As novidades de Tim Cook
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O CEO da Apple relata as últimas novidades relativas à Apple Music, à Apple TV, e fala ainda do futuro da indústria automóvel.

Sobre o Apple Music

Tim Cook disse que o Apple Music tem 6,5 milhões de subscritores pagos e mais 8,5 milhões pessoas usam-no em modo de teste grátis de três meses.

A Apple (NASDAQ: AAPL) lançou o serviço Apple Music no dia 30 de junho de 2015 e sugeriu aos usuários um modo de experimentação grátis de três meses. Depois deste período começa uma subscrição paga: $9,9 por pessoa ou $14,99 para famílias. No final de setembro a subscrição de teste dos primeiros subscritores acabou.

Em agosto, Eddy Cue, vice-presidente principal da Apple, responsável pelo lançamento do Apple Music, disse que a versão de teste está a ser usada por 11 milhões de pessoas. Isto significa que 60% delas decidiram pagar pelo serviço com o fim do período grátis de teste.

Para comparar, veremos o Spotify lançado em 2008. Segundo os representantes da empresa, o serviço tem 75 milhões usuário ativos e 20 milhões subscritores pagos.

Sobre a Apple TV

O chefe da Apple também informou que as entregas da nova versão da Apple TV vão começar no final da semana que vem, e a partir da segunda-feira será possível fazer encomendas. Tim Cook disse que o novo dispositivo deverá servir de base para alterar completamente a experiência de vizualização da TV — embora a Apple ainda não tenha estabelecido todas as parcerias necessárias para competir com as ofertas dos fornecedores de cabo e satélite.

Tim Cook afirmou que a “visualização linear” da televisão através de canais está a desaparecer, e o modelo atual de consumo da TV está obsoleto. Segundo ele, a Apple TV, com a sua capacidade de procurar através de vários serviços de streaming e interagir com aplicações, desenvolveu uma “infraestrutura que constituirá a base para uma nova televisão”.

Sobre a revolução na indústria automobilística

Tim Cook avisou que a indústria automobilística mundial está à beira de uma revolução tecnológica. Esta foi a referência pública mais direta ao facto de que o produtor de iPhone irá lançar os seus próprios carros:

“Parece que haverá uma mudança significativa nesta área. Eu acho que a indústria está no ponto de inflexão para uma grande mudança, não apenas de um caráter evolucionário.”

A Apple está a criar uma equipa de peritos em automóveis e a preparar-se para a produção de carros, segundo pessoas familiarizadas com o projeto.

Tim Cook não respondeu diretamente se a empresa irá produzir os seus próprios carros, mas deixou claro que uma série de mudanças tecnológicas se uniram para criar uma rara oportunidade para que os outsiders pudessem entrar neste mercado. Ele afirmou que:

“Num futuro próximo o software será uma parte cada vez mais importante dos carros. A condução autónoma será mais um passo gigante para a frente.”

A crescente importância do software tanto para dirigir os carros, como para interagir com o motorista já permitiu à Tesla Motors (NASDAQ: TSLA), fabricante de carros elétricos, tornar-se um dos fenómenos mais notáveis nesta indústria durante a última década.

No início de outubro, a Tesla lançou um novo software para o seu sedan Model S com novas características de condução autónoma tais como a condução automática na estrada e auto-estacionamento. A Tesla também prometeu usar atualizações do OTA para ampliar as capacidades dos carros existentes.

O aparecimento de carros elétricos ameaça os fabricantes de automóveis atuais, segundo Cook:

“Muitas das melhores tecnologias utilizadas hoje nos carros diferem do atual foco no motor de combustão interna.”

Porém, apesar das previsões prometedoras, o chefe da Apple disse que o foco da sua empresa é conquistar os proprietários de carros com o sistema CarPlay que permite conectar o iPhone ao carro como um centro de entretenimento ou um centro de informações e comunicações. Cook explica:

“Esperamos que em breve os nossos usuários possam continuar a interagir com os seus iPhones ao sentar-se no carro.”

Um fraco desempenho das tecnologias de carros presentes, que não satisfazem os clientes, deixa um enorme espaço para empresas como a Apple, acrescentou.

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