Portugal é o 13º país com mais reservas de ouro
REUTERS/Jose Manuel Ribeiro
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Lista do World Gold Council põe Portugal à frente da Arábia Saudita, Espanha e Reino Unido. Reservas são de 383 toneladas e valem 12.100 milhões de euros.

Portugal surge na 13ª posição no ranking dos países com maiores reservas de ouro do mundo com 382,5 toneladas do metal precioso, surgindo à frente de países como Arábia Saudita, Brasil, Espanha ou Reino Unido. Quem o garante é o World Gold Council (WGC), organização internacional de empresas do sector do ouro, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI).

As maiores reservas de ouro são detidas pelos EUA (8.134 toneladas), mais do dobro das 3.381 toneladas detidas pela Alemanha, segundo lugar no ranking deste tipo de reserva. Os milhares de toneladas de ouro daqueles países não significa que esteja necessariamente em território americano ou alemão, pois muitos países guardam os seus depósitos noutros lugares ou “alugam” os seus cofres a outros bancos centrais.

O Brasil fica na 42º posição, com 67 toneladas que representam apenas uma pequena fracção (0,6%) das suas reservas monetárias totais. E a Venezuela fica um lugar atrás de Portugal, ocupa o 16º lugar com quase 368 toneladas de reservas de ouro.

O 4º país com maior peso de ouro nas reservas monetárias

O WGC indica também que Portugal é quarto país em que o ouro tem mais peso no total das reservas monetárias: 68,3%. Na generalidade dos outros países, a grande maioria das reservas é constituída por divisas estrangeiras.

Na lista do WGC, só há um país em que as reservas de ouro constituem mais de 80% das reservas monetárias: o Tajiquistão (87,6%). Em segundo lugar surgem os EUA (72,4%), seguindo-se a Grécia (69%), Portugal (68,3%), Venezuela (65,8%), Itália (64,1%) e França (63%).

Equilibrar o orçamento com ouro?

Como refere o Económico, os acordos internacionais celebrados pelo Banco de Portugal limitam a quantidade de ouro que o banco central pode vender por ano, e há outras limitações legais que impedem o recurso às reservas para pagar défices orçamentais

Contudo, se o ouro pudesse ser usado directamente no financiamento do Estado, teria um impacto relativamente reduzido. À cotação de Novembro de 2015 (1.061,9 dólares por onça troy), as reservas do Banco de Portugal valem apenas 5% da dívida da administração públicas (que, segundo o esboço do Orçamento do Estado para 2016, ascenderá a 237 mil milhões de euros).

A título de curiosidade, ao valor das reservas de ouro corresponde cerca de 60% do que o Governo tenciona gastar este ano em despesas com pessoal da administração pública (20,4 mil milhões de euros).

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