A defesa do Apple Watch
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O dispositivo da Apple ainda não foi lançado e já está sujeito a um criticismo fortíssimo. Mas Matt Johnston, jornalista perito em multimédia, vem em sua defesa. Mas será que o Apple Watch merece?

Sou um sério defensor de acessórios. Em setembro passado, quando fiz a troca — uma que me arrependo— do meu falecido iPhone 5 para um Samsung Galaxy Note 3, decidi comprar um relógio inteligente.

Após fazer uma série de pesquisas, decidi comprar o Samsung Gear Fit.

Como escrevi antes, adoro-o profundamente. Paguei $107 por ele, e sinto que vale cada centavo. As notificações são fantásticas — curtas, suaves, compreensíveis, e personalizáveis.

O seu ecrã curvado e visor luminoso são sofisticados e atrativos. A monitorização de aptidão física não é perfeita, mas muito firme. Por $100, é um excelente relógio inteligente, e não me sinto confortável em ir a qualquer lado sem ele.

As críticas ao Apple Watch apareceram com toda a força na quarta, e ainda estamos a obter o nosso melhor ponto de vista em relação a como será utilizar esta coisa. Muitas das opiniões são maioritariamente céticas e inclinam a balança de modo negativo. Li várias opiniões e levei as suas críticas em conta. Se estou convencido de algo, é isto: o Apple Watch vai ser incrível. A versão Sport do Apple Watch custa três vezes o preço do meu relógio inteligente mas tem uma imagem 20 vezes melhor, tem 20 vezes a sua funcionalidade, assim como 20 vezes a sua capacidade tecnológica. Parece ser um aparelho fantástico.

Não culpe a Apple

Creio que vale a pena salientar que muitas das críticas dos revisores são críticas aos acessórios em geral. Está é uma nova forma de comunicar que vive consigo, e isso leva algum tempo para se habituar.

A Apple não está a reinventar a roda; está a torná-la mais deslumbrante e divertida.

Por exemplo, observemos o comentário no Bloomberg Business de Joshua Topolsky, salientando como o zumbido no seu pulso o distrai e irrita. Ele escreve:

"Estou numa reunião com 14 pessoas, a meio de uma frase, quando sinto um tap-tap-tap no meu pulso … Uma versão disto acontece dezenas de vezes ao longo do dia— para mensagens, e-mails, feitos de atividade, tweets, e muitos mais. Espere um segundo. Não é a Apple que promete ajudar-me a focar no momento, a estar concentrado nas pessoas ao meu redor e não perturbado pelo impressionante mundo do meu iPhone? Então porque me sinto subitamente tão distraído?"

Isto tem muito pouco a ver com o Apple Watch e mais com o ajustamento à tecnologia de modo geral. Confie em mim, como alguém que utilizou um relógio inteligente com notificações durante a maior parte de um ano, o zumbido é fantástico.

Lance Ulanoff reconheceu e descreveu a ideia de "olhadelas" muito bem no seu comentário no Mashable. O objetivo é apenas olhar para as notificações que quer ver rapidamente sem a necessidade de interagir. Não se trata de enfrentar e lidar com uma infinidade de notificações; trata-se de as reconhecer e escolher se irá reagir ou não. Cabe-lhe a si — mais escolhas, menos confusões.

Aprendemos a lidar com o zumbido dos smartphones e a sua distração, e aprenderemos a viver também com está invenção. Para não mencionar que a experiência é personalizável.

Trata-se de uma questão de perspetiva

Outro exemplo excelente é Re/code’s Lauren Goode quediz que o Watch não é muito elegante. "O Apple Watch aspira por adequar-se à última moda, mas ainda se parece com um relógio tecnológico," escreveu ela.

Em abril de 2015, isso pode ser verdade. Mas então e todas as pessoas pelo mundo que já estão a usar estas coisas? Não será isso apenas uma questão de perspetiva? O Apple Watch é claramente muito mais formoso do que o meu relógio inteligente ou qualquer dos outros aparelhos agora no mercado.

Certamente haviam várias pessoas na década de 1990 que achavam que auscultadores notoriamente brancos a saírem dos ouvidos de todos era feios e pareciam "tecnológicos". Em vez disso, tornaram-se um símbolo de estado, que ajudou a levar a marca Apple ao pináculo da tecnologia do consumidor.

Grande parte das outras críticas ao Apple Watch nesta etapa são sobre erros prematuros, situações que serão muito provavelmente corrigidas dentro de poucos meses.

Vai ser enorme

O Apple Watch poderá custar três vezes ou mais o preço do meu Samsung Gear Fit, mas parece ser tão melhor que provavelmente justificará o preço. Por mais que adore o Gear Fit, ainda não é capaz de aceitar comandos de voz, utilizar mapas, e fazer várias outras coisas que o Apple Watch consegue fazer. Adoro-o profundamente, mas quero mais.

O melhor de ter um relógio inteligente é contraintuitivo. Adiciona um outro dispositivo à sua vida diária para que os dispositivos gastem menos do seu tempo em geral. Escolho quais as notificações que vejo, assimilo-as com facilidade, e decido como reagir mais rapidamente.

Com base no que aprendi ao utilizar o meu relógio Samsung, posso dizer com certeza que o Apple Watch necessita chegar aos pulsos das pessoas para que entendam o verdadeiro benefício de possuir um acessório. Imagino-o a tornar-se num dispositivo irresistível para qualquer pessoa que possua um iPhone.

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