O Facebook está a preparar uma revolução
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Conheça os planos do Facebook para unificar muitos dos serviços que utilizamos na internet numa única plataforma.

O Facebook (NASDAQ: FB) tem grandes ambições para o seu serviço Messenger. Tão grandes que a empresa nem o considera mais uma aplicação. Agora o Messenger é visto como uma plataforma em que serão construídas várias direções de negócio. Julien Codorniou, o diretor de parcerias do Facebook afirmou:

“Elaborámos apenas 1% da aplicação. Um dia vão surgir empresas baseadas na plataforma do Facebook, e nós estamos agora apenas no início de um novo ecosistema.”

O Messenger pretende tornar-se numa “aplicação para tudo”. O Facebook quer que as empresas comerciais não comuniquem nos seus sites, mas sim através do Messenger. O Facebook quer que o Messenger sirva para comprar os bilhetes de avião. Ou para procurar um restaurante próximo e compartilhar a sua localização com amigos. Ou reservar uma mesa, encomendar flores para namorada e devolver o dinheiro emprestado. E enviar mensagens para os amigos, é claro. Isso é apenas aquilo no que a empresa já está a falar hoje.

David Marcus, o executivo que trata do Messenger, disse que “a aplicação ainda está a dar os seus primeiros passos — há milhões de passos pela frente.”

Por que é que a Google e a Apple se deveriam preocupar

No mundo imaginário do Facebook, vamos baixar e usar cada vez menos aplicações, pois no próprio Messenger serão introduzidas muitas opções novas. O Messenger deve tornar-se numa “plataforma universal de notificações”.

Se esta ideia ocorresse a qualquer outra empresa, poderiamos ignorá-la. Mas o Facebook já é usado por 1,4 mil milhões de pessoas, 700 milhões dos quais usam o Messenger para escrever mensagens privadas. Se a empresa conseguir realizar a ideia, a posição da Apple (NASDAQ: APPL) e da Google na indústria de comunicações será abalada.

Talvez os programadores parem de escolher se é preciso primeiro escrever uma aplicação para o Android ou iOS e vão antes criar uma aplicação que funcione dentro do Messenger. O ecosistema exterior vai deixar de desempenhar um papel tão importante. Em vez de comprar um iPhone para comunicar com amigos através do iMessage ou o Facetime, as pessoas terão mais flexibilidade ao escolher um smartphone, podendo fazer chamadas e escrever mensagens através do Messenger para quem quiserem e com qualquer telemóvel.

É provável que o Facebook também crie um análogo da plataforma comercial da Google. A empresa está a experimentar com uma seção nova de shopping em que os usuários poderiam procurar os produtos desejados. É possível que o Facebook introduza anúncios de publicidade nos resultados de pesquisa, assim como fazem a Google (NASDAQ: GOOG) e a Amazon (NASDAQ: AMZN).

O Facebook introduz cada vez mais funções no Messenger, deixando-o mais parecido com a aplicação chinesa “para tudo” WeChat. Numa entrevista à Wired, o chefe de gestão de produtos do Facebook, Stan Chudnovsky, afirmou:

“No futuro irão dizer que em 2015 teve lugar uma verdadeira revolução do Messenger.”

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