11 Previsões quanto ao mundo em 2036
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Pizzas entregues por drones? Namorados virtuais? Sim, é provável

O ano de 2036. Clones humanos caminham na terra, máquinas com inteligência artificial fazem parte dos conselhos de administração de grandes empresas e as pizzas são entregues por drones. Para alguns, não é assim tão difícil imaginar este cenário.

Um novo estudo realizado a pedido da London & Partners solicitou a 2088 adultos que fizessem previsões quanto ao mundo em 2036. A maioria das questões centrou-se na evolução da tecnologia e na sua importância para as nossas vidas. Veja as respostas surpreendentes.

1. As pizzas serão entregues por drones

A entrega de pizzas por drones vai passar a ser considerada “normal”. A Amazon (NASDAQ: Amazon.com [AMZN]) e a Google (NASDAQ: Alphabet Class A [GOOGL]) já criaram drones mais desenvolvidos com capacidade para transportar todo o tipo de encomendas, mas regulamentos atuais não permitem às empresas utilizar drones para esse efeito.

2. Os carros sem condutor irão dominar as estradas

É provável que nessa altura o número de veículos sem condutor ultrapasse o de veículos “normais” nas estradas.

Várias gigantes tecnológicas como a Google, a Uber, a Apple (NASDAQ: Apple [AAPL]), a Tesla (NASDAQ: Tesla Motors [TSLA]) e a Baidu (NASDAQ: Baidu [BIDU]) da China estão a competir umas com as outras para trazer carros de condução automática (ou sem necessidade de condutor) para o mercado, na esperança de tornar as estradas mais seguras e menos congestionadas.

Um relatório do Business Insider Intelligence estima que lá para 2020 existam 10 milhões de carros com funcionalidade de condução automática a circular nas estradas (mas não necessariamente sem condutor).

A diminuição do custo de aquisição e a clarificação dos regulamentos em relação aos veículos de condução automática irão ajudar o mercado a crescer entre os consumidores em geral.

3. O biohacking irá arrancar

Os aparelhos de comunicação vão passar a ser incorporados no corpo humano. O corpo humano pode muito bem ser a última fronteira a ser ultrapassada no que toca a dispositivos conectados. O movimento body-hacking, ou biohacking, envolve a incorporação de microchips no interior da pele (entre outras melhorias menos invasivas) com o intuito de criar seres humanos mais inteligentes e felizes.

A tendência está a ganhar alento, embora os seus objetivos e aplicações ainda variem muito entre os entusiastas.

Zoltan Istvan, biohacker e “trans-humanista”, já teve um chip de identificação por radiofrequência (IRF) implantado na mão – que podia fazer coisas como abrir portas de casas e gabinetes ou armazenar informação.

4. O dinheiro físico irá desaparecer

Jovens de todas as partes do mundo estão cada vez mais a realizar pagamentos recorrendo a sistemas de pagamentos móveis como o Apple Pay e o Square. Aplicações como a Venmo e a Splitwise permitem aos amigos ou colegas de quarto controlarem as despesas conjuntas e pagarem o que é devido.

Segundo alguns especialistas, é mais provável os Millennials deixarem as carteiras do que as gerações mais velhas pois estes são os que se sentem mais confortáveis a utilizar os seus telemóveis. Só este ano, prevê-se que o valor total das transações por pagamento móvel aumente 210%.

5. Irá surgir um clone humano

52% dos inquiridos no estudo pensam ser provável que nessa altura surja o primeiro ser-humano clonado.

Embora vários cientistas de várias partes do mundo tenham conseguido fazer clonagens de outros mamíferos, nunca um ser-humano foi clonado. Na Coreia do Sul existe um laboratório que clona cães, independentemente do seu tamanho, idade ou raça, por 100.000 dólares.

A clonagem de seres-humanos é uma tarefa muito mais complicada de uma perspetiva técnica. Mesmo que se consiga chegar à tecnologia, é pouco provável que se obtenha permissão para avançar por questões éticas. A clonagem tem uma taxa de sucesso muito baixa, com apenas 1% das tentativas de clonagem a terem resultado num animal viável.

6. O seu médico irá recebê-lo num gabinete virtual

Em 2016, já há médicos a consultarem os seus pacientes por telemóvel, e-mail e webcam.

A realidade virtual pode vir a ser a próxima geração da tecnologia ao serviço da saúde (tele-saúde) – com os pacientes a colocarem uns auriculares e a pedirem assistência médica sem saírem do sofá.

O BigScreen é uma aplicação de realidade virtual em que um grupo de amigos pode interagir, ver Netflix e jogar videojogos em conjunto. Não é muito difícil imaginar um gabinete médico virtual semelhante.

7. Será possível produzir órgãos humanos com impressoras 3D

Os cientistas estão a desenvolver impressoras 3D que utilizam células vivas como “tinta” e que vão encaixando camadas umas nas outras até formar órgãos. Na Universidade Wake Forest, um instituto líder na bioimpressão, os colaboradores já conseguiram implantar pele, orelhas, ossos e músculos artificiais em animais de laboratório cujo desenvolvimento foi um sucesso.

Este tipo de inovação poderá eliminar a necessidade dos seres humanos doarem órgãos, embora a existência de órgãos prontos para transplantes humanos ainda esteja a anos-luz.

8. As roupas estarão ligadas à internet

Imagine que perde um sapato e vai ao Google procurá-lo. De acordo com um relatório da Forbes, cerca de 10 mil milhões de produtos no mercado do vestuário, acessórios e calçado estão em vias de ficarem ligados à internet. Esta tecnologia poderá proporcionar o controlo da localização dos nossos pertences. E este é apenas um dos benefícios.

Embora os smartwatches e os ténis que controlam os passos que uma pessoa dá tenham conquistado o espaço dos aparelhos wearable (utilizáveis), as peças de roupa ligadas à internet só irão tornar-se tendência daqui para a frente. Os designers de moda estão a trabalhar em tecidos que brilham graças a luzes LED incorporadas, em acessórios para a cabeça que leem a atividade cerebral e mudam de cor de acordo com essa atividade e em casacos de cabedal que tiram fotografias.

Algumas previsões indicam que a indústria dos wearables poderá valer 70 mil milhões de dólares em 2025.

9. Os nossos chefes serão robôs

Passará a ser necessário reservar um lugar nos conselhos de administração para máquinas de inteligência artificial.

Vantagem: o voto de “alguém” que irá valorizar as métricas e a razão em vez da emoção. Desvantagem: é assustador e estranho.

10. As pessoas irão viajar para o espaço a partir do aeroporto

O ano de 2016 tem sido um ano importante para as viagens ao espaço.

A SpaceX de Elon Musk tornou-se a primeira empresa a enviar carga privada para a Estação Espacial Internacional num foguetão e a NASA fez uma parceria com a Boeing (LSE: BAE Systems [BA]) para produzir veículos que transportem humanos para a órbita baixa da Terra e mais além.

As primeiras viagens comerciais até à Estação Espacial Internacional poderão vir a começar lá para o final de 2017.

11. Namorados e namoradas virtuais poderão vir a ser uma coisa normal

Tendo em conta que muitas das relações são tidas em parte atrás dos ecrãs dos nossos telemóveis, a existência de chatbots e de realidade virtual a substituir os casais como os conhecemos não é para muitos algo assim muito surpreendente.

As tecnologias futuras poderão vir a ter a capacidade de conceder a um avatar a personalidade de uma pessoa já falecida com base nos seus documentos escritos, nas suas contas nas redes sociais e noutros artefactos.

Já outros não creem que o enredo do filme “Uma História de Amor” chegue assim tão cedo às nossas vidas. Quase metade dos inquiridos no âmbito do estudo responderam que é pouco provável que em 2036 existam namoradas e namorados avatar.

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