Putin aprovou a morte de ex-espião Litvinenko, diz juiz britânico
Página principal Breves, Rússia, Vladimir Putin

Juiz conclui que o assassínio de 2006 por dois agentes governamentais “provavelmente” recebeu sinal positivo do presidente russo.

De acordo com o juiz que liderou a investigação desencadeada em Janeiro do ano passado sobre o assunto, Robert Owen, “provavelmente” Vladimir Putin, aprovou a morte do ex-espião do KGB, Alexander Litvinenko, em 2006. Litvinenko foi vítima de envenenamento com polónio-210, um material radioactivo que terá sido colocado no chá por dois agentes governamentais, Andrei Lugovoi e Dmitry Kovtun.

“Membros da administração Putin, incluindo o presidente e o FSB, tinham motivos para agir contra Litvinenko e provocar-lhe a morte”, concluiu Owen, citado pelo diário "The Guardian". "A conduta do presidente Putin em relação a Lugovoi sugere um nível de aprovação para que a morte se concretizasse", acrescentou.

O ex-espião Litvinenko vivia desde o ano 2000 exilado em Londres com a família depois de cumprir quase um ano de prisão ao denunciar, em termos públicos, atos de suposta corrupção no Serviço Federal de Segurança (FSB, o sucessor do KGB) no final dos anos 90. A partir do Reino Unido prosseguiu a sua campanha anti-Putin, trabalhando para os serviços secretos britânicos através do MI6. E, de acordo com informações partilhadas por Marina, a viúva, terá mesmo atuado ao serviço do CNI espanhol, vigiando as máfias russas que operam em Espanha.

O ex-espião morreu aos 44 anos, a 23 de Novembro de 2006, internado num hospital londrino. Três semanas antes da sua morte, Litvinenko encontrou-se num hotel de Londres e tomou chá com os referidos dois ex-companheiros de trabalho, Lugovoi e Kovtun. A polícia britânica considera a dupla como principal suspeita da responsabilidade no envenenamento de Litvinenko.

Leia também:
Por favor, descreva o erro
Fechar