A agência de notícias de finanças e economia Bloomberg escreve que a incerteza política em Portugal coloca o país vulnerável.
O título de uma das notícias em destaque na Bloomberg é: “Nem mesmo o dinheiro do Banco Central Europeu consegue impedir que os investidores estejam preocupados com Portugal”. Nesse artigo lê-se que os juros portugueses negoceiam perto dos 3% - níveis próximos do auge da crise grega no Verão.
A pressão sobre os juros da dívida deve-se à “incerteza política” e aos efeitos “da decisão sobre o Novo Banco”, segundo a Bloomberg. A mesma fonte salienta que a pressão é generalizada sobre os países da periferia da Europa.
Mesmo após o programa de flexibilização quantitativa do BCE, a situação não registou melhoria, refere a agência, relacionando a situação com a incerteza saída das eleições de 4 de Outubro e lembrando que, entre o grupo de 19 países da zona euro, apenas Portugal e a Grécia perderam verbas de investidores nos últimos três meses.
A Bloomberg dá especial atenção à forma como o Governo liderado por António Costa tem agido face às medidas de austeridade decretadas pelo Executivo de Passos Coelho, admitindo a expectativa a propósito da versão do Orçamento que será entregue amanhã em Bruxelas. Lembra a agência que, contrariando as restrições do programa de resgate que durou três anos e terminou em 2014, já foram aprovadas medidas de reforço dos rendimentos das famílias, o aumento do salário mínimo, a reintrodução de vários feriados e a redução do horário de trabalho para 35 horas semanais.