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A Google modificou os seus algoritmos de busca para que nas buscas feitas em dispositivos móveis os sites otimizados para esses dispositivos surjam no topo da lista de resultados.

A Google introduziu mudanças radicais no seu algoritmo de busca na passada terça-feira, oferecendo aos sites otimizados para dispositivos móveis um impulso na pesquisa em smartphones. Nos seus resultados de busca móvel, o Google (GOOGL,Tech30) favorece agora sites que se ajustam a telas menores.

Parece um ajuste óbvio, mas existem já operadores de sites a lutar para manter os seus sites listados no topo dos rankings de busca. Tal como acontece com todas as mudanças de algoritmos da Google: alguns irão beneficiar, e outros irão perder.

Segue-se tudo o que você precisa de saber sobre as mudanças da Google, que alguns intitularam como Movelgedão (Mobilegeddon em inglês).

1. As alterações impõem-se somente a smartphones

Os resultados de pesquisa em computadores e tabletes não serão afetados pelo novo algoritmo. Mas trata-se ainda de um grande impacto: a pesquisa em dispositivos móveis corresponde a cerca de metade das buscas no Google.

2. Os operadores de sites tiveram dois meses para se prepararem

Normalmente a Google não pré-anuncia as alterações aos algoritmos – mas o mobilegeddon poderia ter tanto impacto dramático nos resultados de pesquisas móveis que a Google optou por dar tempo às empresas para se prepararem.

Em Fevereiro, a empresa de pesquisa lançou o teste de “compatibilidade com dispositivos móveis” que permitiu aos sites verem se se encontravam prontos para o ajuste ao algoritmo. Os sites móveis com vídeos não transmissíveis, páginas móveis lentas e ficheiros com imagem bloqueada serão derrubados.

3. Os ajustes ao algoritmo podem ser desagradáveis

Muitas empresas dependem fortemente do Google para garantirem tráfego nos seus sites. A Google controla dois terços do mercado de pesquisa nos EUA e quando a Google altera o seu código, as empresas têm que se despachar a reaprender como otimizar os seus sites para a pesquisa no Google.

As apostas são altas. O primeiro lugar numa página de pesquisa atrai tipicamente 20% a 30% dos cliques na página, de acordo com Adam Bunn, diretor de SEO da Greenlight, agência de marketing digital. Segue-se uma enorme diferença: as posições em segundo e terceiro lugar geram entre 5% a 10% dos cliques e os links abaixo destes recebem menos de 1% da atenção dos utilizadores.

Em 2011, uma grande alteração no algoritmo da Google concebida para promover conteúdo de alta qualidade lançou algumas empresas para a ruína financeira. Duas semanas após as mudanças a Mahalo.com dispensou 10% da sua força de trabalho derivado daquilo a que Jason Calacanis chamou “um significativo declínio do nosso tráfego e receita.”

4. Os websites podem ajustar-se em tempo real

Ao contrario de anteriores ajustes ao algoritmo os sites podem atualizar o seu “ajuste ao mundo móvel” a qualquer momento para surgirem no topo dos resultados de pesquisa no Google – não tem que ser feito na terça-feira.

A Google também referiu que os ajustes ao algoritmo serão lançados ao longo de várias semanas, logo as mudanças não serão imediatamente percetíveis.

5. Alguns sites não adaptados ao mundo móvel poderão ainda obter um favorável posicionamento em resultados de pesquisas

O algoritmo da Google julga os sites baseado em diversos critérios, dos quais a adaptabilidade ao mundo móvel é apenas um. O objetivo da empresa passa por fornecer os resultados mais relevantes, mesmo que de um site não otimizado para dispositivos móveis.

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