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O movimento vem dar expressão à crescente preocupação vivida desde a compra do Banif pelo Santander Totta.

De acordo com o Económico, o manifesto anti-espanholização do setor bancário –– que deverá ser apresentado a 5 de abril –– conta com uma lista de 50 personalidades encabeçada pelo empresário Alexandre Patrício Gouveia (administrador do grupo El Corte Inglês que há dez anos atrás liderou um outro manifesto, “Compromisso Portugal”, que visava apoiar a preservação dos centros de decisão no país).

Participam do manifesto empresários, banqueiros e economistas que pretendem defender Portugal do domínio espanhol no setor.

De acordo com o Observador, Manuel Pinto Barbosa e João Salgueiro, dois dos subscritores, serão porta-vozes do manifesto. Pinto Barbosa, economista da Universidade Nova de Lisboa, foi presidente da TAP e João Salgueiro, antigo banqueiro, liderou a Associação Portuguesa de Bancos e a Caixa Geral de Depósitos.

A preocupação com o controlo espanhol do setor, em reação à compra do Banif pelo Santander Totta, tem agitado as águas nos últimos dias. Crê-se que o fortalecimento dos bancos ibéricos surja como estratégia do Banco Central Europeu, nomeadamente para evitar os défices de capital que têm afetado os bancos nacionais.

A preocupação é alimentada pelas negociações no BPI –– para a saída de Isabel dos Santos do capital e venda ao Caixabank –– e pela venda do Novo Banco prevista para o verão deste ano.

O eventual domínio espanhol sobre a banca portuguesa foi também mencionado por Marcelo Rebelo de Sousa na sua primeira visita oficial a Espanha:

"É importante haver uma participação significativa, o que é diferente de haver um exclusivo. É uma posição de fundo. Nenhuma economia deve ter uma posição exclusiva noutra economia".

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