A Microsoft vai revolucionar a infraestrutura da internet
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A empresa prepara-se para colocar centros de dados no fundo dos oceanos. Saiba como e porquê.

Todas as informações usadas, transferidas e divulgadas na internet não aparecem do nada. As páginas web, fotos, vídeos e correio eletrónico devem ser guardados em alguma lugar. Os centros de dados para onde vão todos estes dados são os motores maravilhosos da rede, como também o seu segredo principal.

Os servidores consomem uma quantidade impressionante de energia elétrica, e a procura está cada vez maior. A Microsoft (NASDAQ: MSFT) espera resolver este problema com um meio único — no fundo do oceano.

Nas últimas duas décadas a procura por armazenamento de dados subiu, porém só agora as empresas ficaram preocupadas com a eficácia e sustentabilidade dos centro de dados.

Apenas nos EUA em 2013, os centros de dados "queimaram" 92 mil milhões de quilowatt-horas. É suficiente para fornecer oito milhões de casas com energia por um ano.

Servidores do centro de dados Thor Data Center na Islândia, 7 de agosto de 2015

A maior parte de energia é gasta no arrefecimento. Os especialistas recomendam que a temperatura por dentro dos centros seja de 17 a 26°C.

Estes tubos trazem água para diminuir a temperatura num dos centros de dados da Google

Muitos centros também ocupam muito espaço. E é muito provável que continuem a crescer, com a internet em desenvolvimento.

Um dos centros de dados da Google em Pryor, Oklahoma

As empresas com muitos centros de dados, tais como a Google, Facebook e Microsoft estão a tentar torná-los mais sustentáveis.

Roteadores e comutadores numa sala de rede num dos centros de dados da Google, Council Bluffs, Iowa

Um esforço radical para limpar a rede é o projeto da Microsoft anunciado há pouco tempo, que se chama Natick. É capaz de se tornar no centro de dados mais ecológico do mundo.

Projeto Natick

A empresa elaborou um centro de dados que irá colocar no fundo do oceano numa casca de aço de três por dois metros.

Projeto Natick

A água do mar arrefece o Natick, reduzindo o consumo de energia elétrica. Além disso, o centro pode ser colocado perto dos usuários para aumentar a velocidade de descarga e transferência de dados.

Já foram colocados mais de 880 mil km de cabos de fibra ótica para transferir os dados pelo fundo do oceano.

Durante os primeiros testes, o pequeno centro de dados consumia 27 quilowatts de energia elétrica. É apenas 6% da potência bruta que o motor de um camião comum pode gerar.

Os engenheiros da Microsoft medem o consumo de energia elétrica do projeto Natick

A Microsoft pretende fornecer energia elétrica aos centros de dados a partir de fontes renováveis, e usar materiais reciclados (e recicláveis) para criar os centros.

A empresa estudou o impacto ambiental num estudo-piloto na costa da Califórnia. O impacto é mínimo, segundo a Microsoft.

Além disso, o Natick funciona sem barulho. O seu zumbido é menos sonoro que o estalar dos camarões, informou o New York Times.

Durante uma conferência de imprensa, o chefe do departamento de projetos especiais NExT Microsoft Research Norm Whitaker disse: "É uma tecnologia de especulações: parece uma boa ideia, mas vai mudar imediatamente a economia dos negócios."

A equipa de engenheiros do projeto Natick

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