O que esperamos da Microsoft para 2016
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O ano 2015 foi um ano forte para a Microsoft, que surgiu com uma atitude revitalizada. Mas quais serão os lançamentos da empresa, para tentar estar a altura das expectativas?

O ano 2015 foi um ano bom para a Microsoft. A empresa apresentou um novo computador portátil, o Surface Book, lançou uma nova versão do Windows, atualizou muito do seu software para empresas, assim como atualizou o seu tablet Surface Pro e a bracelete de fitness. No entanto, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, ainda só agora começou.

Tem grandes planos para a Microsoft, incluindo conseguir que o Windows 10 esteja instalado em mais de mil milhões de aparelhos, expandir o seu conjunto de serviços atual e introduzir novo hardware para competir com a Apple, a Google e a Amazon. Eis o que esperamos ver no próximo ano.

HoloLens

Após um ano de desenvolvimentos, a Microsoft promete que o primeiro kit de desenvolvimento para os seus óculos holográficos HoloLens vai ser lançado no primeiro semestre de 2016. Ainda vai demorar algum tempo até poder dirigir-se a sua Best Buy (uma espécie de Fnac, Staples ou Media Markt americana) local para comprar um par. No entanto, estamos cada vez mais próximos de tornar estes excelentes hologramas numa realidade.

O Surface Phone

Após algum tempo de formação de rumores em torno de um Surface Phone, vamos poder ver finalmente o dito aparelho em 2016. Muito provavelmente, o hardware vai espelhar o aspeto dos tablets Surface, com um look metálico e prático. O ecrã será grande, em harmonia com outros smartphones e dispositivos Lumia da Microsoft. Vários relatórios sugeriram que o Surface Phone poderá ser mais dirigido aos utilizadores empresariais que queiram ter a potência do Windows 10 num dispositivo móvel. Quando poderemos ver o dispositivo em 2016 é que ainda não foi definido.

Um impulso na Europa

A Microsoft pretende expandir-se mais na Europa, aceitando mais funcionários nos seus escritórios na Irlanda e construindo centros de dados no Reino Unido e na Alemanha. Atualmente, a empresa está presa num conflito com a Amazon pelos $11 mil milhões (€10.043 milhões) em armazenamento online e mercado de serviços na Europa. A Europa também vai ser um mercado-chave para os smartphones da Microsoft. O continente é um dos poucos lugares onde as vendas estão a aumentar.

Parcerias estratégicas

Com Satya Nadella como CEO, a Microsoft tem-se tornado numa empresa muito mais aberta a parcerias com outras empresas, especialmente com seus (antigos) rivais. A Microsoft fez acordos com a Apple, a Salesforce, a Box, a Cyanogen, a Samsung, e muitas outras. Satya Nadella afirmou que a nova missão da Microsoft é “conferir poderes a todas as pessoas e a todas as empresas”, o que significa que a empresa vai continuar com as parcerias.

Atualizações aos softwares de empresas

Atualmente, a Microsoft está presa numa guerra com a Amazon, a IBM e outras empresas devido aos seus serviços de software altamente lucrativos e ao mercado de serviços online. Segundo Ben Thompson, um analista de mercado gestor do blog The Stratechery, a Microsoft é neste momento a empresa com as melhores relações com clientes enquanto a Amazon tem a equipa de engenheiros de software e hardware mais rápida. O ano de 2016 vai assistir à continuação da “Guerra das Nuvens” e a Microsoft não a quer perder de todo.

Lojas em todo o mundo

As primeiras lojas da Microsoft – situadas em Nova Iorque e em Sidney, na Austrália – são apenas o início do que aí vem. À medida que a Microsot lança mais produtos de hardware, tais como o Surface Book, aumenta a necessidade de permitir que os utilizadores os possam adquirir o quanto antes. Existem rumores de que a empresa está a ponderar abrir uma loja em Londres e em outras localizações.

Aquisições

Em 2015 a Microsoft fez um grande número de aquisições. A empresa comprou a Sunrise, uma aplicação de calendário popular para o iOS, a Wunderlist, uma aplicação de lista de tarefas, a Double Labs, uma aplicação de ecrãs de bloqueio, e a N-Trig, uma fabricante de canetas stylus, entre outras. A Microsoft comprou muitas destas empresas para entrar em novos mercados, incluindo o iOS e o Android. O objetivo de Satya Nadella é de conferir poder a todas as pessoas, o que significa que para isso, os serviços da Microsoft têm de estar em todas as plataformas.

Surface 4

Há muito que o Surface da Microsoft precisava de uma renovação. Embora o Surface Pro tenha chegado à versão 4 este ano, o Surface original ainda se encontra na versão 3. O Surface 3 tem muitos dos mesmo benefícios que o seu irmão mais caro, incluindo uma versão completa do Windows 10, mas é bem mais barato e menos potente. A Microsoft seria louca se não lançasse um melhorado Surface 4 em 2015.

O Surface Pro 5

A quinta versão do dispositivo vai continuar com a tendência de fazer o híbrido portátil/tablet ainda mais apto, acrescentando mais potência e fazendo-o cada vez mais fino, tal como foi com as outras versões anteriores.

O Surface Book 2

O Surface Book é em primeiro lugar um computador pessoal e só depois é que é um tablet, um pequeno afastamento da tendência de tablet primeiro e PC depois do Surface e do Surface Pro. A Microsoft apanhou todos de surpresa quando revelou o Surface Book no início deste ano (incluindo os seus fabricantes de PC parceiros). As revisões foram positivas, indicando que a Microsoft poderá ter finalmente acertado na fabricação de hardware. O Surface Book 2 muito provavelmente vai ser mais potente, mais fino e leve do que a primeira geração do modelo. Também é possível que fique disponível em mais locais, tal como o Reino Unido, onde não existe Surface Book.

Novos aparelhos Lumia

A Microsoft atualizou a linha Lumia em 2015 com a introdução de dois novos dispositivos – o Lumia 950 e o 950 XL – colocando-os a par com os smartphones da Apple, da Google e da Samsung em termos de hardware. De acordo com as informações, o Surface Pro vai-se centrar mais em utilizadores empresariais, deixando o Lumia para os consumidores. Os modelos atualizados vão ser mais potentes, vão incluir o Windows 10 e, assim o espera a Microsoft, vão reverter a sorte da empresa na indústria dos smartphones com software como o Continuum.

Uma nova versão do Windows 10

Ainda não fez 5 meses que o Windows 10 existe e a Microsoft já está a pensar na sua próxima grande atualização. Codificado como “Redstone”, uma referência ao jogo de êxito da Microsoft “Minecraft”, a nova atualização do Windows 10 está prevista para o próximo verão. Normalmente, as atualizações expandem-se para coisas que tenham vindo antes no Windows, nomeadamente o Continuum, que torna o seu telemóvel num PC. A Apple tem uma funcionalidade semelhante para o iOS e o OS X denominada Continuity, e é muito provável que o Continuum se aproxime dele. Com a atualização, poderá, por exemplo, atender chamadas telefónicas com o PC.

Microsoft Office

O Microsoft Office é ainda hoje, a seguir ao Windows, o produto mais importante da Microsoft. O Office 365, a versão online, tem mais de 8 milhões de utilizadores.

Novas funcionalidades para o Microsoft Edge

A atualização da Microsoft para o Internet Explorer chamada Edge, e recebeu até agora críticas muito fracas. Por exemplo, não tem extensões de browser e o software falha muitas vezes.

À medida que cada vez mais pessoas mudam para o Windows 10, o Edge vai ser um ponto central para o sistema operativo, e é uma área em que a empresa vai prestar mais atenção em 2016.

A Microsoft costumava dominar o mercado de browsers e o Edge é a sua tentativa de voltar a consegui-lo.

Band - uma nova bracelete de fitness

A bracelete de fitness da Microsoft, denominada Band, representa uma das poucas vezes em que a empresa conseguiu ser popular no que toca ao hardware, especialmente quando tanto a Apple como a Samsung têm também elas hardware usável.

A primeira versão da bracelete era grossa e recebeu más críticas, no entanto, a Microsoft ouviu os seus clientes e a segunda geração melhorou o que a Band tinha de bom e eliminou o que a tornava má, voltou a utilizar o design grosso e acrescentou mais funcionalidades de software.

A Band corre uma versão mais simples do Windows 10, o que a torna num dos produtos menos comuns da marca Microsoft. É provável que no ano de 2016 se venha a ver atualizações tanto no seu hardware como no seu software.

A Internet das Coisas

O sistema operativo pode correr em coisas tão pequenas como o Raspberry Pi ou uma pilha de servidor e a Microsoft está a encorajar abertamente os programadores a experimentarem-no no seu website.

O objetivo definido da Microsoft de conseguir mil milhões de utilizadores do Windows 10 é, em grande parte, apoiado pela IoT (sigla inglesa para “Internet das Coisas”).

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