Negociações foram interrompidas na última madrugada sem acordo decisivo e foram reiniciadas hoje de manhã.
As negociações entre Cameron, Tusk e Juncker para travar a saída do Reino Unido do UE foram interrompidas de madrugada, sem acordo, e prosseguirão hoje. Tusk admite que ainda é preciso conversar muito.
Segundo o The Guardian, as negociações entre David Cameron, Donald Tusk e Jean-Claude Juncker para um acordo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia terminaram esta sexta-feira por volta das 05h30 da manhã (hora de Bruxelas, menos uma em Portugal).
David Cameron deixou a reunião com os presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia sem fazer comentários, mas as conversações recomeçaram por volta das 11h00 da manhã (10h00 em Portugal), anunciou o Conselho Europeu.
Mas ainda antes de as conversações terem sido interrompidas já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou terem sido “feitos alguns progressos” na questão do referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE, mas que ainda é necessário “fazer muito” nas conversas entre o Reino Unido e os restantes Estados-membros.
We must all stand united and show #solidarity across Europe #EUCO #migrationEU pic.twitter.com/m0EVbxYlMW
— Alexis Tsipras (@tsipras_eu) 18 fevereiro 2016
Devemos manter-nos unidos e mostrar a solidariedade em toda a Europa
Através da rede social Twitter, Donald Tusk anunciou a realização de várias reuniões bilaterais sobre a eventual saída do Reino Unido da UE, que se iniciam com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, seguindo-se o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro checo, Bohuslav Sobotka, e o primeiro-ministro belga, Charles Michel.
O rascunho de conclusões da reunião de chefes de Estado e do Governo indica alterações nos abonos de família a europeus de outros estados-membros que trabalhem no Reino Unido, assim como a criação de um “mecanismo de alerta e salvaguarda” para “responder às situações de chegada de trabalhadores de outro Estado membro com uma magnitude excecional por um longo período de tempo”.
Outros pontos que ainda dividem as partes têm a ver com as regras de competitividade, a governação da zona euro, onde o Reino Unido quer ter uma palavra apesar de não estar na moeda única, e a soberania nacional.