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Até agora o Google era o motor de pesquisa primário do browser da Apple, o Safari. Porém o acordo que junta ambas as partes está prestes a terminar, e a Yahoo e a Microsoft tentam o que podem para ser o próximo motor de busca por definição do browser da maçã. E você, que motor de busca preferiria?

O acordo da Apple com o motor de pesquisa Google está prestes a expirar, e toda a gente quer um pedaço de ação.

A guerra dos motores de pesquisa pelo Safari está a aquecer. O Google tem servido há muito tempo como motor de pesquisa primário no navegador da web da Apple, mas com o arranjo marcado para expirar no início de 2015, a Yahoo e a Microsoft estão a disputar o lugar.

Existe muito poder na configuração padrão. Desde que a Yahoo começou a ser o motor de busca padrão do Firefox, a companhia tem vindo a corroer de forma constante (ainda que lentamente) a vantagem da Google, que em Janeiro caiu abaixo dos 75% de share de buscas dos EUA – a primeira vez que caiu abaixo desse nível, pelo menos desde 2008, segundo a empresa de rastreio de visitas StatCounter.

Apesar de tudo, quando a firma removeu as pesquisas do Firefox dos seus cálculos, os ganhos da Yahoo e as perdas da Google desapareceram. “Os números mostram conclusivamente que as configurações de pesquisa padrão podem ter um grande efeito em que motor de busca é utilizado”, afirma o CEO da StatCounter Aodhan Cullen à Quartz.

As espectativas estão mais altas especialmente no que toca ao Safari, que em Janeiro contou com 48% das buscas em smartphones, 69% em tablets, e 9% em computadores nos EUA, de acordo com a StatCounter. Ainda está toda a gente em jogo, mas há alguns cenários a considerar.

Yahoo ganha

Marissa Mayer

Marissa Mayer, CEO, tem estado de olho nas buscas em aparelhos da Apple há já algum tempo – e os telemóveis são uma das prioridades principais para dar a volta à empresa. Numa chama recente sobre ganhos com os investidores ela disse:

“A plataforma Safari é, basicamente, um dos mais importantes acordos de motor de busca no mundo – se não o mais importante. Os utilizadores do Safari estão entre os mais ocupados e lucrativos do mundo. E é algo que gostaríamos mesmo de poder providenciar.”

O diretor de pesquisas da IDC, Dave Schubmehl, considera o motor de pesquisas da Yahoo “um competidor muito competente”, citando o investimento da companhia na investigação e no desenvolvimento.

Mas nem toda a gente pensa que este cenário é possível. Collin Colburn, Socio Sénior de investigação na empresa Forrester Research, disse que apesar da Yahoo ter tido ganhos com o seu produto de buscas, “a sua utilização ainda não é tão boa como a da Google.”

Bing ganha

A Microsoft já proporciona pesquisas na aplicação de assistência pessoal, Siri, bem como na ferramenta de pesquisas Spotlight nos Macs que correm o novo sistema operativo, Yosemite. Porque não poderia o seu motor de busca, Bing, ter uma oportunidade com o Safari?

“Parece lógico, até porque as capacidades de pesquisa do Bing têm melhorado tremendamente nos últimos anos”, afirma Schubmehl.

A Microsoft parece comprometida a tornar o Bing ubíquo. “Nós queremos estar em todos os sítios onde as pessoas vão hoje em dia”, disse Stefan Weitz no outono passado, citando a sua integração em iOS, no Twitter, Facebook, e Amazon como exemplos.

Se a Apple pretender separar-se do domínio da Google, a companhia pode escolher apostar no Bing, que é neste momento o maior rival da Google. Mas como a situação pode se tornar numa guerra de apostas, também depende de quanto é que a Microsoft estará disposta a apostar.

A Apple mantem-se com a Google

A Apple é uma companhia que baseou a sua reputação numa experiencia do utilizador excelente. E a Google, o motor de busca dominante até agora, tem melhorado o seu algoritmo para fornecer as respostas aos utilizadores mais depressa. Isto pode ser visto na informação contextual (cotas de ações, meteorologia, resultados desportivos) que agora aparecem nas caixas de resposta por cima dos resultados de pesquisa.

Contudo, nem todas as inovações são vistas favoravelmente. A Apple pode hesitar em renovar a sua parceria com a Google dada a ameaça à Siri por parte da pesquisa por voz e o Google Now, que dão ao utilizador informação relevante e temporal.

As duas companhias, claro, também têm as suas diferenças fundamentais no que toca à privacidade dos consumidores e coleção de dados, o que nos leva à quarta hipótese…

A Apple decide fazer as coisas sozinha

Talvez o cenário mais interessante de todos seja um em que a Apple constrói o seu próprio motor de pesquisa.

“Se eles deixarem a Google, penso que seria em prol do desenvolvimento do seu próprio motor de busca, porque eles têm falado nisso nos passados dois ou três anos”, disse Colburn.

A Apple Maps seria a ultima forma de controlar a experiencia do utilizador.

A Apple já começou a desviar as consultas dos utilizadores da Google com o seu motor de busca Spotlight no Yosemite. Pode não ser coincidência, então, que a companhia, no início desta semana, tenha divulgado uma lista de empregos para engenheiro gerente de projeto, prevendo algo chamado “Apple Search”, que de acordo com a descrição será uma “plataforma de pesquisa que suporta centenas de milhares de utilizadores.”

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