As 13 mais controversas convicções de Elon Musk
Scanpix/Heiko Junge/via Reuters
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O CEO da Tesla (NASDAQ: Tesla Motors [TSLA]) e da SpaceX, Elon Musk, vê o mundo – e o universo – de uma forma interessante

Há algumas semanas Elon Musk partilhou o seu plano de quatro fases para a colonização de Marte – numa sessão de perguntas e respostas, em direto, no site Reddit.

Insano ou genial, acredito que ambos os atributos são dois lados da mesma moeda. Independentemente da opinião que tenha das ideias de Musk, vale a pena conhecê-las.

Seguem-se as 13 convicções mais controversas do empresário, de Marte à inteligência artificial (IA).

1. O CEO da SpaceX quer começar a enviar humanos para o espaço em 2024.

“Estamos a desenvolver viagens de transporte de carga com que as pessoas possam contar. Aeronaves vindas dos dois planetas podem estabelecer contato em órbita uma vez em cada 26 meses. Ou seja, uma em 2018, outra em 2020. Parece-me que se as coisas correrem como planeado, seremos capazes de enviar pessoas para o espaço em 2024 – para uma chegada em 2025”.

2. Adiantou inclusivamente pormenores sobre a sua ideia de governo em Marte.

“Creio que a forma de governo mais provável em Marte é a democracia direta, não a representativa, com as pessoas a votar diretamente nos assuntos em questão. É capaz de ser melhor assim na medida em que o potencial da democracia está, atualmente, severamente comprometido”, acrescentou.

3. E não está interessado na simples sobrevivência em Marte. O CEO da SpaceX sonha com uma cidade próspera.

O empresário acrescentou que quer que o Planeta Vermelho inclua tudo desde “fundições de ferro a quiosques de pizza”.

4. Em setembro, Musk declarou que quem participar na primeira viagem a Marte deve “estar preparado para morrer”.

“A primeira viagem a Marte vai ser extremamente perigosa. O risco de fatalidade será alto. Não há volta a dar”.

5. Mas também disse que morrer no espaço não é necessariamente mau.

“Creio que, para quem tem de escolher um sítio para morrer, Marte não é má ideia”.

6. Entretanto, acrescentou que tentar dissuadir o público de utilizar veículos que dispensam condutor é o mesmo que empurrá-los para a morte.

Este comentário veio no seguimento da crítica dos media aos acidentes que envolveram um protótipo da Tesla – o Tesla Autopilot.

“Uma das coisas que, sinceramente, me angustia é o nível de exposição que os media deram aos acidentes com o Autopilot. Não tem comparação possível com a falta de cobertura dada aos 1,2 milhões de fatalidades anuais com carros manuais”, acrescentou.

“Que se pense nisto a sério porque, ao escrever um artigo negativo, estamos efetivamente a dissuadir as pessoas de virem a utilizar carros sem condutor, o que significa mais mortes”, afirmou.

7. Também comparou a responsabilidade da empresa pelos acidentes a ficar preso num elevador.

“Acredito que deva fazer parte dos planos de seguros individuais” respondeu quando lhe perguntaram se a Tesla aceitaria assumir a responsabilidade caso um dos veículos fosse protagonista num acidente.

“Um carro autónomo é muito parecido com o ficar preso num elevador. A Otis [fabricante de elevadores] assume, por acaso, a responsabilidade por todos os seus elevadores espalhados pelo mundo? Não, não assume”.

8. Quando não está a pensar na primeira leva de humanos a enviar para Marte, Musk debate-se com frequência quanto à probabilidade dos seres humanos existirem enquanto parte integrante de um videojogo, uma simulação, de uma outra civilização qualquer.

“É surreal a quantidade de conversas sobre essa hipótese [de videojogo] que já tive. Tanto que todas acabavam por ser só sobre simulação e/ou inteligência artificial, a ponto do meu irmão e eu finalmente decidirmos não tocar no assunto quando estivéssemos no jacuzzi. [Insistir no assunto] dá realmente cabo da magia da coisa” confessou.

9. Trata-se de uma perspetiva válida, porque o mais provável é que façamos todos parte de um videojogo e não da realidade, adianta o empresário.

“Existe a hipótese de 1-para-mil-milhões de vivermos efetivamente numa realidade objetiva” disse Musk.

10. Acrescentou que, na realidade, é melhor pensar que vivemos de fato num videojogo qualquer, dado que caso contrário, o cenário pode tornar-se realmente feio.

“Não há dúvidas que devemos desejar que assim seja, porque de outro modo, caso deixemos de evoluir, tal ficará a dever-se a uma calamidade qualquer que extingue a raça humana. Talvez seja melhor ter esperança de que se trate tudo de um videojogo, porque caso contrário... Ou criamos simulações que não se distinguem da realidade, ou a civilização deixa de existir”.

11. O CEO da Tesla acredita ainda que o ser humano “já é um cyborg”.

No seu entender, a possibilidade de criar uma identidade digital através do e-mail ou das redes sociais dá-nos “super poderes” semelhantes aos de um cyborg.

“Qualquer pessoa tem mais poder hoje que o presidente dos EUA há 20 anos. É possível responder a qualquer pergunta, ter vídeo-conferências com não importa quem, em qualquer lado. Qualquer um pode mandar mensagens para milhares de pessoas instantaneamente. Em suma, fazemos coisas incríveis”.

12. E mais, é da opinião de que deveríamos levar a perspetiva cyborg ainda mais longe e agregar uma componente de inteligência digital ao nosso cérebro.

“Não me agrada a ideia de ser passivo. Mas qual a solução? Acho que uma das melhores hipóteses será agregar uma componente artificial. Um terceiro nível, digital, que funcionaria bem e de modo simbiótico” com o resto do corpo, acrescentou.

13. Musk acredita que a IA é a nossa “maior ameaça existencial”.

“Precisamos, por isso, de ter muito cuidado com a IA. Acredito cada vez mais que deveria haver um organismo regulador, talvez a nível nacional ou internacional, apenas para garantir que não fazemos nada de muito estúpido. Com a IA andamos a brincar com o fogo.” – Afirmou.

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