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Dirigente sindical afirma que falta de pessoal no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ocasiona “quebras de segurança pontuais”.

Segundo um dirigente sindical a falta de pessoal no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tem criado "quebras de segurança pontuais". Hoje entram em estágio 45 novos inspetores, informa o Diário de Notícias.

Neste contexto de ameaça terrorista europeia, alguns acessos e saídas do país estão atualmente sem controlo devido "da falta de pessoal no SEF". Esta polícia "devia ter 1000 inspetores mas tem apenas 710". E amanhã começam a estagiar 45 novos elementos, o que "é uma gota no oceano".

Acácio Pereira, presidente do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do SEF (SCIF/SEF) denunciou em declarações ao DN:

"Pontualmente, há fronteiras aeroportuárias e marítimas de menor dimensão que encerram por não haver pessoal suficiente para manter os postos de controlo do SEF a tempo inteiro. É grave, face ao atual contexto externo, "da ameaça terrorista e da crise migratória na União Europeia".

O sindicato invoca assim uma falta de pessoal considerável, sobretudo "face ao atual contexto europeu e global de ameaça terrorista". Hoje, 45 novos inspetores daquela polícia entram em estágio, numa cerimónia presidida pela ministra da Administração Interna.

Segundo o Diário de Notícias a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, irá receber amanhã em audiência o SCIF, numa reunião em que será informada de viva voz dos casos concretos em que terão ocorrido alegadas falhas na segurança por falta de pessoal. Também ficará a saber quais as fronteiras de menor importância que têm estado sem controlo pontual. O problema não está tanto nos Centros de Cooperação Policial e Aduaneira de Vilar Formoso e do Caia mas em alguns dos oito postos de controlo aeroportuários ou dos 11 postos marítimos sob a responsabilidade do SEF, referiu o dirigente sindical ao DN.

Há 21 postos de fronteira marítima sob o controlo do SEF: a Gare Marítima de Alcântara (em Lisboa); os portos de Leixões; Setúbal; Viana do Castelo; Sines; Figueira da Foz; Aveiro; Sesimbra, Peniche, Cascais; Nazaré; Olhão/ /Faro; o porto de Ponta Delgada e o Cais de Santa Cruz da Horta; o porto de Porto Santo (Madeira) e o de Angra do Heroísmo/Praia da Vitória (Açores); as marinas do Funchal - Madeira; Vilamoura; Portimão e Lagos.

Existem também 8 postos de fronteira aéreos sob o controlo do SEF são os aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal e Porto Santo (estes dois na Madeira), e ainda, nos Açores, os aeroportos das Lajes, Santa Maria e Ponta Delgada. Segundo Acácio Pereira as consequências de ficarem a faltar 250 elementos do SEF para os que são necessários (contando já com os novos 45 inspetores), são várias.

"Alguns departamentos encerram à noite por falta de gente, há outros funcionários que se desdobram em turnos, há controlos que não são feitos e há atrasos nas autorizações de residência para investimento (vistos gold)."

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