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Administração do Novo Banco assegura que os depósitos não serão afetados pela transferência de 1.985 milhões de euros em obrigações séniores para o Banco Espírito Santo (BES).

Assim que apareceu a notícia de que o Banco de Portugal pretende transferir 1.985 milhões de euros em obrigações séniores do Novo Banco para o BES de modo a capitalizar a instituição, o banco chefiado por Eduardo Stock da Cunha enviou um comunicado aos parceiros onde esclarece três aspetos.



  • Em primeiro lugar, os "depósitos do Novo Banco, independentemente do seu montante, não foram objeto desta medida". De facto, apenas as obrigações séniores do banco mantidas por investidores serão utilizadas para a capitalização, passando para a Oi.
  • Em segundo lugar, destaca-se que "configuração do balanço está estabilizada, não sendo mais possível a transmissão de ativos e passivos para o BES (o perímetro está fechado)".
  • Por fim, a quota de capital do Novo Banco, a partir desta operação, compara-se vantajosamente com a dos seus concorrentes. Os seus depositantes têm as mesmas garantias que os dos outros bancos com o nível análogo de solvabilidade.

Nesta terça-feira, 29 de Dezembro, em comunicado à CMVM, o banco mencionava que esta providência terá um impacto favorável nos seus rácios de capital de common equity tier 1. "Com referência às contas de 30 de Junho de 2015 e considerando já os efeitos do critério de 'phased-in' de 2016, o rácio de capital Common Equity Tier 1 ajustado pela presente deliberação do Banco de Portugal seria aproximadamente de 13%", apontava a mensagem.



Depósitos e dívida do retalho a salvo

O reforço de estabilidade do Novo Banco será realizado a partir da transferência para o BES de obrigações séniores detidas por grandes investidores. Os depósitos e a dívida de clientes de retalho estão seguros.

Maiores investidores perdem dinheiro

Apenas obrigações séniores do banco mantidas por investidores institucionais serão utilizadas para a capitalização. Na verdade, a responsabilidade pela devolução destas obrigações vai retornar ao BES. Mas como os ativos deste banco não são suficientes para a fazer face àqueles compromissos, os grandes investidores perdem dinheiro.

Depósitos e dívida do retalho preservados

Todos os depósitos do Novo Banco estão a salvo da medida de reforço da solidez da instituição. Também as aplicações dos clientes de retalho que tenham obrigações do Novo Banco ficarão intactas, sem causar qualquer dano. Esta segurança inclui também as obrigações dos emigrantes que tinham aplicações nos veículos Poupança Plus, Euro Aforro e Top Renda.

Medida garante a solidez

Com a saída para o BES das obrigações séniores detidas por grandes investidores fica resolvida a questão de solidez do Novo Banco. Aliás, esta medida absorve o impacto prejudicial das perdas que a instituição acumulou durante este ano e que, no final de Setembro, ultrapassavam os 500 milhões de euros.

BCE impôs reforço até ao final do ano

Foi por decisão do BCE que o Novo Banco tornou-se alvo da medida de capitalização neste ano. Pelos testes de stress, a instituição tinha que angariar 1.400 milhões até ao final de Agosto de 2016. Mas no processo de revisão e avaliação de supervisão (SREP), o BCE determinou que o reforço se desse agora e fosse de valor superior.

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