As 8 grandes tendências tecnológicas de 2015
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A Deloitte lançou a sua análise das Tendências Tecnológicas para 2015, uma fusão de negócios e Tecnologias da Informação (TI). Aí revela o impacto imediato que as últimas tecnologias terão no mundo dos negócios. Quanto mais rapidamente você se adaptar a elas, melhor.

Tecnologias poderosas – como a inteligência artificial, robótica, computação quântica – têm o potencial de transformarem, de forma significativa, o mundo dos negócios.

Robert Hillard, sócio de consultoria e gestão da Deloitte Austrália, afirma que há oito tendências que irão alterar a forma como os governos e as empresas interagem com os cidadãos, a forma como o trabalho é feito e o modo como os mercados e as indústrias irão evoluir. Hillard comenta:

“Pela primeira vez em vários anos estas tendências estão a ser principalmente impulsionadas para as empresas – em vez de surgirem como produtos para consumo – tornando mais importante do que nunca que as organizações compreendam o que irá acontecer ao longo dos próximos 18 meses.”

Hillard acrescenta, ainda, que o relatório analisa os avanços da tecnologia oferecendo uma visão sobre como as TI podem ter um impacto significativo nas empresas, agências governamentais e, potencialmente, na sociedade.

1. CIO – Chief Integration Officer ou Diretor de Integração

Nos dias de hoje é difícil separar a estratégia de negócios da tecnologia. O diretor de informática (Chief Information Officer) sente-se ameaçado com o aparecimento de novos títulos – como o de diretor de conteúdos, diretor da área digital – que tocam em algumas das tradicionais áreas do diretor de informática. Nesse sentido, o papel do diretor de informática tem de evoluir à medida que a tecnologia se envolve nos modelos de negócio e cria novos modelos. Para além de ser um tradicional diretor de informática – o mesmo precisa de ser diretor de integração.

Escritório de engenheiros da yik yak, Alyson Shontell/Business Insider

“Os CIO - Chief Information Officer precisam de aproveitar as tecnologias emergentes e disruptivas para os negócios, equilibrando necessidades futuras com as realidades operacionais do presente.” Avança a Deloitte. “Devem encarar as suas responsabilidades enquanto a empresa como um todo, ajudando a garantir investimentos críticos ou comprometidos dentro de cada área departamental ou funcional.”

O CIO precisa de ter visão, não necessariamente controlo, para o que se está a passar – alinhando todos os elementos.

2. Economia API (sigla inglesa para Interface de Programação de Aplicações)

As API estão aí e tornaram-se impulsionadoras de negócios.

“Os principais ativos de uma organização podem ser reutilizados, partilhados e rentabilizados através de uma API que pode estender o alcance dos serviços existentes ou fornecer novos fluxos de receita.” Avança a Deloitte.

As API públicas duplicaram nos últimos 18 meses – tendo sido publicadas mais de 10.000 até ao momento.

A Deloitte avança: “O que estamos a observar é a disrupção e, em muitos casos, a democratização do setor. Diversos atores envolvidos em serviços financeiros têm explorado plataformas bancárias abertas que desagregam os serviços de pagamento, crédito, investimento, fidelização e empréstimos para competir com novos protagonistas – como a PayPal, Billtrust, Tilt e Amazon, que estão a criar serviços baseadas em API para a indústria do pagamento.

3. Computação ambiental

A computação ambiental – ou colocar a internet das coisas a trabalhar – refere-se ao potencial dos sensores e dispositivos conectados em casa e nas empresas.

“Traduzir estas possibilidades para impacto nos negócios exige foco,” afirma a Deloitte, identificando “a necessidade de propositadamente implementar “coisas” mais inteligentes, em conjunto com as plataformas de análise, segurança, dados e integração.”

Na Austrália, a tecnologia utilizada em locais de escavações recolhe dados e intervém antes que exista algum problema.

4. Marketing dimensional

O marketing dimensional tem o potencial de ser assustador. Imagine entrar numa loja e perceber que sabem exatamente aquilo que procura, desde roupas a alimentos. Em simultâneo, muitos verão esta possibilidade como conveniente. Estão a ser preparadas novas regras que alcancem os consumidores digitalmente conectados.

“As organizações cada vez menos se dirigem ao mercado de massas,” afirma a Deloitte. “Dirigem-se aos indivíduos e às respetivas redes sociais. Na verdade, o marketing em si passou da difusão de mensagens para a participação em conversas e agora para a capacidade de prever, e responder rapidamente, às necessidades individuais.”

5. Tudo definido por software

Hoje em dia tudo é feito noutro lugar, incluindo o software e os servidores. A Deloitte diz ser fácil ignorar os avanços em infraestruturas e operações no meio do fervor do digital, do analítico e da nuvem.

“O ambiente operacional na sua totalidade – servidor, armazenamento e rede – pode agora ser virtualizado e automatizado.” Afirma a Deloitte. “O centro de dados do futuro representa não só a redução de custos mas também a melhoria da velocidade e a redução da complexidade do aprovisionamento, implantação e manutenção das pegadas da tecnologia.”

O processamento e o armazenamento serão movidos para o mais próximo possível do utilizador final, reduzindo atrasos do sistema.

6. Renascimento do núcleo

O renascimento do núcleo refere-se aos sistemas centrais, construídos e comprados. Estes ativos são a base para o crescimento. A Deloitte avança:

“Muitas organizações estão a modernizar os sistemas para pagar dívidas técnicas, avançar com soluções para remover barreiras à escala e desempenho e a estender o seu legado de infraestruturas para abastecer novos serviços e ofertas inovadoras.”

Em média 80% do tempo, energia e orçamentos são consumidos pelo cuidado com as TI existentes, de acordo com a Deloitte.

7. Inteligência amplificada

A ascensão das máquinas? Isto irá ameaçar empregos mas haverá novas posições emergentes para substituir os cargos perdidos. A inteligência artificial é real e amplia, de forma eficaz, a tomada de decisão. A Deloitte afirma que as empresas aplicam a aprendizagem de máquina e a modelação preditiva para conjuntos de dados cada vez mais massivos e complexos.

“É uma aplicação promissora, contudo não irá substituir os trabalhadores – irá aumentar as suas capacidades,” afirma a Deloitte.

Como exemplo será de referir a prevenção da propagação de um vírus humano através da análise automática do tráfego na internet – considerando que as pessoas pesquisam os sintomas online. A Deloitte diz ainda que estão a ser desenhados programas, destinados a soldados, para melhorar a respetiva visão e audição e aumentar a consciência situacional em tempo-real, a meio de um confronto – a partir de mapas, até ao reconhecimento facial e ao controlo avançado de sistemas de armas.

8. O trabalhador das TI do futuro

Onde encontrar esse talento? A Deloitte diz que a velha mão-de-obra qualificado está a reformar-se e as empresas estão à procura de habilidades nas mais recentes tecnologias emergentes e disruptivas.

“Para enfrentar estes desafios provavelmente as empresas terão que cultivar uma nova espécie – o trabalhador das TI do futuro – com hábitos, incentivos e aptidões inerentemente diferentes das utilizadas hoje.” Afirma a Deloitte.

Em 2025, cerca de 75% dos trabalhadores farão parte da geração do milénio, os nascidos depois de 1983. Em 2020, os reformados do baby boom deverão deixar 31 milhões de posições disponíveis.

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