O lapso, em pleno debate no parlamento, não foi ignorado pela bancada do PSD, que aplaudiu e riu, sendo que na primeira das vezes Costa não deu sinais de se ter apercebido do erro.
Hoje (29 de janeiro) na Assembleia da República, em pleno debate quinzenal, o actual primeiro-ministro António Costa levantou-se para responder às perguntas do líder da oposição Passos Coelho mas, por duas vezes, dirigiu-se a ele como “o senhor primeiro-ministro”.
A bancada do PSD celebrou o lapso aplaudindo e rindo, sem que na primeira das vezes Costa tenha dado sinais de se ter apercebido do erro. Tanto assim foi, que segundos depois, voltando-se novamente para Passos repetiu: “senhor primeiro-ministro”. Aí pausou, mostrando ter dado conta do erro, mas não comentou.
Já Passos Coelho, por seu lado, manteve a postura, baixando os olhos num aparente esforço para não rir, enquanto a sua bancada ria à gargalhada.
No debate de hoje o primeiro-ministro (o verdadeiro), António Costa, insistiu hoje na urgência da recuperação dos rendimentos dos portugueses, na correção da asfixia fiscal e na redução das desigualdades para possibilitar "uma navegação tranquila" e "com rumo certo".
Num gesto poético António Costa abriu o debate quinzenal na Assembleia da República a citar o músico Sérgio Godinho, que cantou que "a sede de uma espera, só se estanca na torrente".
"Este Governo e esta maioria parlamentar foram os primeiros a reconhecer a urgência que o país e os portugueses sentiam relativamente à recuperação dos seus rendimentos, à correção da asfixia fiscal, à redução das desigualdades. Depois destes brutais anos de austeridade, temos de gerir com inteligência a torrente, transformando a sua força em energia e progressivamente ir alargando as margens, aplacando a velocidade a que corre o caudal, permitindo navegação tranquila e com rumo certo", declarou António Costa.