O Grupo de Trabalho sobre Detenção Arbitrária da ONU aprovou a queixa do fundador do WikiLeaks, reconhecendo a sua detenção na Embaixada do Equador como ilegal, segundo a BBC.
Hoje mais cedo, o fundador do Wikileaks afirmou que iria abandonar a Embaixada e se entregar à polícia se a Comissão da ONU rejeitasse a sua queixa contra o Reino Unido.
Assange entregou a queixa na ONU em setembro de 2014, afirmando que a sua detenção na Embaixada, vigiada até há pouco pela polícia britânica, seja ilegal. Assange pediu asilo à Embaixada do Equador em junho de 2012, tentando evitar a extradição para a Suécia.
Os procuradores suecos querem interrogar Assange quanto ao estupro que alegadamente teve lugar em meados de 2010 e assédios sexuais em relação a duas mulheres-voluntárias do WikiLeaks. O próprio Assange afirmou que aquelas mulheres entraram em contato sexual com ele por própria vontade, e que as acusações delas têm motivações políticas. Ele teme que a Suécia possa o extraditar para os Estados Unidos, onde ele pode ser acusado de espionagem.
As decisões da Comissão da ONU não têm nenhuma influência formal sobre as autoridades britânicas ou suecas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido anunciou que ainda pretende extraditar Assange.