O Airlander 10 promete gastar um terço do combustível dos aviões convencionais e pode aterrar em praticamente qualquer lugar. Em que tecnologia se baseará esta aeronave?
O Airlander 10, do Reino Unido – o maior avião do mundo – continua a atrair investimentos. Os designers da aeronave, Hybrid Air Vehicles (HAV), ganharam uma bolsa de €2,5 milhões ($2,7 milhões) da UE de um fundo para o desenvolvimento de iniciativas de transporte verdes. A esta soma-se uma outra bolsa de £3,4 milhões ($5 milhões) concedida pelo governo do Reino Unido no início deste ano, e o objetivo da HAV de também angariar um valor adicional de £2 milhões através da plataforma de crowdfunding, Crowdcube.
Embora as aeronaves como o Airlander 10 pareçam pesadas, estas têm um número de vantagens únicas sobre a embarcação convencional. Porque o Airlander usa hélio inerte para fornecer a maioria da sua elevação, este pode manter-se a flutuar durante dias com custos de combustível mínimos. Quando se move, este usa apenas um terço do combustível dos aviões regulares (embora seja muito mais lento – atingindo apenas velocidades de até 100 mph), e a sua capacidade de flutuar significa que pode pousar em praticamente qualquer lugar – inclusive sobre a água. O Airlander 10 também tem uma das mais baixas emissões de carbono de qualquer aeronave no mundo e é capaz de transportar até 50 toneladas de carga a distâncias de até 2575 km.
A aeronave foi originalmente desenvolvida para a vigilância e reconhecimento a longo prazo para os militares dos EUA, mas quando os cortes de orçamento fizeram com que o projeto fosse abandonado, esta foi comprada de volta pela HAV. Agora, a empresa quer desenvolvê-la para uma variedade de fins comerciais, incluindo o "transporte de mercadorias, o acesso remoto, a distribuição de ajuda, publicidade, vigilância, comunicações, e transporte de passageiros de luxo." Esta última bolsa da UE será utilizada para criar um quadro regulamentar para o Airlander, um passo necessário antes das encomendas da nave poderem começar a ser feitas.