Os novos recursos do Autopilot, renomeado Enhanced Autopilot
Elon Musk, CEO da Tesla (NASDAQ: TSLA), anunciou no fim de semana passado que os carros equipados com hardware de segunda geração da Tesla receberam, oficialmente, a primeira fase dos novos recursos Autopilot. A Tesla começou a instalar o novo hardware nos finais de outubro.
A atualização de hardware é uma melhoria do Autopilot, renomeado como Enhanced Autopilot (Autopilot Melhorado), pavimentando o caminho para os carros da Tesla se tornarem totalmente autónomos na estrada. Saiba como funciona o novo sistema.
Os carros da Tesla montados entre setembro de 2014 e outubro de 2016 foram equipados com uma câmara utilizada pelo Autopilot. Os novos carros da marca têm agora oito câmaras que fornecem visibilidade a 360º e um alcance até 250 metros.
Os novos carros Tesla ainda trazem um sensor de radar, como os modelos anteriores – mas a fabricante melhorou o seu processador, permitindo que veja através de chuva forte, nevoeiro e poeira ou mesmo com um carro à frente.
A Tesla também ainda utiliza 12 sensores ultrassónicos – no entanto, foram atualizados para detetar objetos sólidos (e menos sólidos) em quase duas vezes a distância alcançada pelos antigos sensores.
Os novos carros também utilizam a Drive PX2 da Nvidia, um novo sistema de computação de bordo com 40 vezes mais potência de computação do que o anterior sistema da Tesla.
Se comprar um Tesla novo pode optar por comprar o novo sistema Autopilot por 5.000 dólares. O sistema irá aproveitar quatro das oito câmaras do carro bem como o radar, os 12 sensores e o novo sistema de computação de bordo.
O Enhanced Autopilot irá permitir que o carro adeque a sua velocidade às condições de trânsito, mude automaticamente de faixa sem input do condutor, entre e saia de autoestradas e estacione sozinho. Também será capaz de se mover ao redor de objetos num ambiente complexo.
A Tesla está a introduzir os novos recursos de forma faseada. A primeira fase, divulgada no fim de semana que passou, inclui cruise control ativo, advertência quanto a colisão dianteira e o Autosteer. No entanto, Musk afirmou que o Autosteer será limitado a velocidade igual ou inferior a 73km/h.
A atualização de software também traz outra novidade: o Model S P100D poderá acelerar até quase 100 km/h em 2,4 segundos no modo Ludicrous.
Musk afirmou que a Tesla irá continuar a lançar novos recursos do Autopilot a cada duas a seis semanas a partir deste momento.
Musk avançou também que no final de 2017 os carros da Tesla serão capazes de conduzir de forma completamente autónoma graça à segunda geração do sistema Autopilot. Musk afirmou no Twitter que a capacidade de condução autónoma estará, definitivamente, em modo live em 6 meses – mas poderá surgir dentro de 3 meses.
O sistema completo de condução autónoma da Tesla irá custar 8.000 dólares no momento de compra e irá incluir todos os recursos do Enhanced Autopilot. Embora Musk planeie uma demo desse sistema, os proprietários de carros Tesla não poderão utilizá-lo sem aprovação regulamentar.
O sistema completo de condução autónoma irá utilizar todas as oito câmaras, permitindo que encontre o caminho ideal até ao seu destino. Será capaz de “navegar” em zonas urbanas e rurais, mesmo em estradas sem marcas nas faixas...
... E de gerir interseções com sinais de stop ou semáforos – e rotundas.
Se entrar no seu Tesla autónomo e não inserir um destino o carro irá analisar o seu calendário, levando-o a um destino assumido ou até casa se não surgir nada no calendário.
Tudo isto significa que se encomendar um Tesla novo hoje poderá ter um carro totalmente autónomo e viável, apenas dependente de aprovação regulamentar. Até lá, terá uma série de recursos avançados do Autopilot – em marcha desta semana em diante.
Um relatório recente do governo dos EUA concluiu que o sistema Autopilot de primeira geração reduziu as taxas de acidentes com carros Tesla em 40%.
O relatório foi divulgado depois da National Highway Traffic Safety Administration ter encerrado uma investigação de seis meses ao Autopilot da Tesla no seguimento do primeiro acidente fatal – de que houve conhecimento – com o sistema ativo. A NHTSA não irá emitir recolha de carros, não tendo encontrado qualquer defeito no sistema.
“Foi estabelecida a base para autonomia completa. É duas vezes mais seguro que um condutor humano, talvez mais.” – Afirmou Musk em outubro numa conferência com jornalistas aquando da apresentação do sistema Autopilot. “É basicamente um super-computador num carro.”