Três automóveis do futuro

Estes três carros apresentados na Exposição Automóvel de Frankfurt esta semana representam as possibilidades do futuro automobilístico.

A Exposição Automóvel de Frankfurt desta semana é um dos simpósios mais importantes no circuito internacional de exposição de carros e as empresas automóveis estão, como de costume, a apresentar várias novidades de alta potência e alto orçamento para a comunicação social e o público alemão se deliciarem.

Sendo a “casa” das marcas de luxo de carros alemães, a Exposição de Frankfurt está tipicamente cheia de modelos aliciantes que estão para chegar brevemente e alguns carros conceptuais magnificentes que lhe permitem dar uma espreitadela no que pode ser possível no seu futuro de estrada.

Só que agora, a velocidade da luz do avanço tecnológico significa que, em contraste com as inovações dos carros conceptuais de gerações anteriores que tiveram de ser considerados fantasiosos, os carros conceptuais de hoje revelam características que podem tornar-se realidade em apenas alguns anos. Talvez até alguns meses.

Ou seja, estas coisas estão a chegar mais cedo do que o que se pensa, por isso preste atenção aos três carros da Exposição de Frankfurt que pensamos que interessam mais.

Este é – ou pelo menos deveria ser – o futuro do crossover: mais baixo, mais fino, magnificentemente mais esculpido que os perfis de ossos grandes dos atuais crossovers mais elegantes.

Mazda Koeru concept: o futuro crossover da pessoa que reflete, sem a excitação do luxo

A Mazda não promete nada de selvagem para o seu futuro crossover – apenas um novo nível de refinamento. Algo que muitos crossovers acessíveis podiam usar.

A Mazda está a focar a atenção no progresso de refinamento que o Koeru (“exceder” em japonês) traz, muito do qual presumivelmente vem das novas técnicas de design e engenharia de fabrico. Por isso, além da forma fantástica, muita da inovação no crossover conceptual da Mazda poderá ser mais sentida que observada.

A Mazda diz que o Koeru representa “um corajoso desafio para o mercado existente de crossovers e personifica a procura contínua da Mazda pelo puro prazer de condução.”

Nós respondemos “Venha ele. Se faz favor.”

O “Automóvel Aerodinâmico Inteligente” altera a sua carroçaria em movimento, transformando a forma já hipnotizante do carro numa versão alongada do mesmo.

O resultado não é tão deslumbrantemente curvo como o IAA quando está parado – ou a viajar a menos de 80 km/h – mas a diferença faz do IAA, em métricas de aerodinâmica, um detentor de recordes aerodinâmicos para um carro de quatro portas, diz a Mercedes.

O Mercedes-Benz Concept IAA altera a sua carroçaria em movimento para alcançar uma aerodinâmica optimizada.

A carroçaria adaptável adiciona 38,1 cm à traseira do Concept IAA – maximizando o fluxo aerodinâmico numa homenagem da nova era aos Mercedes “streamliners” optimizados aerodinamicamente do passado

Transformar o IAA está ao alcance de um botão quando a velocidade de estrada chega aos 80 km/h. Oito partes individuais de carroçaria podem estender a traseira até 38 cm, enquanto na frente, asas no pára-choques estendem-se para a frente e para fora para suavizar o fluxo de ar à volta das rodas.

As rodas também são notáveis, mudando do perfil côncavo típico de todas as rodas de hoje para uma configuração de eixo zero que as faz ficar ao nível dos pneus.

A eficiência aerodinâmica melhorada traduz-se em eficiência de combustível também melhorada, claro, com a Mercedes a dizer que o carro conceptual IAA, um hibrido de motor a gasolina, pode ir até 64,37 km só com a bateria. O que é bastante bom para um sedan de luxo grande com muito menos capacidade de bateria que os complemente eléctricos como o Modelo S da Tesla – ou o Porsche abaixo.

O conceito do Mission E pode ser um dos sinais mais claros até agora de que o futuro da condução de alto desempenho não tem de estar necessariamente eternamente ligado à combustão interna.

O Porsche Mission E concept é um sedan desportivo completamente elétrico de 600 cavalos de potência – ou, como alguns lhe podem chamar, a resposta ao Tesla 1.0 da Porsche.

A Porsche obviamente percebeu o impacto que a Tesla registou com os seus modos de afinação opcionais “ridículos” e “loucos” (e caros) orientados para a performance – e viu que há uma estrutura a expandir-se de condutores com dinheiro que estão dispostos a aceitar que a rapidez de um carro elétrico pode ser tão excitante como a de um motor a gasolina. Talvez mais até.

Por isso, o Mission E a bateria distribui 600 cavalos de potência pelas quaro rodas – porque é assim que deve ser – num sedan desportivo afunilado de quatro portas que a Porsche diz que chegará dos 0 aos 96 km/h em 3,5 segundos. A prova de que pode provavelmente esperar uma guerra de performance no que toca ao carregamento dos carros eléctricos é que a Porsche diz que um sistema radical indutivo de 800 volts não requere uma conexão física e pode carregar o Mission E até 80% da sua capacidade em 15 minutos. Aqui é onde entra a parte conceptual: ainda não existe tal sistema de carregamento – até a famosa rede Supercharger da Tesla só pode chegar a pouco mais de metade desse valor.

No entanto, a Porsche diz que vai decidir até ao final do ano se vai por o Mission E numa linha de produção ou não.