Mário Centeno não respondeu diretamente ao desafio do PCP para reestruturar a dívida pública.
Na sequência do desafio do PCP no sentido da reestruturação da dívida pública, Mário Centeno disse apenas que o Governo está aberto ao debate no contexto europeu, mas não o irá propor.
Os comunistas tinham garantido que o PCP vai dar entrada a uma proposta para que se debata a reestruturação da dívida.
Mas o ministro, não dando uma resposta direta, começou por assumir que os partidos à esquerda "não têm posição coincidente" sobre a matéria e frisou que o Governo "está aberto para o debate da dívida".
Mas realçou:
"Não o propomos mas quando se colocar em termos europeus debatemos".
Tal posição dever-se-á ao receio de que uma iniciativa governamental no sentido da reestruturação da dívida crie nos credores o receio de incumprimento, o que por sua vez irá disparar as yields da dívida soberana, fazendo com que a dívida portuguesa deixa de ter a avaliação mínima para que seja adquirida pelo BCE, e deixando o país sem financiamento, caso em que teria de incorrer num novo programa de resgate.