou a situações em que as pessoas se amontoavam quando tentavam subir as escadas para embarcar nos comboios já completamente cheios.
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Fora do trabalho, os centros comerciais de Manila – que são mais um centro de cultura local do que os centros comerciais do ocidente – também ficam superlotados.
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Mas o congestionamento todo não é só pelas compras. Quando a economia falha nas Filipinas, o país converte os centros comerciais de Manila em feiras de emprego muito movimentadas.
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Milhares de pessoas formam filas intermináveis na esperança de tornar a sua vida e as dos seus familiares melhor.
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Normalmente, a densidade é controlável. Os miúdos encontram formas de brincar mesmo que as suas opções sejam limitadas.
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E mesmo assim a cidade proporciona às famílias algumas formas de descontração, longe da pobreza e da rotina diária.
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Contudo, não há dúvidas de que as taxas de fertilidade são altas. Os especialistas preveem que a população duplique em 2025 – e as infraestruturas não têm condições para acolher mais 1,6 milhões de pessoas.
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Embora muitos dos cidadãos de Manila vivam na pobreza, a cidade com uma das maiores densidades populacionais do mundo também pode conceder aos seus milhões de cidadãos um futuro mais reluzente do que nunca, tendo em conta a influência crescente das empresas na capital.
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