A constituição francesa concede bastantes poderes ao presidente mas apenas se o mesmo tiver maioria no parlamento. Perceba o impacto das eleições legislativas (ou parlamentares), que se seguem agora às presidenciais – com lugar a 11 e 18 de junho.
Eleições parlamentares
O partido En Marche! do presidente eleito Emmanuel Macron, criado há um ano e atualmente sem assento parlamentar, estará na corrida pela primeira vez. Os socialistas e os republicanos irão tentar recuperar o poder depois do seu fracasso nas eleições presidenciais, tal como irá fazer a Frente Nacional de Marine Le Pen e o França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon.
O que mostram as sondagens?
Ainda não houve sondagens significativas ao redor das eleições parlamentares uma vez que só agora terminou a eleição presidencial. Contudo, o OpinionWay avançou a 3 de maio que o En Marche! e os republicanos poderão vencer os maiores blocos de assentos – porém ambos aquém da maioria. Os socialistas, a extrema-direita e a extrema-esquerda ficarão com poucos lugares, mas suficientes para exercer alguma influência.
O que está em jogo?
A presidência de Emmanuel Macron. A constituição francesa concede bastantes poderes ao presidente mas apenas se o mesmo tiver maioria no parlamento – que tem poder para escolher a equipa ministerial e aprovar leis. Sendo um novo partido sem grandes raízes, o En Marche! terá dificuldades em ganhar a maioria, o que significa que Emmanuel Macron terá de procurar alianças à esquerda ou à direita, o que terá grandes repercussões nas suas políticas.