Soros está preocupado: a desvalorização do yuan está a levar o mundo para o ano de 2008.
A 8 de janeiro, o mercado de ações chinês abriu a sessão com o crescimento de mais de 2%.
No dia anterior, a comissão de regulação do mercado de ações cancelou a regra que visa a suspensão das negociações no caso da queda dos índices. Segundo muitos analistas, a regra introduzida no início deste ano agrava a queda das cotações e deixa o mercado instável.
Petróleo a cair
Os analistas da empresa holding financeira Nomura consideram que o preço do petróleo Brent irá cair para $30 por barril. Tal é provocado pelo excesso de petróleo no mercado e preocupações quanto ao abrandamento da China, o maior consumidor mundial.
O preço do petróleo WTI caiu para o nível mais baixo desde 2003, Brent desceu para o mínimo de 2004. Tanto WTI, como Brent caíam abaixo dos $33 nos últimos quatro dias.
Segundo os analistas da UBS Group AG, o excesso do petróleo vai fazer as cotações atingirem menos de $30 por barril.
Um péssimo início do ano para o Dow Jones
Os preços do petróleo cadentes estão a fazer os mercados de ações cairem: o início de 2016 para o índice Dow Jones foi o pior em toda a sua história desde a sua criação em 1928. Nos últimos quatro dias o índice Down Jones, o principal indicador atividade empresarial, caiu abruptamente mais de 5% (ou seja, 911 pontos de base).
Até o fecho da sessão de 7 de janeiro o índice Dow Jones perdeu 392,41 pontos, ou 2,3% para 15 514,10. Este foi o indicador mais baixo nos últimos três meses. O índice da bolsa de valores eletrónica Nasdaq caiu 146 pontos, ou 3%, para 4689. O índice Standard & Poor's 500 caiu 47 pontos, ou 2,4%, para 1943 até o final da sessão.
Soros: a China está com grandes problemas
George Soros disse que é possível uma repetição da crise de 2008 por causa dos problemas da China. Segundo Soros, agora a China está a tentar encontrar um novo modelo de crescimento económico, e a desvalorização do yuan tem um impacto negativo em outras economias.
Ele avisou os investidores que é necessário ser extremamente prudente:
"A China encara um grande problema de transição económica. Eu diria que o problema tem o tamanho da crise. Quando olho para os mercados de ações, vejo desafios sérios que lembram a crise que tivemos em 2008."
A 4 e 7 de janeiro, a queda nos mercados chineses afetououtros mercados globais. As decisões do Banco Popular da China sobre adesvalorização do yuan face ao dólar faz os investidores pensarem que oregulador esteja a tentar a ajudar a economia e os negócios. A situação real émuito pior do que parece.