Uma seleção do passado, do presente e do futuro
Desde 1932 que a Omega mantém o papel de “marcador oficial” nos Jogos Olímpicos – em 26, num total de 28, verão e inverno, para ser mais exato – e cria, desde a década de 50, edições limitadas para comemorar o evento. Enquanto o design elegante de alguns modelos sobreviveu ao teste do tempo, outros são o reflexo peculiar de alturas críticas no segmento da relojoaria de luxo. Todos, porém, são, ou serão um dia, peças de coleção.
1. Los Angeles 1932
Para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, a Omega criou 30 destes magníficos – para não dizer terrivelmente precisos – cronómetros, e ainda é possível encontrar alguns originais. Capazes de marcar 1/5 de segundo, bem como contar dois eventos ao mesmo tempo, estes cronómetros condensam o melhor da tecnologia contemporânea. Desde então, a marca disponibilizou mais 300 exemplares (100 em ouro amarelo, 100 em ouro branco e 100 em ouro rosa, em sintonia com o ouro, prata e bronze das medalhas) vendidos por pouco mais de 100 mil dólares.
2. Melbourne 1956
Um Omega Seamaster em ouro de dezoito quilates é o tipo de coisa disponível em qualquer relojoaria vintage de renome, mas exemplares dos Jogos de 1956 são muito difíceis de encontrar. Existem duas variantes – uma com os anéis olímpicos, outra com a inscrição XVI no mostrador – e contam-se menos de 100 destes discretos relógios em todo o mundo. A equipa da Time & Tide descobriu um XVI por acaso na Austrália o ano passado, mas fora isso, parece haver muito poucos em circulação no mercado de antiguidades.
3. México 1968
Lançado pela primeira vez em 1966, o Omega Chronostop tornou-se um colecionável de peso; Um Chronostop normal custa cerca de 2.500 dólares. Em vez de funcionar como um cronógrafo tradicional com marcadores para os minutos, o ponteiro de segundos central foi pensado para contar intervalos curtos. Disponível em verde azeitona, vermelho, branco e azul, as variantes do modelo mexicano têm um calibrador de movimento 920 para incluir a data e vêm com pulseiras de pele a condizer.
4. Montreal 1976
Apesar de menosprezados pelos colecionadores atuais, na década de 70, os relógios de quartzo eram bastante procurados graças à tecnologia de ponta. Trata-se do primeiro Omega com mostrador LCD alguma vez criado e ganhou o epíteto de “placar de jogo” em virtude da estética do mostrador digital – um nome que perdura até hoje. Espere um investimento na ordem dos 1.200 a 3.000 dólares, dependendo do estado e de vir ou não na embalagem comemorativa original.
5. Barcelona 1992
Este par pouco usual de cronógrafos chegou ao mercado na altura em que a relojoaria de quartzo estava no seu apogeu, por ocasião dos Jogos Olímpicos de Barcelona – uma série de 499 peças de colecionador e uma variante ligeiramente diferente de 250 exemplares para os outros patrocinadores oficiais do evento. Conhecido como Polaris, os anéis de aço foram incrustados a ouro e o modelo de coleção apresenta encaixes no mesmo metal. Apesar dos detalhes a ouro, o preço mantém-se na ordem do Montreal acima, consequência do pouco interesse do mercado atual por relógios de quartzo
6. Torino 2006
Encontrará inúmeras edições limitadas do Omega Speedmaster, desde os modelos lunares usados por astronautas, ao amarelo fluorescente do modelo Schumacher, mas este é de longe o modelo Torino mais conservador da série. O símbolo olímpico funciona como contraponto ao braço dos segundos, e um muito pouco visto pulsómetro interior a vermelho dá um toque de cor ao mostrador.
7. Pequim 2008
A marca preparou uma coleção de edições-limitadas considerável por altura dos Jogos de Pequim em 2008, incluindo este par de cronógrafos Seamaster Aqua Terra. O que mais impressiona foi a venda de um conjunto completo – chamado Omega Beijing 2008, Unique Nº8 Collection – por 888.888 francos suíços (904.569 dólares) que inclui um de cada um dos 32 modelos, todos com o número de série 8 da respetiva linha.
8. Vancouver 2010
O clássico Omega Seamaster recebeu um visual novo e arrojado para os jogos de Vancouver. O bisel vermelho contra o mostrador branco alude à bandeira canadiana, o que torna este Seamaster uma peça bastante diferente dos congéneres azuis e pretos. Assim sendo, é um exemplo de bom gosto que se destacará em anos vindouros.
9. Londres 2012
A Omega adotou cedo a tendência vintage e em 2012 mergulhou nos seus arquivos e inspirou-se no primeiro Seamaster de 1948 – curiosamente a última vez que Londres fora anfitriã dos Jogos. O relógio foi muitíssimo bem conseguido, com uma caixa compacta de 39mm e índices que replicam o modelo original na perfeição. A produção foi limitada a, pasme-se, 1.948 unidades.
10. Rio de Janeiro 2016
Os relógios do Rio incluem algo para todos os gostos – dois dos três dão cartas na nossa opinião. O Seamaster da esquerda com o seu bisel colorido é divertido mas com bom gosto; O Mark II Speedmaster da direita é tão engenhoso na alusão às cores das medalhas que nos perguntamos como é que a marca não se lembrou disso mais cedo. Preços: Omega Rio Speedmaster MKII, 6.500 dólares, limitado a 2016 exemplares; Omega Seamaster Diver Rio, 4.900 dólares, 3016 exemplares; Omega Bullhead Rio, 9.600 dólares, 316 exemplares.
11. Pyeongchang 2018
O Rio ainda mal tinha começado e a Omega já levantara o véu sobre um dos modelos da edição dos Jogos Olímpicos de 2018. Provavelmente o mais discreto até agora, o Seamaster de três ponteiros mostra o local e a data do evento nas cores olímpicas no anel dos minutos, e vem com uma inscrição na parte de trás da caixa safira. Trata-se indiscutivelmente de um produto resultado da preocupação da marca em criar uma peça o mais consensual possível, que corresponda aos sucessivos reveses da presente conjuntura económica.
12. _Omega Olympic Official TImekeeper Collection_ (Coleção do Marcador Oficial dos Jogos)
Divulgada a tempo dos Jogos do Rio, mas fora da coleção oficial, este conjunto de três cronógrafos clássicos é uma piscadela de olho aos primeiros cronómetros olímpicos. O esmalte polido e os ponteiros azuis lembram o cronógrafo de 1932, capaz de marcar um décimo de segundo, dos Jogos Olímpicos de Los Angeles.