Fábricas da zona euro cortam preços e aumentam risco de deflação
AP Photo/Michael Probst
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Custos de produção caem pelo quinto mês consecutivo.

As fábricas na zona euro reduziram os preços dos bens para o valor mais baixo do ano em janeiro, destacando riscos deflacionistas que continuam a tocar campainhas de alarme no Banco Central Europeu.

No seu relatório de produção mensal, a Markit Economics disse que a pressão de preços ‘continua do lado negativo’ e os custos de produção caem pelo quinto mês consecutivo. Além disso, todos os países relataram declínios pela primeira vez em 11 meses.

O Presidente Mario Draghi disse que as políticas de estímulo do Banco Central Europeu serão reanalisadas em março, sendo que a taxa de inflação da região pode descer novamente abaixo de zero, devido ao colapso do petróleo. O crescimento dos preços está mais lento do que a meta do BCE de menos de 2% por quase três anos.

“A economia de manufatura da zona euro perdeu o ritmo no início do ano,” disse Chris Williamson, economista-chefe na Markit. “Se a desaceleração na atividade empresarial não foi suficiente para preocupar decisores políticos, os preços cobrados por produtores caíram no ritmo mais rápido do ano para provocar preocupações adicionais sobre a deflação que se está a tornar enraizada.”

A inflação na região de 19 países acelerou para 0,4% em janeiro, de acordo com os dados da semana passado, com a taxa principal a subir para 1%. Mesmo assim, isto pode ser apenas uma recuperação temporária.

O Índice de Gerentes de Compras, o indicador principal da Markit, caiu de 53,2 para 52,3, coincidindo com uma avaliação inicial publicada no mês passado. Entre os países mais fortes da região, o crescimento abrandou na Alemanha e Itália, estagnou na França e acelerou na Espanha.

A Markit disse que a sua pesquisa indica que o crescimento de produção industrial anual foi de apenas 1,5% no princípio deste ano.

“É provável que os dados adicionem pressão sobre o BCE para expandir o programa de estímulos do banco central em março,” disse Williamson.

Fonte: Bloomberg

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