Parlamento aprova redução da sobretaxa para 2016
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A lei para a aplicação da sobretaxa de IRS em 2016, que será eliminada no escalão mais baixo de rendimentos e progressiva nos seguintes, permanecendo inalterada nos 3,5% para as famílias que ganhem mais de 80.000 euros, foi aprovada na especialidade.

A proposta de alteração apresentada pelo PS foi hoje discutida na especialidade, na comissão parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, tendo a aplicação da medida em 2016 sido aprovada hoje pelo PS, pelo BE e pelo PCP, com os votos contra do PSD e do CDS.

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais tinha já anunciado na mesma comissão na terça-feira, que os contribuintes que aufiram até 7.070 euros não pagarão sobretaxa no próximo ano. Neste escalão do IRS, estão quase 3,5 milhões de agregados, que representam mais de metade das famílias que pagam IRS, mas que pagaram apenas 2,3 milhões de euros a título de sobretaxa em 2014.

Já os contribuintes do segundo escalão de rendimentos, entre os 7.000 e os 20.000 euros anuais, vão continuar a pagar sobretaxa em 2016 mas a uma taxa reduzida de 1% e para as famílias do escalão seguinte, entre os 20.000 e os 40.000 euros, a sobretaxa passará para os 1,75% no próximo ano.

Nos escalões de topo, a sobretaxa das famílias com rendimentos anuais entre 40.000 e 80.000 euros será de 3% em 2016 e manter-se-á nos 3,5% para os contribuintes que ganhem mais de 80.000 euros por ano.

Na sua proposta inicial o PS tinha-se comprometido a extinguir a sobretaxa apenas algures “entre 2016 e 2017”, mas a medida não recebeu a concordância do BE nem do PCP, tendo sido alvo de negociações.

O PCP apresentou mesmo uma proposta de alteração na especialidade, que estabelecia que, em 2016, a sobretaxa de IRS incidiria apenas sobre os rendimentos acima de 20.000 euros, sendo de 1,75% para os rendimentos entre os 20.000 e os 40.000 euros e de 3,5% para os rendimentos acima de 40.000 euros.

O deputado Paulo Sá explicou que o PCP apresentou esta proposta de alteração por entender que “responde melhor a dois objetivos: o de devolver a sobretaxa e o da progressividade”, acrescentando que, com a proposta, “72% dos contribuintes que atualmente pagam sobretaxa deixariam de a pagar já”.

No entanto, esta proposta de alteração foi chumbada com os votos contra do PS, do PSD e do CDS, tendo o PCP e o BE votado a favor.

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